Maratona DC – Batman Forever

Uma vez que Batman Returns não lucrou tanto como filme original e recebeu críticas quanto à violência presente por parte de alguns pais, a Warner Bros. escolheu Joel Schumacher para realizar o 3º filme de Batman, colocando Tim Burton no cargo de produtor. Schumacher reduziu no tom negro dos filmes anteriores e inspirou-se mais nas bandas desenhadas mais antigas de Batman e na série televisiva dos anos 60.

Para além da troca de realizador, Michael Keaton também foi substituído por Val Kilmer para interpretar o papel de Bruce Wayne/Batman. Tal como no filme anterior, o Cavaleiro das Trevas volta a enfrentar 2 vilões, Riddler e Two-Face, e também assistimos à origem do seu parceiro Robin.

Batman Forever começa com Two-Face a assaltar um banco e é aqui que Batman conhece a doutora Chase Meridian, uma psiquiatra interpretada por Nicole Kidman com um certo fetiche por homens vestidos com borracha negra. Esta é a terceira vez que vemos uma mulher diferente a tornar-se num interesse amoroso de Bruce Wayne, o que começa a ser chato esta mudança constante e reforça mais a minha teoria que o Batman é, na verdade, o James Bond.

Apesar de Harvey Dent estar presente no primeiro filme, Batman Forever não segue a continuidade do 1º filme para a personagem Two-Face, algo evidente pela diferença de cor de pele. Normalmente estou habituado a ver Tommy Lee Jones em papéis com um ar mais sério e aqui vemos-o mais alegre, talvez em demasia. A sua prestação parece bastante semelhante a um Joker e a maquilhagem da cara deformada não convence muito.

Contudo, o vilão principal do filme é Edward Nygma, um cientista que fica obcecado com Bruce Wayne e desenvolve um plano de manipular as ondas cerebrais dos cidadãos através da televisão sob o nome de Riddler. A melhor forma de descrever Jim Carrey no papel de Riddler é como ver Jim Carrey em qualquer outro filme de comédia.

Depois temos Chris O’Donnell como Robin que fica sozinho depois de Two-Face matar a sua família. Robin começa à procura de vingança e Bruce Wayne serve um pouco como mentor e tenta convencê-lo a tomar a decisão certa. Eventualmente Robin descobre que Wayne é o Batman e a primeira coisa que faz é… roubar o batmobile? Mesmo que haja uma ocasião ou duas em que ele ajuda o Batman, Robin acaba por ser uma personagem um pouco irritante e não o vemos muito como um verdadeiro parceiro do Cavaleiro das Trevas neste filme.

No fim, Batman Forever é como Val Kilmer: não é o pior Batman que já vi mas há melhores. No entanto, esta não seria a última vez que veríamos Joel Schumacher a realizar um filme de Batman

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