AVISO: Este artigo contém spoilers do 5º episódio da temporada 6 de Game of Thrones. Se ainda não o viram, voltem aqui mais tarde. Não me culpem se ficarem a saber antes do tempo que nunca mais vão segurar numa porta da mesma maneira.
Chegamos a meio da sexta temporada de Game of Thrones e “The Door” foi certamente o melhor episódio até agora. Eu sei que disse isto sobre o episódio anterior, mas opiniões mudam. Mesmo aqueles que estavam um pouco de nariz torcido com os primeiros episódios da temporada, certamente ficaram mais empolgados agora para ver o que acontece a seguir.
O episódio começa com uma conversa entre Sansa Stark e Littlefinger sobre o que aconteceu depois dele a ter deixado com os Bolton. Sansa demonstra estar mais confiante e consegue deixar Littlefinger um pouco sem saber o que dizer. Contudo, não seria de estranhar se a menção sobre o seu tio Blackfish recuperar Riverrun e o facto de Jon Snow ser um meio-irmão fizesse tudo parte da sua manipulação característica.
Em Braavos, Arya recebe uma nova missão onde tem que matar uma atriz chamada Lady Crane e vai assistir a uma peça de teatro que é inspirada nos acontecimentos da morte do rei Robert Baratheon e do Ned Stark. Este momento não é apenas interessante por demonstrar a perspetiva do povo fora de Westeros quanto a estes eventos, que vêem Ned Stark como um idiota que tentou ficar com o trono. Também demonstra que Arya ainda fica afecta com o que aconteceu, e não parece ser uma mera coincidência que o seu alvo é uma atriz que faz o papel de Cersei, uma das pessoas na sua lista. Será que isto é tudo um teste para provar a sua convicção para ser um dos Faceless Men?
Voltamos aos flashbacks com Bran, desta vez ainda mais atrás no tempo onde ficamos saber que foram as Filhas da Floresta que criaram os White Walkers. Apesar de inesperado, este momento merecia mais contexto prévio, já que surgiu um pouco do meio do nada. Ainda não sabemos ao certo como é que um pedaço de Dragonglass atravessado no peito de um homem, que pode ou não ser o Night’s King, é capaz de tornar alguém num demónio de gelo. Moral da história: digam não à desflorestação, senão temos um apocalipse de zombies.
Para os lados da Ilhas de Ferro, Yara Greyjoy é quase escolhida como rainha, até o desaparecido Euron Greyjoy decidir aparecer e virar toda a gente para o lado dele com a promessa de que vai conquistar Daenerys Targaryen com a sua Frota de Ferro. Yara e Theon fogem com alguns navios para um destino desconhecido já que Euron não parece ter problemas em matar familiares. Uma coisa é certa: os homens de ferro têm as piores coroações em Westeros.
Já que falamos da Daenerys, ela fica a saber sobre a condição de Jorah. Quando ele declara mais uma vez o seu amor por ela antes de partir, Daenerys ordena-o a descobrir uma cura para voltar a lutar a seu lado. Mesmo que tenta falar de maneira muito formal, percebemos perfeitamente que Daenerys ainda se preocupa bastante com Jorah, e quem sabe, talvez ele tenha mesmo hipóteses de sair da friend zone. Estamos todos contigo, Jorah!
Enquanto Daenerys leva o seu tempo a chegar a Meereen, Tyrion Lannister pede o apoio de uma sacerdotisa chamada Kinvara. Nota-se que ela e Melisandre andaram na mesma escola já que ambas têm a mesma maneira de falar. Varys está muito céptico quanto à sua religião, e é aqui que Kinvara demonstra saber mais do que esperava, dando algum contexto sobre o momento em que Varys se tornou num eunuco. Fica agora a dúvida se no fundo Varys até acredita no Senhor da Luz e se tudo o que fez até agora na série foi com base nessa fé.
Voltamos por breves momentos a Bran que tem uma nova visão. Não sabemos ao certo se está a reviver algum momento do passado e em que altura específica, mas ele encontra um exército enorme de White Walkers e é marcado pelo Night’s King, o que agora permitiu-o ir ao local onde está Bran.
Em Castle Black, Jon Snow e os outros começam a fazer os planos para o que já intitulei de Wrestlemania do Norte. É aqui que confirmamos um pouco da minha suspeita da manipulação de Littlefinger, uma vez que Sansa mente como descobriu sobre a reconquista de Riverrun. Mas não se preocupem, ela ainda preocupa-se com Jon e oferece-lhe uma peça de roupa para ficar mais parecido com o pai e tudo. Agora que partiram pelo norte para conseguir o apoio de mais casas, será que há alguma chance de surgir uma menção dos Forrester?
O momento alto do episódio decorre nos últimos minutos com a chegada dos White Walkers à árvore onde se encontra Bran. Enquanto ele está a levar com o maior upload cerebral da vida dele, toda a gente faz um esforço enorme de o manter vivo. Mas os mortos-vivos são demasiados e acabamos por dizer adeus às Filhas da Floresta, ao Corvo Tri-Zarolho, ao Summer. Quando chegam à saída, Meera diz a Hodor para segurar a porta. É durante este momento que Bran, ainda preso no passado, acaba por ligar a mente de Wylis ao Hodor do presente, causando a deficiência que o faz dizer apenas a palavra “Hodor“, uma redução da frase “hold the door“.
Desde que a sexta temporada começou, já tivemos algumas mortes grotescas mas nenhuma verdadeiramente trágica como esta. No caso de Hodor, ele era apenas um amável gigante, sempre disposto a ajudar e a proteger Bran, e acaba por ser uma vítima nisto tudo. Apesar das indicações de que Bran é capaz de manipular, ou pelo menos, interagir com o passado, o destino de Hodor estava definido e o seu sacrifício não vai ser esquecido.
Avaliação: muito bom
Nº de mortes: 5 e um direwolf
Nível de nudez: Boom! Surprise dick!
O que acharam deste quinto episódio? Não se esqueçam de comentar e cá estarei de voltar para falar do próximo episódio, “Blood of my Blood“. E mais uma vez, estes momentos de Brienne e Tormond estão a tornar-se nos meus favoritos da série.
