Antevisão – The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Pois bem, como muitos já devem saber, fomos recentemente à Nintendo Portugal para poder experimentar The Legend of Zelda: Breath of the Wild, o próximo jogo da saga, que conquistou já lugar no coração de muitos jogadores na E3 2016.

Para mim, um Zelda será sempre um Zelda, como tal, e independentemente de tudo, eu estava bastante curioso e entusiasmado para o experimentar, afinal é ao mesmo tempo uma das minhas séries favoritas e um jogo que já está a demorar a ser lançado.

Se todos os adiamentos faziam crer que o jogo estivesse com problemas de produção, o certo é que ao experimentar The Legend of Zelda: Breath of the Wild, dá para perceber de imediato que os atrasos não estão apenas ligados à alteração entre gerações, mas também com a escala da aventura.

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Embora tenha um mundo aberto, é engraçado ver que ele não está cá propriamente como pano de fundo, como uma cidade cheia de coisas para fazer ou como um parque de diversões. Esta Hyrule é mais uma zona de descoberta, como a primeira vez que visitamos uma floresta ou uma montanha, não é exactamente um factor do que está lá para fazer, mas sim o que podemos descobrir, ver e aí sim, usar.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild acaba ironicamente por se parecer muito mais com o original, pois não existe uma linha condutora rígida como os anteriores, por isso a primeira coisa que fiz foi explorar até onde consegui ir com os espaços curtos de tempo que a Demo me permitia, cada vez vendo coisas novas.

Espalhadas pelo mundo existem vários pontos de interesse, como acampamentos de inimigos, zonas de plataformas e inúmeras coisas para apanhar. Aliás, este é também o jogo da série que mais próximo está do núcleo rijo dos RPG de acção. Aqui apanham as vossas armas, equipamento e itens directamente dos inimigos ou em baús espalhados pelo mundo. Cada equipamento tem um valor de ataque ou defesa e agora a vida é recuperada com alimentos, os quais ainda podem cozinhar ou combinar para resultados distintos. Diferente do habitual é certo, mas faz todo o sentido.

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Depois temos a questão da mobilidade, que foi vastamente ampliada. Agora Link pode trepar paredes rochosas, subir a árvores e utilizar o seu equipamento para atravessar o mapa mais depressa, como por exemplo, usando o escudo como prancha para descer uma encosta mais depressa ou um tecido para planar. São tudo elementos que gostei, mas estranhei a introdução do botão para saltar, algo que era feito automaticamente no passado. Se jogaram muito Zelda como eu, é quase certo que vão estranhar a início. Ao menos dá para fazer uns saltos acrobáticos para atacar com força.

Falando nas armas, estas podem ser apanhadas ou roubadas aos inimigos. Cada uma tem uma certa resistência e até é possível atirar a arma contra um inimigo antes de partir. Também pude experimentar o arco e flecha (funcionam da mesma forma de sempre) e as novas bombas que explodem à distância com o pressionar de um botão. Certos inimigos são mais resistentes contra certos ataques, por isso também é preciso explorar defesas e coisas do género. Link tem também um medidor de frio e calor, que influênciam a vossa mobilidade nas zonas que visitam.

Vimos o amiibo do Wolf Link em acção alguns momentos, o que o adicionava à aventura para lutar ao nosso lado. É uma forma bem pensada de ter uma ajuda extra. É quase certo que a maioria dos amiibo de Zelda vão desbloquear algo, resta esperar para saber o que.

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No que toca à apresentação visual, The Legend of Zelda: Breath of the Wild parece usar uma espécie de tom pastel para pintar o mundo e as personagens. É bastante bonito, mas o jogo sofre frequentemente com quebras de fluidez e alguns bugs, o que nos faz pensar quase imediatamente numa versão mais poderosa para a Nintendo NX, sem tantas quebras e com um desenho em profundidade alargado.

A música ainda não há muito a dizer, mas para já, é Zelda e isso diz tudo. Novidade são algumas vozes introduzidas. É um pouco estranho ouvir vozes num jogo da série, mas pelo menos Link permanece silencioso, o que é uma mais valia.

Para quem não sabe, The Legend of Zelda: Breath of the Wild foi apenas e só um dos jogos mais apreciados desta E3 e com muito boas razões. Daquilo que jogámos, tivemos acesso a um jogo fantástico que ninguém queria largar (maldito ecrã de “Thank you for playing”). Ou seja, mal podemos esperar por Março de 2017 para por as mãos nele. Seja na Nintendo NX ou na Wii U.

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Daniel Silvestre
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