Com uma semana atarefada e adoentada estava a perguntar-me sobre o que falar. Tenho aqui um ou dois assuntos guardados e que quero pegar mais tarde ou mais cedo tal como o já prometido Half-Life: Alyx mas nenhum deles parecia calhar bem e então questionei-me sobre o tópico que iria abordar para este fim-de-semana que fica entre o Natal e o fim do ano enquanto terminava a minha lista dos jogos do ano para o PróximoNível e pensava em todos os jogos que queria experimentar e que não pude.
E foi aí que ideia surgiu.
“Posso sempre falar dos jogos que saíram este ano e queria experimentar.”
E é então o que irei fazer, embora…o que é que uma pessoa pode dizer de algo que não jogou?
Posso dizer que joguei Resident Evil 2…o original. Embora acho que apenas tenha completado o jogo uma ou duas vezes quando reparei que todas as outras rotas incluíam visitar os mesmos locais e fazer o mesmo progresso sem grande diferença. Mas tendo em conta que devido às sequelas duas dessas rotas não são “canon” para a série, estava com esperança de a Capcom deixar isso de lado e reestruturar o jogo para dar tanto a Leon como Claire as suas secções únicas (para além das secções finais).
Fiquei então desiludido ao ouvir que o jogo contava com o velho formato de Leon A – Claire B e Claire A – Leon B, mas tudo o resto tinha um óptimo aspecto e que convidava tudo e todos a experimentar, a única razão pela qual não o fiz (para além da demo) foi a de Devil May Cry 5 ser mais importante para mim e de honestamente não estar com grande vontade de voltar à ideia de repetir o mesmo jogo 4 vezes para o completar.
–
Agora, sei que disse que iria destacar jogos que queria jogar e que talvez fossem parar à lista de GOTYs, mas tenho pelo um que tenho de destacar por vários motivos, pois era um dos jogos mais esperados do ano, a verdadeira razão pela qual não peguei em Resident Evil 2 já que ambos saíram no mesmo mês e que acabou por desapontar não só a minha pessoa mas sim a maioria dos fãs. Falo de Kingdom Hearts III.
Eu sempre que olho para a salganhada que aquele jogo é pergunto-me de quem é a culpa, e parte de mim quer apontar o dedo à Disney que cada vez mais tem ficado obcecada com os seus IPs. Mas por outro lado também existe vários problemas onde culpa é devidamente atribuída a Tetsuya Nomura e Square Enix.
Bem, por onde começar?
Os mundos da Disney são uma valente porcaria (e com isto arruinei qualquer oportunidade que o PróximoNível e a Disney tinham de formarem uma amizade). De memória posso dizer que o mundo de Big Hero 6 e Piratas das Caraíbas são os piores de todos porque são completamente vazios.
Big Hero 6 oferece um único mapa no formato sandbox mas esse mesmo mapa não tem nada. Não existe nada a fazer para além procurar pelos baús de tesouro (tal como em todos os outros mundos) e marcas que se pareçam com o Mickey para desbloquearem o final secreto. Existe sim um percurso onde é necessário seguir os anéis e coise mas isso não é interessante e não é o suficiente para me convencer que o mapa (e o mundo) estão bem como estão.
Tendo em conta que Big Hero 6 tem o tema de heróis e etc, este mundo bem que podia ter brincado um pouco com isso para tornar-se um pouco mais único, mas alguém decidiu que estava bem como estava e que não deviam tocar mais naquilo que foi o primeiro mundo anunciado para o jogo. A história acaba por ser ainda pior porque torna-se no típico filme Americano onde a sequência inicial não faz sentido e os eventos até à chegada do vilão são mais do que óbvios. O mundo de Piratas das Caraíbas é igual; pondo de lado o facto que foi saltado um filme também parece que a criatividade saltou fora da cabeça dos produtores.
Este mundo é composto literalmente por:
1 – Sair de uma ilha (que não é assim tão grande)
2 – Colecionar caranguejos em Port Royal (que está bem como está)
3 – Ir para a batalha final
“Então e o resto?” Perguntam vocês. “Que resto?” Digo eu. Ah sim, podem navegar um barco, ter lutas de barco e explorar ilhas para colecionar os típicos baús do tesouro e as marcas que parecem-se com Mickey. Nada mais nada menos. Podem fazer isso para coleccionismo, mas uma vez que reparem no conteúdo que realmente importa, o mundo de Piratas das Caraíbas não tem nada para oferecer (nem no que toca à história).
Outros mundos como o de Tangled e Frozen também são bastante maus ao ponto de basicamente serem uma recapitulação dos filmes onde as coisas resolvem-se fora do ecrã e sem a presença das nossas personagens, mas pessoalmente Frozen tornou-se no meu mundo mais odiado por umas quantas razões:
1 – Mal o jogador entra no mundo leva logo de imediato com “Let It Go“, e não estou a brincar. Não é que eu odeie a música mas honestamente é óbvio que a Disney obrigou a Square Enix a meter a música completa e lá eles desenrascaram-se e arrumaram logo com isso. Mas não faz sentido para o contexto das nossas personagens.
2 – Durante toda a história neste mundo o objectivo é sempre o mesmo “Sobe a montanha“. Ok mas eu já fiz isso e depois o jogo arranjou forma de me atirar fora da montanha. “Sobe a montanha“. Sim já o voltei a fazer porque é que querem que eu vá lá uma terceira vez? E acreditem que subir a montanha não é assim tão engraçado tendo em conta que compõe pelo menos metade do mapa.
Existem outros mundos mas agora não vou estar a destacar tudo, vou pelo menos referir Toy Story e Monsters Inc. que criaram uma história original que pelo menos manteve as coisas interessantes e até tinham mundos bem feitos. Foi apenas a pouca presença da Organization XIII que me deixou descontente, mas isso aconteceu durante o jogo todo.
Aposto que não estavam à espera de abrirem este artigo e levarem com uma peça contra Kingdom Hearts III mas eu ainda não disse tudo o que tinha a dizer por isso vão levar com isto ainda mais um pouco. Ao iniciar a história e terminar o primeiro comecei logo a observar umas quantas ideias que queria de tudo que não se tornassem realidade, mas infelizmente quando cheguei a meio do jogo já tinha mais do que confirmação de que era assim que as coisas iriam acontecer e não podia fazer nada para evitar esta tragédia.
A minha primeira questão era se o jogo iria adaptar o formato de Kingdom Hearts II onde o jogador visitava cada mundo duas vezes, ou se iria entregar tudo de uma vez só. Acontece que (infelizmente) alguém decidiu que seguir a última opção seria a melhor ideia mas durante o processo também decidiram que toda a história importante para a conclusão desta saga não era de todo necessária e esta mal está presente, não sendo necessário mais do que dois a três planetas para o jogador aperceber-se de que não vão levar com nada importante durante o percurso do jogo e que tudo será oferecido de enfiada e sem preparação nenhuma nas últimas horas de jogo. E isto sem referir a complicação desnecessária que foi feita com a história no fim, onde agora os fãs estão todos à espera de um DLC para explicar tudo e mais algumas coisas que foram (literalmente) deixadas de lado.
Podia continuar mas honestamente nem o quero fazer. Apenas estou para ver o que o DLC vai oferecer e depois esperar pelo anúncio oficial de Kingdom Hearts IV porque aparentemente a história ainda não foi concluída.
Um outro jogo que tive a oportunidade de tocar mas não o coloquei na minha lista apesar de estar à espera dele foi Plants vs Zombies: Battle for Neighborville. Isto porque dos vários modos que experimentei tive dificuldades a encontrar partidas, o que afectou imenso o meu entusiasmo e também deixa complicado de recomendar para outras pessoas… embora isso até que pudesse aumentar a quantidade de jogadores…
Basicamente fiquei desapontado tendo em conta que não tive problemas nenhuns a encontrar partidas no primeiro Plants vs Zombies: Garden Warfare ainda no ano passado.
Falando em online, estava interessado em pegar no remake/remaster de Crash Team Racing, mas queria terminar os outros remasters antes (algo que ainda estou a fazer), já para não falar que estava indeciso sobre qual versão do jogo devia tocar já que queria jogar online mas para o fazer na PS4 é necessário o PS Plus (e nem pensar que vou pagar isso). Por isso optei por esperar por uma eventual versão PC, em especial após ouvir que todos estes Grand Prix que tem acontecido são na realidade eventos temporários, o que quer dizer que agora já perdi uma boa quantidade deles e isso não me deixa com grande vontade de pegar no jogo.
Já agora, alguém lembra-se de Persona Q2? Saiu este ano? Não foi assim grande coisa? Não? Nem eu.
Estava curioso em experimentar Fire Emblem mas devido ao que ouvi sobre a localização de Fire Emblem: Fates estragar várias personagens e etc decidi manter-me longe e de pegar num pau bem longo. Com este novo jogo estava interessado mas tendo em conta que aparentemente é necessário completar as três casas para obter a história completa e também passar um bom tempo com as personagens para as conhecer melhor ou até recrutar. Tempo é algo que não possuía na altura e também estava a meio de completar um ou dois JRPGs e por isso deixei a oportunidade de lado.
O mesmo pode-se dizer de Astral Chain que é bem grande pelo que dizem e até Code Vein, que tendo em conta que metade é retirado de Dark Souls e outra metade de God Eater, o jogo deve ter um bom tamanho.
Por fim, Luigi’s Mansion 3, que obviamente é menos duradouro que os outros três que acabei de referir, mas ainda estava colado a terminar um certo JRPG uma vez que apenas costumo pegar nos jogos durante o fim-de-semana, não tendo muito tempo para o fazer durante a semana. Só espero que o online continue activo quando comprar o jogo.
E se parece que estive apressado então é porque estava mesmo já que o que tinha escrito não foi registado inicialmente e não tive maneira de o recuperar. Tecnologia!
- Opinião – RPGs, Grinding e Game Over! - Maio 13, 2025
- Trails in the Sky é apenas o prólogo de uma grande aventura - Abril 7, 2025
- Sayonara - Abril 1, 2021