Análise – Luigi’s Mansion 2

Infelizmente nunca tive a oportunidade de jogar o primeiro Luigi’s Mansion que foi lançado na GameCube, mas assim que a Nintendo anunciou um novo jogo da série para a Nintendo 3DS, achei que esta era uma oportunidade a não perder. Foi então lançado Luigi’s Mansion 2 – conhecido na América como Dark Moon – e a tarefa de produzir este jogo foi dado à Next Level Games, estúdio responsável por jogos como Punch-Out da Wii, Ticket to Ride do Xbox Live Arcade e não só.

Ao contrário do seu antecessor, Luigi não terá como tarefa salvar Mario. Enquanto goza de um merecido descanso, o Professor E. Gadd estuda fantasmas em Evershade Valley. Misteriosamente, a lua que ilumina a zona e torna os fantasmas calmos é destruída. O caos instala-se em Evershade Valley com os fantasmas a ficarem fora de controlo. O Professor não consegue pensar em mais ninguém a não ser Luigi para livrar esta praga e resumir o seu estudo. Luigi é então chamado, e apesar de não gostar da ideia de recuperar os pedaços da lua, compromete-se a cumpri-la.

Passando então para a dita tarefa de recuperar os pedaços da lua, Luigi terá uma tarefa difícil pela frente. Todos as zonas que ele terá que procurar estão completamente infestadas de vários fantasmas, e a para a sua captura ele irá usar um aparelho que mais parece um aspirador especial preso numa mochila de nome Poltergust 5000. Para conseguir atordoar e descobrir os fantasmas pelo cenário, Luigi terá que usar também uma lanterna especial.

O jogo irá basear-se em tarefas que iremos fazer nas várias mansões, como recuperar peças importantes, ligar algumas máquinas até apanhar fantasmas bastante fortes. O nosso caminho não será fácil, por isso preparem-se para resolver os vários puzzles e capturar os vários fantasmas que as mansões aglomeraram. Ponto positivo para os puzzles, que para além de serem bem pensados, estão numa quantidade muito boa. Com a transição para novas zonas, os puzzles irão também incorporar novos elementos como é o caso da segunda zona, que nos dará a possibilidade de fazer balões e navegar pelo ar nos cenários.

O jogo possui também alguns elementos que oferecem um certo charme e um nível de detalhe mais exuberante. O Poltergust 5000 não só aspira como também expira, e isso irá interagir com o cenário na sua totalidade, desde abanar lustres, aspirar pedaços de tecido que estão suspensos na parede, e por vezes até iremos descobrir dinheiro escondido e necessário para evoluirmos o nosso aspirador.

Esta experiência não precisa de ser gozada sozinha, por isso podem experimentá-la com mais amigos a partir do multiplayer online e local num modo de nome Thrill Tower e dividido em três tipos de jogo, Hunter, Rush e Polterpup. Em Hunter teremos que apanhar todos os fantasmas e subir piso a piso, Rush é um modo de jogo mais frenético onde teremos que encontrar a porta de saída em poucos segundos, em Polterpup temos de apanhar fantasmas de cães enquanto estes deixam as marcas das suas patas no chão. É engraçado ver que, apesar do ponto principal centrar-se numa jogabilidade em conjunto e onde o trabalho em equipa é fundamente, existe também uma disputa entre jogadores que tentam lutar entre si para conseguir uma melhor pontuação e apanhar mais fantasmas.

Isto leva-nos à estética visual e sonora do jogo, que fica lado a lado com os melhores jogos que compõem a biblioteca da portátil da Nintendo. Cada uma das zonas têm um tema específico e isso oferece uma frescura e quebra na rotina assim que começarmos a ficar farto de olhar repetidamente para o mesmo cenário. A atenção ao detalhe é bastante impressionante, e tal como disse mais acima, o jogo está rico em pequenos pormenores. Dado o enfoque no aspirador e à nossa lanterna, vemos os cenários a abanar de uma maneira realista quando lançamos rajadas de ar e os efeitos de luz estão excelentes no jogo.

As reacções de Luigi quanto às situações estão também hilariantes e bem conseguidas. Tanto poderá estar a tremer das canetas como logo a seguir estará a trautear a música de fundo enquanto navegamos pelos cenários. As músicas encaixam muito bem neste jogo com peças que dão um maior ênfase a este cenário bastante assustador, mas sem passar para uma vertente mais negra. Charles Martinet não teve muito trabalho a narrar Luigi neste jogo, mas mesmo as poucas coisas que diz são engraçadas e o trautear está engraçado.

Luigi’s Mansion 2 é uma sequela espectacular desta série com bastante potencial. A captura de fantasmas com uma pessoa tão medrosa como Luigi nunca foi tão divertido, mas a maneira como a apresentação e os cenários oferecem um ambiente credível e vivo, tornam este jogo imperdível para os possuidores de uma 3DS.

Positivo:

  • Cenários e visuais bem trabalhados
  • Bastantes puzzles
  • Multiplayer divertido
  • Jogabilidade acessível a todos
  • Luigi amedrontado nesta aventura é engraçado de se ver

Negativo:

  • Picos de dificuldade demasiado íngremes por vezes
  • Estória pouco interessante

Daniel Silvestre
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