PróximoNível ao Domingo T3 – Artigo 10 por Lobeon

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*Atenção: O artigo que se segue contém opiniões obscenas e exclusivas de quem o escreveu, qualquer semelhança ou não com a realidade é pura coincidência.
Por isso qualquer sentimento ou consequência causada pela leitura deste artigo é exclusivamente da responsabilidade do leitor.* “Foram avisados!”

Olá PNeiros (ou membros da comunidade do PróximoNível), aqui está mais um PND. Escrito pelo membro mais chato, querido e fofinho da comunidade PN, ou seja, eu outra vez.
Desta vez venho falar-vos sobre alguns jogos e conceitos, e a minha opinião não profissional acerca deles.

Os jogos Free-to-Play e Pay-to-win

Para quem não sabe, F2P é um tipo de modelo de pagamento de jogos que significa free to play, ou seja, grátis para jogar.
Embora hoje em dia este modelo esteja bastante disseminado, nem sempre foi assim, começou por ser um modelo exclusivo de jogos orientais.

Os jogadores jogavam o jogo gratuitamente, mas se quisessem “realmente” jogar, tinham de pagar, normalmente por uma moeda premium do jogo que lhes permitia trocar por itens com estatísticas aumentadas ou outras vantagens em relação a quem não pagasse. Assim nasceu o P2W (significa pay to win ou pay for power, ou seja, pagar por poder ou para ganhar).
Este foi um dos “venenos” mais utilizados neste tipo de jogos que acabou por manchar a sua reputação. Com o P2W, embora fosse opcional, os jogadores eram “obrigados” a pagar, para facilitar a passagem do conteúdo PVE, e no PVP era bem pior, um jogador com equipamento premium conseguia vencer qualquer jogador até vários níveis acima que não pagasse.

Mas este não foi o único “veneno” nos jogos F2P, existiu outro mas que já era mais opcional para as produtoras, ou seja, havia jogos só com P2W, e outros que também tinham o chamado de pay for content (ou seja, pagar por conteúdo).
Este último significa que os jogadores teriam de pagar para poder desfrutar de determinado conteúdo no jogo, ou seja, tinham de pagar para poder aceder a certas áreas, dungeons ou raids, classes exclusivas, … Depois ainda havia a combinação dos dois, ou seja, pagavam, por exemplo, para usufruir de classes exclusivas que eram muito mais poderosas que as grátis.

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Mas ainda havia mais, existem também as subscrições premium que davam várias vantagens aos jogadores como boosts de exp., gold, P2W, pay for content… Estas poderiam ser compradas 1 só vez ou periodicamente, embora se o jogador deixasse de pagar, apenas perdia as vantagens da subscrição.

Mas chega de más notícias, porque nem tudo é mau. Desde que começou a crise, e os jogadores começaram a ficar cada vez com menos dinheiro (menos eu porque nunca tive dinheiro), as produtoras tiveram de começar a pensar em soluções para continuarem a cativar os jogadores.

Dessa necessidade mais ou menos recente, começou a aparecer um novo modelo de pagamento F2P (também ajudado pelo aparecimento dos MOBAs como League of Legends), este modelo de pagamento era “totalmente” gratuito, as produtoras retiraram o chamado P2W e pay for content. Jogadores como eu (não é preciso dizer) ficaram maravilhados, mas então perguntam qual seria a contrapartida? As produtoras tinham de ganhar dinheiro, não é? É verdade, daí nasceram os cosmetics ou conveniência, estes eram itens apenas “bonitos” que poderiam ser comprados com dinheiro do jogo sem qualquer poder adicional. Também existiam boosts para exp., gold… mas eram considerados time savers (para poupar tempo), apenas davam algum extra aos jogadores sem influenciar o seu poder. Ainda existiam também as subscrições opcionais que poderiam ser mensais ou não, e incluíam os time savers e/ou cosmetics.

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Este novo mundo começou à relativamente pouco tempo, o problema é que derivado aos “venenos” que as produtoras colocaram inicialmente (daí a maioria das pessoas de hoje em dia não se querer aproximar dos jogos F2P), poucos são aqueles que sabem deste novo modelo.
Existe também mais um senão, infelizmente ainda são poucos os jogos (para além dos MOBAs que são quase todos assim) a ter este modelo de pagamento, porque muitas das produtoras ainda têm dificuldades a olhar para isto (pensam que poderão perder lucro). E de vez em quando surgem novos jogos com “venenos” (P2W e/ou pay for content), mas por sorte não passam de casos isolados.

Outra estratégia para evitar a probabilidade de perderem dinheiro, fez com que as produtoras fossem cada vez mais amigas dos jogadores, e olhassem mais para o seu feedback para melhorar os jogos.
É o paraíso na terra porque todos ficámos a ganhar e esperemos que este novo modelo de pagamento de jogos F2P venha para ficar!

Primeiro jogo:

World of Tanks e outros

Tecnicamente, não vos vou falar acerca do jogo, mas de um dos conceitos que partilha com alguns jogos de hoje em dia, ou seja, as guerras reais.
Muitas pessoas perguntam-se, se estes jogos deveriam utilizar estes conceitos das guerras reais, como por exemplo, as guerras mundiais que são recentes, e ainda muita gente está marcada com isso.

As opiniões dividem-se, há pessoas que acham que é uma maneira de se lembrar destes períodos negros da história, enquanto outras acham que isto é uma autêntica falta de respeito às vítimas da guerra. Derivado a isso houve alguns jogos que geraram grande polémica, e inclusive tiveram de ser cancelados por serem demasiado fieis áquilo que representavam.

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Eu lamento dizer (sei que agora vou ferir susceptibilidades…) mas sou contra este tipo de conceitos nos jogos, embora não tenha a ver com a segunda opinião. Não tive ninguém da família na guerra (que eu saiba), nem passei por nenhuma, mas já passei por mortes na família, e quem passou (ou até amigos ou conhecidos) sabe que a sensação não é nada agradável.

Quando se fala de mortes virtuais nos jogos uma pessoa até gosta, mas acho que passam um bocado a barreira do aceitável ao estarem a remeter mortes reais no jogo. (Podem crucificar-me agora!)
Quais acham que são os limites nos jogos para vocês?

Segundo jogo:

League of Legends e MOBAs

Devido à grande popularidade que League of Legends tinha, decidi experimentá-lo embora não fosse o meu primeiro MOBA, quando o joguei fiquei tipo “WOW! WTF?”.
O outro MOBA que tinha experimentado antes era oriental, por isso era P2W e pay for content.

Na parte P2W tinha, por exemplo, a possibilidade de se comprar itens que aumentavam os poderes dos heróis. Na parte do pay for content tinha, por exemplo, a maioria dos heróis pagos e só cerca de uma dúzia gratuita.
Por isso LOL foi uma grande melhoria para mim, além de que não tinha certas mecânicas malucas que o outro tinha… (WOW!)

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Na parte negativa foi que no outro MOBA tinha mais de meia dúzia de mapas, modos PVP, Co-op, campanha single player… e quando cheguei a LOL vi que só tinha (na altura) um modo e dois mapas, por isso já devem imaginar… (WTF?)
No final descobri que LOL só é tão famoso derivado à sua componente E-Sport, porque de resto existem muitos MOBAs por aí (não os orientais que a maioria são uma porcaria com as suas mecânicas malucas), e nem sequer estou a falar de Dota 2, que são tão bons ou melhores, só que não tão famosos.

Para ouvir ou ver:

(Contra a pirataria)

Vejam filmes, anime, hentai, ouçam música, etc… seja o que for, mas paguem por aquilo que consomem (excepto se for gratuito). Não façam downloads ilegais das coisas porque estão a prejudicar quem faz e quem vende, e depois (também por causa da crise) podem estar a condenar essas instituições que poderão ficar sem recursos para produzir ou vender os artigos de que gostam.

Falo do exemplo da minha terra, tinha 3 ou 4 cinemas, uma dúzia de casas a vender música e/ou a alugar ou vender filmes, mas como a juventude da minha região gostavam de ter as coisas pirateadas (menos eu, se não tinha dinheiro não via/ouvia) acabaram por lixar a economia cá do sítio.

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O resultado é que agora não tenho um único cinema onde ir, porque todos fecharam, nem casas de aluguer de filmes (vendas só na Worten, Pingo Doce… e a selecção é muito pequena), e lojas de venda de músicas só há praticamente uma ou duas porque o resto são os hipermercados.

Por isso não roubem, não lixem a vossa cidade.

Para jogar:

Firefall

Tenho o prazer de vos apresentar Firefall, não só foi o primeiro MMO/Shooter que conheci, mas também foi o primeiro jogo AAA não MOBA a ter o modelo F2P sem P2W nem pay for content.
Os seus produtores, constituídos por gigantes da indústria dos videojogos de várias produtoras diferentes, tiveram grande dificuldade em arranjar financiamento para o seu jogo, por causa do modelo financeiro que escolheram.

Firefall tem uma grande quantidade de personalização, embora as mais “giras” sejam pagas (cosmetics), têm time savers há venda para as pessoas que tenham pouco tempo para jogar (e dinheiro para pagar), têm vários tipos de subscrições premium que basicamente só incluem time savers e cosmetics.

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E finalmente, o grande trunfo da companhia (e também a razão por estar há tanto tempo em Beta) é que tem ouvido o feedback da comunidade para ajustar o jogo, (que já teve as partes básicas como progressão, missões… refeitas mais de 3 vezes) para ter tudo o melhor possível ao gosto dos jogadores.
E ainda vai ser lançado este ano (29-07-2014). Experimentem!

Mais um PND acabado, não sei se tenho mais ideias para próximos, mas logo se vê.
Espero que tenham gostado, pode ser que haja mais…

Daniel Silvestre
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