Análise – Castlevania: Lords of Shadow – Mirror of Fate

A Konami tem muito em consideração a sua mítica franquia Castlevania, e isto desde o seu primeiro jogo lançado em 1986. A companhia nipónica criou uma sub-série para a franquia de nome Lords of Shadow, sendo que esta deu os seus primeiros passos com Castlevania: Lords of Shadow lançado em 2010. Para esta tarefa, o estúdio espanhol MercurySystem ficou incumbido de dar vida a esta nova série, estúdio este pouco conhecido, mas que se safou muito na produção do primeiro jogo.

Agora, a MercurySystem lançou um novo capítulo desta série para a Nintendo 3DS, Castlevania: Lords of Shadow – Mirror of Fate. Enquanto que o primeiro Lords of Shadow centra-se em Gabriel Belmont, Mirror of Fate irá contar mais a história dos seus descendentes, Simon Belmont e Alucard que tentam chegar ao castelo de Dracula. A narrativa irá estar dividida entre os dois protagonistas, mostrando o caminho que fizeram para chegar ao seu objectivo.

Este jogo aposta na mistura entre dois aspectos assentes na história da série. Sendo assim, o sistema de jogo será dividido entre o estilo “Metroidvania” – nome adoptado desde Castlevania: Symphony of the Night por possuir bastantes semelhanças Super Metroid – e a progressão clássica e linear. Basicamente vamos ter que progredir até ao interior do castelo de Dracula de uma forma linear, mas mesmo assim, esse caminho que iremos fazer terá de ser bem explorado, havendo a necessidade de voltar atrás com novas habilidades para chegar a sítios inacessíveis.

A nossa jornada será interrompida por vários monstros que encontramos ao longo do caminho bem como alguns puzzles. Com o chicote iremos eliminar os inimigos que se põem no nosso caminho e , a início com combos bastante básicos, e mais tarde usando habilidades especiais que nos ajudam de várias maneiras. Este estilo de jogo está bastante equilibrado e desenhado, mas aqui começa um pequeno problema, o jogo consegue ser algo linear no geral, onde a exploração existe mas é insuficiente, e o jogo é algo condescendente. Mesmo no nível de dificuldade mais alto, o jogo prejudica pouco o nosso caminho.

Voltando ao estilo “Metroidvania”, a nossa personagem possui um sistema de níveis ao estilo RPG, onde irá acumular experiência por cada inimigo morto. Conforme os níveis, a nossa personagem irá desbloquear novos combos para executar, podendo aumentar a sua vida e capacidade de invocar habilidades com arcas escondidas no jogo. Não existe tanta personalização no que toca a equipamento e afins como, por exemplo, em Symphony of the Night, mas mesmo assim iremos desbloquear novas armas.

No que toca a apresentação, Mirror of Fate é um dos jogos mais exuberantes da portátil da Nintendo. Começando pelo grafismo, os cenários estão todos bem trabalhados com bons detalhes, havendo variedade de acordo com as diferentes secções do castelo. Os inimigos e bosses são interessantes e bem trabalhados, onde para além de haver variedade, cada um comporta-se de maneira diferente, por isso vamos ter que adoptar estratégias diferentes com o decorrer do jogo. Outro ponto positivo é a tecnologia 3D da plataforma neste jogo, estando este bastante impressionante, sendo que foi difícil desligá-lo durante todo o tempo de jogo. Bom trabalho MercurySystem.

Ao contrário dos modelos 3D tantos das personagens como dos cenários, as cinemáticas são em cel-shading e que encaixam muito bem nesta estória. A sonoplastia é outro patamar deste jogo que se encontra em excelente estado. Tudo desde a banda sonora orquestrada, aos efeitos de som de cada inimigo até a um simples ataque mostram-se bastante sólidos e encaixam muito bem neste jogo. Os actores que deram a voz neste jogo também fizeram um bom trabalho, isto em conjunto com a narrativa simples mas interessante.

Castlevania: Lords of Shadow – Mirror of Fate é um excelente capítulo nesta série e um bom jogo desta série com tantos anos. A desconhecida MercurySystem fez mais um excelente trabalho, mas que mesmo assim, e no meu ponto de vista, acho que poderia estar mais difícil e com um pouco mais de conteúdo.

 

Positivo:

  • Acção excelente
  • Mistura entre o estilo Metroidvania e aspectos clássicos da série
  • Enredo interessante
  • Grafismo bem trabalhado
  • Sonoplastia e banda sonora
  • 3D difícil de desligar

Negativo:

  • Dificuldade podia ser mais acentuada
  • Progressão algo linear

Daniel Silvestre
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