Despedimo-nos de Christopher Reeve no seu 4º e último filme no papel de Super-Homem em Superman IV: The Quest for Peace de 1987. Desta vez com um novo realizador e com menos orçamento, não iria ser fácil compensar pela desilusão do 3º filme. Não só falharam totalmente nessa tarefa como ainda conseguiram colocar Superman IV na categoria dos piores filmes de sempre.
É um bocado complicado descrever a história neste filme mas vou tentar ser resumir ao essencial. Enquanto os membros do Daily Planet ficam a saber que o seu jornal foi adquirido por um novo dono, Clark Kent descobre que os Estados Unidos e a União Soviética podem estar prestes a iniciar uma guerra nuclear.
Ele fica a ponderar sobre o que deve fazer e quando Lois Lane visita-o, Clark revela-lhe que é o Super-Homem (outra vez) e decide copiar o voo romântico que fizeram no primeiro filme, só com piores efeitos especiais.
Depois de apanhar um pouco de ar, Clark aplica o truque do beijo do 2º filme para apagar as memórias da Lois (outra vez) agora que já sabia o que fazer. E se estão a perguntar o que aconteceu à Lana Lang do 3º filme, os produtores também devem ter recebido um beijinho especial do Homem de Aço.
Durante uma cimeira das Nações Unidas, o Super-Homem comunica que vai livrar o mundo de todas as bombas nucleares, e aparentemente toda a gente apoia esta decisão e acha que é uma excelente ideia! Entretanto, Lex Luthor escapa da prisão (outra vez) com a ajuda do seu sobrinho e obtém um fio de cabelo do Super-Homem para criar um clone que nasce literalmente do sol chamado Nuclear Man.
O que acontece a seguir não passam de cenas que chegam a ultrapassar o nível de parvoíce do 3º filme, como a nova editora do Daily Planet a fazer de tudo para saltar em cima do Clark Kent e um encontro duplo onde Clark Kent e o Super-Homem têm que estar ambos presentes.
Apesar de ter referido anteriormente que os efeitos especiais não tinham envelhecido tão bem com tempo, nunca tiveram tão mau aspecto como neste filme, chegando a reutilizarem as mesmas sequências de voo várias vezes.
E se estavam à espera de algo mais elaborado do que a luta entre o Super-Homem e o General Zod no 2º filme, a batalha contra o Nuclear Man atinge momentos ainda mais ridículos, sem esquecer o novo poder aleatório do Super-Homem: visão especial para reparação de muralhas.
Com a má recepção crítica e financeira aos dois últimos filmes, a Warner Bros. decidiu fazer uma pausa com o Super-Homem, e só voltaríamos a vê-lo no grande ecrã em 2006. É uma pena que estes filmes tenham tido este desfecho, já que introduziram o super-herói ao público geral e incentivo a vermos mais filmes do género com outras personagem.
Deixamos o Homem de Aço por uns momentos a descansar e vamos continuar a maratona com um jogo que junta dois grupos improváveis, um filme de animação com viagens no tempo e o regresso do Cavaleiro Negro ao cinema com um tom mais sério.
- Análise – Ford v Ferrari / Le Mans ’66: O Duelo (por Rui Santos) - Novembro 26, 2019
- PróximoNível: Jogos do Ano 2018 – As escolhas do Sérgio Batista - Dezembro 31, 2018
- Hellboy – Primeiro trailer oficial - Dezembro 19, 2018