Continuamos a maratona com o segundo filme da DC Universe Animated Original Movies, Justice League: The New Frontier. Lançado em 2008, o filme é uma adaptação da série de banda desenhada DC: The New Frontier e decorre nos anos 50 em plena Guerra Fria.
Durante este período, as pessoas estão mais receosas e perdem a confiança nos super-heróis: o Super-Homem limita-se a ajudar quando é chamado para não chatear ninguém, o Batman é um fugitivo porque discorda das decisões do governo e a Wonder Woman faz o que bem lhe entender. Basicamente o comportamento esperado deles.
No entanto, estes super-heróis fazem parte da chamada Golden Age e o foco do filme está mais nas personagens da Silver Age, nomeadamente Green Lantern, Martian Manhunter e Flash. Após ser hospitalizado devido a um trauma de guerra, Hal Jordan começa a receber treino para uma missão especial.
Quanto ao Flash, ele já anda a lutar contra o crime mas começa a ponderar em desistir de fazer o papel de super-herói quando agentes do governo tentam capturá-lo para estudar a origem dos seus poderes. Entretanto, um marciano verde chamado J’onn J’onzz, que foi teleportado para a Terra acidentalmente, disfarça-se de detective para investigar um culto que venera uma entidade chamada The Centre.
The Centre é uma espécie de ilha gigante flutuante capaz de originar dinossauros mutantes que existe há muito tempo na Terra, e decide eliminar a humanidade porque percebeu que somos um monte de bestas violentas que só gostam de destruição.
Portanto cabe aos super-heróis novatos juntarem forças com os veteranos para salvarem o mundo e eventualmente chegam a formar a Justice League. Esta é essencialmente a premissa do filme onde vemos a origem de alguns heróis, apesar do Hal Jordan só receber o anel de Green Lantern muito mais tarde no filme de uma forma um pouco ao pontapé e o Aquaman aparece no fim depois do conflito estar resolvido (sempre atrasado este Aquaman).
Tal como a banda desenhado original, o estilo visual do filme é um pouco inspirado nas bandas desenhadas da década 50 e 60, o que coincide com a mesma altura em que a Justice League surgiu pela primeira vez.
Eu não costumo fazer referência à qualidade do voice acting, o que no caso deste filme até está bastante bom na maioria dos casos, mas a voz do Batman estranhou-me bastante. Talvez esteja demasiado habituado à voz do Kevin Conroy, mas a voz do Batman no filme parece que não condiz com o registo a que estou habituado.
Em resumo, Justice League: The New Frontier é um filme que me agradou mais que Superman: Doomsday. É uma boa homenagem aos super-heróis mais antigos da DC e à América dos anos 50. Mesmo que não conheçam tão bem as bandas desenhadas daquela altura, não perdem nada em dar uma chance ao filme.
Até aparece o Bugs Bunny e tudo.
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