O estúdio 343 Industries parece estar a fazer de tudo para trazer a série Halo de volta e em grande força. Penso que o esforço está a valer a pena mas vamos fazer um apanhado da situação actual.
O jogo foi adiado algumas vezes no passado mas agora temos em mãos uma vertente multiplayer que servirá como base para o futuro. Apesar do modo campanha ser algo fundamental, o multiplayer foi algo que marcou a série Halo desde a sua génese e penso que o estúdio começou com o pé direito nesse sentido.
No geral, há que dar o mérito à 343 Industries em tentar manter os fãs antigos contentes sem alienar os novos, portanto tomou um conjunto de medidas que estão bem aparentes no Halo Infinite.
A série evoluiu ao longo dos anos e pela a altura em que Halo 5: Guardians foi lançado, esta adorada vertente multiplayer mantinha alguns elementos do passado mas era um jogo completamente diferente. Apesar de tudo isso, Halo 5 foi um dos jogos em que mais tempo investi na minha vida e o futuro mostrava-se risonho para Halo Infinite.
Através da jogabilidade eu vejo quase como uma celebração de todo a legado da série Halo, e muitos dos fãs que se calhar se afastaram entre Halo 4 e Halo 5 ficarão e ficaram contentes com esta nova aposta.
Vejo uma certa simplificação da jogabilidade base em Halo Infinite que não só é bem vinda, havendo apenas a aposta no sprint como algo que se pode usar desde o início, algo que era considerado sacrilégio até Halo 3. Se quisermos ter habilidades ou funcionalidades mais modernas, então precisamos de apanhar os power-ups que estão no chão.
Resumidamente, a jogabilidade em Halo Infinite continua intuitiva, desafiante e bastante fluida, trazendo de volta aqueles 1 contra 1 fantásticos que são altamente satisfatórios após uma vitória.
O estúdio também tomou decisões que passaram a série para um modelo mais moderno, como é o caso do multiplayer free-to-play. Como havia sido prometido, o que for pago dentro do jogo será apenas para elementos cosméticos do jogo como skins, armaduras e entre outros.
O Battle Pass foi ajustado recentemente e garantidamente será ajustado de agora em diante, mas é uma boa maneira para manter o jogador ainda mais interessado no jogo com desafios diários e semanais que irão desbloquear todo uma panóplia de cosméticos e extras.
Grande parte do meu tempo irá certamente para o modo Ranked que neste momento mostra-se competente mas pode ser melhorado em inúmeros aspectos. Para começar, a arma favorita de todos os fãs de Halo, a Battle Rifle, passou a ser a arma principal, e os desafios de 4 contra 4 seja em Slayer, Oddball, Strongholds ou CTF estão bem ajustados.
O facto de haver tão pouca gente a sair a meio dos jogos mostra (isto porque em ranked estas saídas não são colmatadas) o compromisso e a vontade dos jogadores em subir o seu rank. Muita coisa pode ser melhorada, e pelo que vi temos aspectos como os spawns, inconsistência no dano que algumas armas ou socos.
A comunidade está no geral de lado com o jogo e vemos até alguns grandes nomes a voltaram à vertente competitiva do jogo. Os torneios oficiais irão acontecer e alguns nomes como é o caso do famosíssimo Ninja, pondera voltar a competir em Halo. Para além dos grandes nomes, vejo a minha lista de amigos cheia de jogadores em Halo Infinite, portanto veremos como esta situação ficará no futuro
My replies: Are you going to go pro in Halo Infinite?
Me: pic.twitter.com/4YIgpEz3mm— Ninja (@Ninja) August 25, 2021
Esta Season 1 ou fase Beta como a 343 Industries a denominou, está a mostrar não só aquilo que Halo Infinite pode ser mas também a competência do estúdio em corrigir rapidamente erros que porventura apareçam, e a rapidez em corrigir os recentes problemas da progressão no Battle Pass oferecem um bom presságio. Até agora vejo um multiplayer bastante decente com uma margem de melhoria enorme e até agora posso dizer que Halo está de volta!
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