Yakuza 0 – Explorando Kamurocho (e arredores) #9 (Final)

Afinal de contas não era com Kiryu que o Coliseum desbloqueava mas sim Majima. Foi interessante, porque conta com uma enorme quantidade de adversários criados especialmente para este cenário, cada um com o seu background, incluíndo até dois Jokers. É engraçado também que cada “torneio” apresenta regras diferentes ou limitações como “apenas usar um certo estilo de combate”, ou “se fores ao chão vais queimar o rabo” e por aí adiante.

Infelizmente tenho uma reclamação, para desbloquear mais torneios é preciso aumentar de ranking, e para aumentar de ranking é necessário repetir umas quantas vezes os torneios que estão disponíveis. Seria mais interessante se o jogo apenas disponibiliza-se todos os adversários logo a início, tornando os torneios apenas em variações dos ringues de luta, ao invés de bloquear estes para torneios específicos.

Decerta forma é uma maneira que a produtora arranjou para testar o jogador, mas podia haver algo mais ao invés de uma repetição para poder desbloquear algo novo. Falando em repetições, voltei a encontrar o Mista Shakedown e acabei por o derrotar 10 vezes enquanto estava a controlar Majima, e infelizmente digo que não existe uma conclusão para esta história.

Encontram o Mista Shakedown pela primeira vez e ele anuncia que está a tentar arranjar dinheiro ao bater em pessoal na rua, encontram o Mista Shakedown mais um par de vezes e ele então explica o que realmente quer fazer, mas após isso cada vez que o encontram não é acrescentado muito à sua história, e quando o tiverem derrotado vezes suficientes a história chega a um ponto que apenas repete-se, sem realmente oferecer uma conclusão à vida de Mista Shakedown. Obviamente que a Sega não ia apenas livrar-se de uma mecânica do jogo, mas podia ter arranjado algo melhor para concluir o trabalho árduo de enfrentar estes brutamontes.

Por esta altura com a maioria das coisas tratadas (pelo menos no meu jogo), não existe muito a fazer a não ser seguir a história principal, e devido a isso os capítulos começam a ser curtos e sem distrações pelo meio. Os últimos momentos do jogo acabam por ser uma boss rush de certa forma, com ambos os protagonistas a enfrentaram várias personagens que foram encontrando ao longo do jogo, bem ao velho estilo da série Yakuza.

Mas antes de terminar o jogo ainda existe uma última sub story a concluir. Caso tenham terminado todas as outras a certo momento Kiryu e Majima irão ser contactados e a última sub story irá ter início. Não quero dizer muito mas esperava algo mais da última “sidequest” para cada personagem. Esta também não irá dizer muito a quem não tenha jogado as entradas anteriores da série, tendo em conta que está um pouco mais virado para fanservice do que outra coisa. Simplesmente não é uma sub story bastante importante quando comparado a outras que irão encontrar ao longo do jogo.

Não existe realmente muito a dizer sobre a história geral de Yakuza 0, é uma prequela e devido a isso vai apresentar alguns erros em termos de continuação, ou apenas algo que no final não vai levar a lado nenhum. Já disse anteriormente mas este jogo podia ter feito algo melhor com a sua história, já que tinham esta ideia em mente bem que podiam ter ligado a parte de Majima a outros acontecimentos que irão ter lugar mais tarde (Yakuza 4 e 5), enquanto que a de Kiryu podia continuar a ser sobre o “Empty Lot” já que está mais ligado ao mesmo.

A Sega bem disse que talvez um dia a ideia de Yakuza 0-2 viesse ao decima, mas tendo em conta que as histórias extra iniciadas neste jogo receberam uma continuação em Yakuza Kiwami e Yakuza Kiwami 2 não existe grande motivo para isso. O que mais é que uma outra prequela poderia adicionar à série?

E com isso decido então terminar a minha aventura por Kamurocho (e arredores), tenho a dizer que gostei mais quando comparado com a última vez em que toquei num jogo de Yakuza (Yakuza 5), e este devidamente serve como um bom ponto de entrada para a série, apresentando as personagens sem revelar muito sobre os eventos que irão ter lugar nos outros jogos, e ao mesmo tempo a dar um bom fanservice a quem já segue a série desde a era da PlayStation 2 e PlayStation 3.

Mathias Marques
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