Ao contrário do que acontece hoje em dia, em que um disco SSD consegue abrir o Windows 11 em míseras dúzias de segundos, na altura do Windows 3.1 as coisas era um pouco mais diferentes. Existiam várias maneiras de iniciar os jogos nesta altura, mas a Microsoft estava a revolucionar os escritórios e quartos de muitas crianças através de um sistema operativo mais intuitiva.
Para iniciar esta nova versão do Windows precisávamos de ter uma versão do MS-DOS, digitar as palavras “win” e carregar Enter para vermos a magia a acontecer após alguns segundos.
O que descobri rapidamente com este sistema operativo foi a rapidez com que abrimos os programas e isto um pouco graças à maneira como estavam dispostos através de ícones grandes. A arrumação inicial não é a melhor, mas também podíamos ajustar tudo ao nosso agrado. Na verdade havia muito coisa que tinha algum receio em abrir, pois sempre tive algum medo de danificar o PC ou até mesmo toda a configuração feita até ao momento.
Na verdade existiam elementos que me deixam espantados como o rato e a facilidade que era usar um, e outros aspectos mais específicos como os famosos screensavers, temas para as janelas. Na verdade era um sistema operativo bastante versátil e os pilares para aquilo que encontramos hoje em dia, estão nesta versão do Windows.
Mesmo assim nem tudo era fácil como é hoje em dia: querem usar um rato? Instalar drives. Placa de som? Instalar drives. Impressora? Instalar drives. Praticamente tudo o que é considerado como externo ao PC precisava de ser instalado através de disquetes, muito diferente das capacidades plug-and-play que existem hoje em dia. A experiência por norma era um pouco demorosa e por vezes algo complicada, mas nunca impossível.
Algo engraçado que eu acabei por fazer muitas vezes através deste Windows foi a criação de capas personalizadas para os CDs de música através de uma impressora que eu tinha e que imprimia a preto-e-branco. Numa altura em que as famosas cópias de CD estavam no auge, era necessário arranjar uma maneira de identificar as caixas bem como as listas de músicas, e como por vezes tínhamos uma compilação de músicas Rock do “amigo do amigo”, era necessário saber o que estávamos a ouvir, e daí criei imensas capas que ainda hoje perduram algures na minha cave.
Alguns dos jogos de destaque que pude encontrar nesta plataforma passaram pelos clássicos Solitaire, Taipei, Chip’s Challenge, Klotski, Jewel Thief e o mítico SkiFree. Por norma os jogos eram fáceis de correr e não traziam grandes problemas, pelo que havia até uma boa quantidade de adaptação de alguns clássicos no Windows 3.11 como SimCity, Tetris e tudo o que começava com “Win” como WinRisk ou WinTrek.
O meu tempo com este Windows 3.1 foi bastante curto, cerca de 1 ou 2 anos, e a partir daí saltei para um computador com um processador 486 capaz de correr um Windows 95 facilmente e a partir daí descobri um novo tipo de Windows, mais elaborado, acessível e fácil de trabalhar.
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