Nota: Esta rubrica pretende ordernar em termos de qualidade, vários videojogos, filmes ou outras obras de entretenimento, dentro da sua fraquia. Isto não quer dizer, que por uma coisa estar em último lugar, seja necessariamente má, simplesmente em comparação com as restantes é mais fraca. Reforço ainda, que esta rubrica é baseada numa opinião meramente pessoal.
23 – The Incredible Hulk (2008)
De todos os filmes desta lista, este é talvez o filme que mais se distancia da fórmula Marvel. E muito provavelmente aquele que mais facilmente é esquecido de entre toda a galeria do Marvel Cinematic Universe. Isto deve-se sobretudo, ao facto de que a personagem de Bruce Banner, é interpretada por Edward Norton, o qual nunca mais voltou ao papel novamente. Seja como for, o filme por si só, é previsível e joga muito pelo seguro. Até o filme homologo de mesmo nome, pré-MCU, de 2003, aproveitou bem a figura de Hulk, com algumas cenas de ação bem conseguidas. Já neste caso, Hulk aparece muito pouco, apenas tendo maior relevância na batalha final.
22 – Thor (2011)
Um filme de origem de Thor tinha tudo para correr bem na teoria. Contudo, e apesar de ser uma figura mitológica, o filme passa-se grande parte no mundo dos humanos, o que acaba por deitar por terra todo o potencial que poderia ter tido. E isso torna-se mais frustrante, quando vemos as cenas em Asgard, pois se o filme todo tivesse sido lá, a explorar o passado e/ou mitologia por detrás daquele povo, teria sido muito melhor e tornado a experiência mais proveitosa.
Mas não, a Marvel decidiu fazer uma história mais génerica, de autosuperação. Somando a isto, a prestação de Chris Hemsworth, que não me conseguiu vender de todo neste filme, ficou muito aquém até do talento do actor. Para não falar do romance forçado, entre Thor e Jane Foster. Só não coloquei este filme em último lugar, porque ainda tem alguma conexão com o restante universo e personagens e uma ou outra cena de ação visualmente interessante, porque sem ser isso, consegue ser pior que o anterior desta lista.
21 – Iron Man 3 (2013)
Ainda me lembro da primeira vez que vi este filme, e não acreditei o quão superficial conseguiu ser. Primeiro começo por um dos vilões, que foi um verdadeiro soco no estômago, não consigo perceber como é que as pessoas por detrás da produção deste filme, acharam piada ao conceito de estragar a personagem de Mandarim, ao torná-lo uma autêntica fraude e comedian gag. Somando, a isto os trailer comerciais do filme, que fizeram questão de vender uma ideia totalmente errada.
Posto isto, este filme foi aquele que se seguiu a Avengers (2012), logo, na teoria, tinha bastante potencial para pegar nas consequências que os eventos desse filme, tiveram na personagem de Tony Stark. Mas (guess what) não, é um filme de autosuperação e autodescoberta, o que para uma última parte de uma trilogia, este elemento já deveria ter sido explorado num primeiro filme. Devo dizer que, mesmo assim, o filme é aquele que tem as melhores e mais diversas cenas de ação, entre os três. Contudo, isto não chega para o salvar, algumas das decisões do guião e da produção são muito duvidosas. Dá quase que a entender, que a produção acha pode entregar um filme com uma qualidade minimamente aceitável, tendo Robert Downey Jr como protagonista, e que isso chega para fazer um bom filme, mas este não é de todo o caso.
20 – Thor: The Dark World (2013)
Este filme conseguiu resolver um dos principais problemas que tinha com o primeiro filme do Thor, contudo, quando exploramos o background da mitologia de Asgard, não é assim tão interessante, como poderia ter sido. Para não falar, que Jane Foster ainda tem mais tempo de antena neste filme que o anterior, o que para uma personagem secundária, não tão cativante, acaba por desviar as atenções. E isto reforça-se, pois as novas personagens introduzidas são muito mais intrigantes, mas acabam por ficar como pano de fundo no escopo da narrativa.
Se não fosse a presença de Loki no filme, sem sombra de dúvida, que teria sido uma experiência ainda mais difícil de acompanhar. Este é bem capaz de ser o filme do MCU que mais me desperta um efeito de sonolência, pois apesar de ter algumas ideias criativas, estas nunca chegam a ser suficientemente exploradas, ao ponto de me fazer interessar pelo mundo e pela história.
19 – Iron Man 2 (2010)
O filme do MCU que é a definição de medíocre. Não tem tantos aspectos negativos, como os filmes anteriores desta lista, mas também não tem nada de grandioso a apontar. Todo o build-up construído ao longo do filme, nunca chega a lado nenhum, vários são os elementos introduzidos, mas que apenas duram alguns minutos e são rapidamente resolvidos.
Com isto começo a chegar à conclusão que a grande força matriz dos filmes do Iron Man, se devem ao poder e carisma do actor, Robert Downey Jr, que basicamente leva estes filmes às costas. Porque sem ser isso, neste caso, tudo o resto é esquecível e pouco importante, no grande panorama. E acaba por ser uma experiência que “entretém”, mas não é nada demais, ou que pelo menos, nunca se tenha visto antes.
18 – Ant-Man (2015)
Ant-Man na teoria seria um filme muito difícil de vender, não só pela personagem em si, mas como um filme integral. No entanto, ao se reduzir a grandiosidade da narrativa, para se focar numa história de origem mais simples, o filme faz um bom trabalho. Paul Rudd surpreendentemente faz também um ótimo trabalho na interpretação do herói. Não só pelo timing cómico, mas sobretudo, por dar credibilidade a esta personagem, cujo conceito baseia-se em se transformar no tamanho de uma formiga, com uma força sobre-humana, o que à primeira vista pode parecer uma ideia parva, mas que no filme resulta.
É também um dos filmes que mais segue à risca a fórmula Marvel na sua essência. O que não é de todo mau, aliás para um filme de origem deste herói em questão, seria a jogada mais segura. Apesar disso, e como referi, é um filme que resulta, por vender e entregar aquilo que prometeu ser desde o início.
17 – Guardians Of The Galaxy Vol. 2 (2017)
Muito provavelmente um dos filmes aqui listados, que vai causar mais estranheza para muitos, devido à posição onde se encontra. Por um lado, o primeiro acto deste filme é incrível, desde o humor, às cenas de ação até a relação das personagens. Contudo, para mim os problemas começam no segundo acto, quando as personagens se separam, e isto deve-se muito, porque a verdadeira força e vivacidade desta equipa, é quando estão (lá está) juntos. A parte que acompanha Groot, Rocket e Yondu é bem conseguida e bastante bem humorada, até mais que o primeiro acto.
No entanto, a parte que contempla Quill, Gamora, Mantis e Drax no planeta de Ego, abranda significativamente o filme para um pacing e ritmo demasiado monótono e parado. E isto é reforçado, pela direção do filme que corta entre estas duas partes sucessivamente no decorrer da obra, o que torna esta secção mais notória. O vilão não me cativou suficientemente, e achei o plot-twist muito previsível e pouco anti-climático, o que não ajudou no terceiro arco, aquando da revelação e respectiva batalha final. Portanto, não é de todo um mau filme, mas também não chego a considerar como um dos melhores, ou sequer, que contemple o top 10 do MCU.
16 – Captain Marvel (2019)
Quando vi Captain Marvel pela primeira vez, lembro-me ter ficado com uma primeira impressão mista, não achei mau, mas também não achei muito bom. Após reassisti-lo, devo dizer que a minha opinião mudou ligeiramente para melhor. A personagem interpretada por Brie Larson, está longe de ser a mais bem trabalhada, e igualmente longe de ser uma personagem feminina memorável, que se compare em termos de qualidade à Wonder Woman (2017). Mesmo assim, achei que o verdadeiro valor do filme reside, nas personagens secundárias, nas situações em que estas estão envolvidas, e na forma como a história é contada.
15 – Captain America: The First Avenger (2011)
Para uma obra que retrata ao mesmo tempo um super-herói da Marvel, e que é também um herói de guerra neste universo, o filme consegue fazer um bom trabalho em equilibrar estes dois lados da balança. Por um lado, consegue convencer o espectador da credibilidade histórica, e ainda enquadrar a vertente de fantasia que acompanha a jornada de Captain America.
Todavia, o vilão consegue distanciar-se deste equilíbrio e ser por vezes, superficial demais. Contudo, quanto a Steve Rogers, Chris Evans faz uma interpretação desta personagem de forma apropriada, demonstrando o porquê de ter sido este o primeiro vingador. Se o filme dos Guardians Of The Galaxy Vol 2 (2017) considero como overrated, este é sem dúvida, um dos mais underrated da lista, não acho que tenha recebido o mérito devido, que lhe é digno.
14 – Avengers (2012)
O primeiro grande encontro das maiores figuras do MCU de então. Apesar do build-up construído até aqui chegar, ter sido satisfatório e bem conseguido. O meu principal problema com este filme, e por o considerar o filme mais inferior (não necessariamente mau) dos Avengers, prende-se com o vilão/ameaça central. Para um filme que une os maiores heróis da Marvel, teria de haver uma ameaça igualmente oposta em termos de grandiosidade, que justifique a tal convergência.
Ora apesar do exército Chitauri estar presente em grande parte do filme, e seja em maior número face aos heróis, a figura que representa e lidera este exército é a de Loki. O qual já tinha sido estabelecido como um vilão do universo do Thor, e agora trazê-lo de volta para ser a ameaça principal… não me pareceu totalmente coerente. Isto pode parecer um mero detalhe, mas neste filme em particular, faz toda a diferença, pois a ameaça traz a necessidade de reunir os Avengers. Ora se ameaça não é justificável, tira o propósito desta confluência. Posto isto de lado, o filme conta com algumas cenas e efeitos especiais muito bem trabalhados. Apesar de ter um primeiro acto, um tanto confuso e com bastante exposição.
13 – Black Panther (2018)
Após ter sido introduzido levemente em Captain America: Civil War (2016), fiquei com curiosidade em saber mais sobre o passado e lore desta personagem. Neste sentido, este filme conseguiu satisfazer essa minha curiosidade, como também entregar elementos narrativos interessantes. O “vilão” deste filme, Killmonger é talvez dos vilões mais terra-a-terra e realísticos que a Marvel já alguma fez concebeu. As suas motivações são genuínas, as quais por vezes, fizeram me torcer por esta personagem (coisa que é um trabalho difícil de um filme fazer). Não só isto, mas toda a estética e efeitos especiais são diversos e originais, os quais encaixam que nem uma luva na premissa do filme.
Contudo, e a razão pela qual o filme se encontra nesta posição, e não no top 10, prende-se, sobretudo, com Black Panther em si. O seu desenvolvimento acaba por não ter grande sacríficio e/ou aprendizagem, o que para um filme focado nesta figura deveria ter algum tipo de construção de personagem que justifique o tal foco escolhido. É uma boa personagem, que funciona melhor enquanto secundária, como foi o que aconteceu em Captain America: Civil War (2016).
12 – Ant-Man And The Wasp (2019)
Demorei algum tempo até dar uma chance a este filme, e ainda bem que acabei por fazê-lo. Não tinha qualquer tipo de expectativas, e no final da experiência saí mais que satisfeito. O humor visual está no seu auge, as cenas de ação estão bem planeadas e criativas. E acaba por ser um filme, sem dúvida, superior ao primeiro em todos os aspectos. É talvez dos filmes que segue a lógica das comicsbooks à letra, quase como se tivesse saído diretamente de lá.
Apenas tenho a apontar que continua a não ter um elemento de grandiosidade, que traga alguma importância ou relevância para a personagem de Ant-Man, o que é bom e mau ao mesmo tempo. Saliento ainda a dinâmica entre Wasp e o protagonista, que é das melhores relações entre heróis, que consegue ser ao mesmo tempo bastante credível e coerente, e ainda original.
11 – Spider-Man: Far From Home (2019)
Apesar de ser significativamente mais complexo em relação ao primeiro, este não me conseguiu cativar assim tanto como Spider-Man: Homecoming (2017). Muito talvez porque apesar de aparentemente querer inovar com coisas novas (a tal ideia do multiverso, ou a de um vilão multifacetado), acaba por entregar a mesma fórmula do bem contra o mal. O que para um filme do Spider-Man não é de todo uma coisa má, mas da forma como o filme foi vendido, deu a entender que iria por caminhos inexplorados até então. Foi uma versão mais leve, daquilo que o Mandarim acabou por ser em Iron Man 3 (2013), só que neste caso com o Mysterio.
Daí que o plot-twist acabe por se tornar previsível e mais do mesmo. O que acabou por influenciar a minha opnião quanto a este filme, já que o seu antecessor era assumidamente um filme simples e sem compromissos. Tirando isso, os restantes aspectos são bem trabalhados, desde a relação entre Peter e MJ e também no que diz respeito à construção do conflito interno de Spider-Man, com a perda de Tony Stark.
10 – Doctor Strange (2016)
Um filme de fantasia, com elementos místicos e sobrenaturais, ao mesmo tempo que explora a história de origem de um herói da Marvel? Se me dizessem esta descrição há uns bons anos atrás, diria que nunca iria acontecer e que se iria praticamente impossível fazer um filme bom com esse calibre. Como eu estava errado, pois a Marvel conseguiu mesmo entregar uma história de origem convincente, sem pudor de tocar em todos os cantos místicos do seu universo.
Doctor Strange consegue ser ainda uma personagem extremamente interessante, cujo o seu potencial acabou por se reflectir também em Avengers: Infinity War (2018). Adorei a minha experiência com o filme, foi progressivamente me surpreendendo, seja pelos efeitos especiais (de excelência) ao desenvolvimento das personagens envolvidas. Por todas estas razões, o filme acaba por ser a primeira entrada no top 10.
9 – Avengers: Age Of Ultron
Começo por dizer, que resolveu todos os meus problemas com o primeiro filme. Introduziu uma ameaça, com uma origem credível e justificada, ao mesmo tempo que esta, está intimamente ligada aos heróis, e não apenas como uma força externa oposta. Todos os membros principais dos Avengers, conseguiram ter uma maior construção dos seus arcos, desde Tony Stark, com o peso que as suas ações têm no mundo, ao relacionamento entre Bruce Banner e Black Widow.
A única grande coisa negativa que tenho a apontar, é que apesar de ser superior ao primeiro filme, acaba por não ter ainda um enredo suficientemente grandioso, como foi explorado em outros filmes futuros. A introdução de Vision, apesar de ser algo expectável, não foi trabalhada da melhor forma neste filme, servindo praticamente quase como um fan-service, do que propriamente uma necessidade da história.
8 – Guardians Of The Galaxy Vol. 1 (2014)
Dificilmente alguém podia imaginar o sucesso que uma franquia de nicho tão denso, poderia vir a dar origem ao êxito comercial que acabou por ser. Há quem diga que Avengers: Endgame (2019) foi uma tarefa árdua, ao tenta juntar todos aqueles heróis juntos. Eu cá acho que juntar heróis já conhecidos numa aventura, seria uma tarefa fácil, agora juntar heróis que até os fãs das comicsbooks desconheciam numa grande aventura, é sim um verdadeiro desafio. E a Marvel conseguiu, não só criar uma história original, cujo guião une o destino destas personagens de forma envolvente, como estas últimas têm todas uma personalidade carismática e única.
A única coisa negativa que tenho apontar, é que o vilão do filme (como já se está a tornar hábito nesta rubrica) acaba por não ser nada de especial, e é mais do mesmo, que já foi visto. Não obstante, os restantes componentes desta obra, acabam por falar mais alto no resultado final, e isso reflecte-se na sua qualidade.
7 – Spider-Man: Homecoming (2017)
Tal como já referi, este filme não prometia ser uma aventura cósmica e épica, mas sim, ir ao encontro das raízes daquilo que faz o Spider-Man ser o Spider-Man, o chamado “your friendly neighbourhood“. Daí que a estrutura do Spider-Man: Homecoming (2017) resulte tão bem, a piada do filme, é mesmo por ser simples e directo ao ponto, sem rodeios de histórias de origem. É uma aventura à escala do herói, tendo (para variar) um vilão bastante competente e interessante.
Foi o filme que sempre imaginei (e que já fazia falta, depois de dois reboots) que encaixaria naquilo que é a essência deste herói. Refiro apenas que poderia ter havido um melhor aproveitamento das personagens secundárias, mas mesmo assim, não faz grande diferença no resultado final.
6 – Thor: Ragnarok (2017)
O filme que fez jus (finalmente) à personagem de Thor e ao seu universo, ao mesmo tempo que cria uma história original. Depois de dois filmes próprios e outras duas apariações em outros filmes, por fim, consegui interessar-me pela personagem. Não só isso, até Hulk conseguiu captar alguma desta inovação e reeinventar-se daquilo que foi apresentado da sua personagem em Avengers: Age Of Ultron (2015).
É dos filmes que mais acerta no tom cómico e que consegue ter uma variedade ampla de lore e elementos que contribuem para criar um filme que ascende para lá da fórmula da Marvel. Até os personagens secundários estão bem definidos e têm todos momentos apropriados. Apenas não coloquei este filme mais adiante no top 10 (apesar de ter bastante potencial para tal), simplesmente pelo apego que tenho por outras personagens e decisões narrativas.
5 – Iron Man (2008)
O melhor filme de origem do MCU, e sem dúvida, aquele mais beneficia da prestação do actor principal. Robert Downey Jr entrega um desempenho primoroso num papel que mal ele sabia que lhe iria abrir muitas mais portas no futuro. A qualidade deste filme não fica só pelo actor, mas todos os actos do filme são construídos cuidadosamente, os quais resultam num clímax condizente.
Não há muito mais que possa acrescentar, é um filme que cumpre o que propôs, e cria alicerces para a estruturação de uma fórmula que foi usada várias vezes em outros filmes do MCU. E que por mais estranho que pareça, se mantém sempre atual.
4 – Captain America: Civil War (2016)
Após um longo historial de acontecimentos, os heróis da Marvel entram num confronto interno, o qual lhes leva a romper relações e a questionar conjunturas que até então não haviam sido postas em causa. O principal ponto forte do filme é dinâmica entre a diferentes personagens, das quais destaco o relacionamento antagónico entre Tony Stark e Steve Rogers, que para o bem ou para o mal, desencadeiou em algumas das cenas mais emocionais do MCU.
Para além disso, a presença de Black Panther e de Spider-Man enaltecem a importância deste filme. As cenas de ação acabam por estar também diretamente interligadas com o relacionamento das personagens, e isso faz o filme ter um tom quase que non-stop e cheio de adrenalina, que até então não tinha sido visto neste mundo. Contudo, não fui grande fã, do tom humorístico deste filme, não sei se foi devido à intensidade emocional que foi estabelecida, ou devido ao desgaste deste elemento. Também não achei assim tão interessante o vilão.
3 – Avengers: Endgame (2019)
O grande culminar de mais de dez anos de história de filmes da Marvel, que fechou com chave de ouro, todos os seus eventos e arcos de personagem com grande mestria. Ainda assim, consigo ver alguns problemas no seu ritmo, que por vezes acaba por ter certas cenas que não acrescentam tanta coisa assim à história, e acabam mais por abrandar e baixar a tensão dos momentos. Porém, como um todo é uma grande obra, e é uma verdadeira celebração daquilo que o MCU conseguiu entregar e adaptar das comicbooks, criando não só um legado eterno para esta media, como também para o ramo da pop culture.
Se julgava que os filmes da saga Lord Of The Rings tinham as batalhas mais épicas, o último confronto dos heróis no final do filme, fez me mudar a minha opinião radicalmente. Até o fan service achei apropriado, mesmo que tenha sido usado diversas vezes ao longo do filme. A despedida de certas personagens deste mundo fez muito sentido, com aquilo que já vinha a ser construído, lá na primeira fase do MCU, e portanto, foi um sentimento agridoce.
2 – Captain America: Winter Soldier (2014)
Não consigo explicar concretamente o que me faz gostar tanto deste filme, mas desde que o vi, que foi crescendo em mim. A premissa narrativa, de Steve Rogers questionar uma instituição que lhe fez renascer, dando-lhe um novo lugar naquele mundo transformado, para depois saber que todo o sistema era corrupto e falho por dentro. A intrepidez de “tirar o tapete” de um chão que tanto havia pisado e dado como seguro, faz o arco de Captain America evoluir para um novo nível completamente diferente, moldando tudo aquilo que a personagem acreditava e dava como certo.
Somando a isto, a revelação por detrás da figura de Winter Soldier, que ainda trouxe um peso emocional a mais, nesta jornada. Filme este, que tornou a personagem de Chris Evans, como a minha preferida do MCU. É talvez o filme mais desvalorizado da Marvel, seja pelo desenvolvimento do protagonista, à carga emocional, fazem de Captain America: Winter Soldier (2014), uma obra dramática necessária para mover o arco de personagem do primeiro Avenger.
1 – Avengers: Infinity War (2018)
Se Avengers: Endgame (2019) foi o culminar de mais de dez anos de história, este foi o começo do fim, e que começo! Muitos apontam o impacto que o seu sucessor teve, mas nada se compara àquilo que Avengers: Infinity War (2018) entregou. Tem as melhores cenas de ação, os melhores efeitos especiais, as melhores dinâmicas entre personagens e o melhor vilão do MCU (que é também um dos protagonistas, senão o protagonista, deste filme). E tem ainda o melhor final, com um gancho de mais de um ano para se saber o que dali iria sair. Nunca pensei que a Marvel tivesse a audácia de alguma vez entregar um final deste calibre.
Quando saí da sala de cinema, sabia que tinha visto um filme que me iria marcar para a vida, e que iria marcar uma geração inteira, e ser também um ponto de referência, para aquilo que seria o futuro do ramo do entretenimento. Todos os actores entregaram o melhor daquilo que conseguiram retirar das suas personagens, sendo condizentes com todo o historial vivido pelas mesmas. O build-up deste filme, consegue continuamente elevar-se, até ao último segundo, colocando uma tensão enorme a quem assiste. Por todas estas razões, Avengers: Infinity War (2018) ascende milhares de patamares acima da fórmula da Marvel, e que será o farol por onde todos os filmes que estão por vir, irão olhar como inspiração.