Enquanto esperamos pela estreia de Batman v Superman: Dawn of Justice a 24 de Março, vou iniciar um género de maratona de artigos onde vamos falar de filmes, jogos, séries, entre outras coisas relacionadas com os super-heróis da DC.
Vamos começar com o primeiro filme da DC Universe Original Animated Movies, Superman: Doomsday. O filme saiu em 2007 numa altura em que a 7ª temporada da série Smallvile estava prestes a começar e o filme Superman Returns tinha estreado no ano passado, portanto o nome Superman estava um pouco na ribalta.
Superman: Doomsday é baseado levemente (eu explico isto mais daqui a pouco) num conjunto de bandas desenhadas intituladas The Death of Superman. E pelo título das bandas desenhadas, é fácil perceber o que acontece nesta história.
Nos primeiros momentos do filme, vemos o Super-Homem e a Lois Lane a tirar umas pequenas férias românticas na Fortress of Solitude. No entanto, Lois Lane não está muito satisfeita com o estado do seu relacionamento e quer que ele admite qual é a sua identidade secreta. Nunca é demais relembrar que estamos a falar de um disfarce que consiste apenas num par de óculos e não usar gel no cabelo.
Entretanto, um grupo de escavadores que trabalham para Lex Luthor encontram uma nave espacial e soltam Doomsday, uma criatura extremamente agressiva criada para atacar tudo o que vê e que se mexe, uma espécie de Hulk mas menos interessante. Até chega a matar um cão, portanto tudo indica que ele é má pessoa.
Se julgam que a história vai ser toda à volta do Doomsday só porque o nome dele está no título do filme, digo-vos já que não vai ser esse o caso. Toda a batalha entre ele e o Super-Homem decorre nos primeiros 30 minutos do filmes, e assim que Doomsday cumpre o seu propósito, nunca mais é mencionado durante o resto do filme. Isto só me convence mais como esta personagem é bastante estúpida.
Assim que o Super-Homem morre (quem diria), parece que estamos a ver um filme diferente e vemos um pouco da reação do mundo agora com a sua ausência. Esta seria uma parte interessante de explorar mas pouco depois de um mês, o Super-Homem surge novamente bem de saúde. No entanto, as suas acções são algo estranhas e anda muito amiginho do Lex Luthor, claramente algo não está certo.
Como referi anteriormente, o filme é uma adaptação da história em The Death of Superman mas são tomadas algumas liberdades. Normalmente já não fico muito incomodado ao saber que uma adaptação não é 100% fiel à história original, e seria complicado colocar tudo num filme de 1 hora e 15 minutos.
Todo o filme é muito focado nas personagens relacionadas com Super-Homem, como Lex Luthor, Jimmy Olsen e Lois Lane, portanto não há qualquer referência a outros membros da Justice League, assim como os 4 Super-Homens falsos que são introduzidos na história da banda desenhada.
Parece que os fãs de John Henry Irons vão ter de ficar-se pela interpretação do Shaquille O’Neal no filme Steel (digam-me que não sou o único que ainda se lembra deste filme).
Eu não julgo que Superman: Doomsday seja um mau filme mas tudo indicava que não iria adorá-lo. Desde sempre achei que a história à volta da morte do Super-Homem apenas serviu para chamar à atenção, ainda por cima causada por uma personagem como o Doomsday que foi criar unicamente para cumprir esse propósito, ignorando vilões muito mais interessante que têm um historial mais longo com o Super-Homem.
Apesar de tudo indicar que veremos a criatura novamente em Batman v Superman, parece que vai ser uma versão diferente com outra origem, portanto até nem me importo de o ver em acção no filme a levar porrada do trio de super-heróis mais populares da DC.
É verdade, também aparece uma aranha robótica gigante que enfrenta o Super-Homem. Tinhas razão, Kevin Smith, isto é uma ideia estúpida.
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