Sem grandes surpresas, FIFA 22 foi anunciado e está em desenvolvimento para ser lançado já no próximo mês de Outubro. Como seria de esperar, tudo o que é consolas e PC vão receber o novo jogo.
Até agora e olhando para a maioria dos comentários deixados no vídeo oficial, existe muita gente que não está assim tão entusiasmada com o jogo. Desde comentários sobre um trailer que mal mostra jogabilidade, passando por outros que se queixam da câmara usada, o maior alvo de crítica será a utilização do chavão HyperMotion.
Supostamente a tecnologia HyperMotion será uma ferramenta de nova geração a pensar no Stadia, PS5 e Xbox Series. Esta irá fazer com que o jogo pareça mais autêntico e os jogadores façam coisas mais reais. Curiosamente isto é algo que a EA Sports diz que vai fazer todos os anos, nem sempre com resultados assim tão claros.
Mas se existem várias coisas que fazem deste anúncio algo desapontante, talvez a “novidade” que passa ao lado é uma das piores práticas que podem ser feitas na indústria, e não nos podemos esquecer que FIFA está cheio de microtransações duvidosas.
Caso não tenham reparado, o foco vai para as consolas de nova geração e depois para as da anterior e PC, deixando uma consola para último. Ou seja, a Nintendo Switch também vai ter direito ao seu FIFA, mas é um FIFA diferente, ou melhor, igual.
Segundo o que foi revelado (com poucas palavras como seria de esperar) em quase todo o lado, a Nintendo Switch terá uma Legacy Edition. Porém não se deixem enganar por este belo nome. A edição Legacy é o FIFA mais simplório que podem imaginar a correr na vossa Nintendo Switch. Ou seja, FIFA 20 na Nintendo Switch é exactamente o mesmo jogo dos útimos anos, apenas com mudanças de jogadores, kits e afins.
Temos de nos lembrar que até hoje, a versão Nintendo Switch sempre foi “aquela” que mais sofreu com os seus lançamentos, chegando com muito menos do que que todas as outras e por preços similares, o que é bastante mau. Mas como não existe concorrência na consola e muitos são os compradores não informados, será sempre uma forma de somar mais dinheiro.
Sim, posso concordar com muitos quando dizem que FIFA é sempre muito parecido todos os anos e nem fazia sentido lançar um jogo inteiro todos os anos, aliás, com tanto dinheiro a fluir pelo FUT e afins e com tão poucas alterações, quase mais compensava ter um ano de intervalo em formato digital tal como fez PES.
De qualquer forma, mesmo que ainda exista de certa forma alguma defesa face aos lançamentos anuais sem grandes novidades, é terrível que uma das consolas mais bem sucedidas de sempre seja tratada pela EA como uma plataforma de última categoria, fazendo aqui sim uma reciclagem clara do que já vendeu nos anos anteriores. Eis uma imagem da versão Legacy do ano anterior para recordar:
Muitos podem pensar que isto não é grave nem um problema de maior, mas certamente esquecem que sempre que possível, se uma companhia consegue fazer passar uma prática anti consumista, que a irá fazer claramente e outros irão imitar mais tarde ou mais cedo. Temos de nos lembrar que no meio de todas estas práticas só uma pessoa é que vai sair realmente prejudicada: o consumidor.
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