Antevisão – Street Fighter 6

Parece quase que foi ontem que Street Fighter V foi lançado, mas na verdade já lá vão quase 7 anos. Claro que foram saíndo várias edições pelo caminho com mais personagens e conteúdo, mas o lançamento original, que até nem correu assim tão bem, já teve o seu tempo.

Street Fighter 6 já não é novidade nenhuma, o jogo está em produção há algum tempo e já foi demonstrado várias vezes em torneios e afins. Com o lançamento próximo, a Capcom decidiu que era altura de dar o jogo a experimentar a quem tem uma PS4/PS5 e a Demo consegue dar uma boa ideia do que se avizinha.

Sem me alongar muito em modos, pois a maioria nem está disponível, Street Fighter 6 tem três grandes destaques, a história, a Arena e os desafios locais, onde está o arcade, VS e até um modo que permite adicionar regras especiais aos combates. Esta foi a zona a que me dirigi primeiro e onde fiz algumas jogatanas contra o computador, não sem ter sido submetido a um treino de ataque e movimentações.

Foi nestes momentos iniciais que aprendi que Street Fighter 6 tem três estilos de combate. O clássico, que representa os movimentos clássicos, o Moderno para quem tem medo de ter doí-doí no dedo a fazer hadoukens e um ainda pior que é ideal para quem quem carregar em botões e ver a personagem a fazer coisas espetaculares no ecrã. Ou seja, modo para quem não joga jogos ou para bébés. Tendo experimentado os dois modos de combate simplificados, fez-me sentir tão feliz e leve por jogar em modo clássico que nem conseguia acreditar.

Depois saltamos para o modo campanha e oh!-oh!, o modo principal inicial é jogado com modo Moderno! Felizmente isto pode ser alterado depois de jogar o primeiro bocado de história, mas só me fez sentir ainda menos fã deste estilo de jogabilidade, especialmente por ter sido obrigado a jogar com ela e perceber que é mesmo algo para quem percebe pouco de jogos de luta.

Embora as personagens disponíveis sejam Ryu e Luke, o modo história atira-nos com uma série de personagens novas e outras criadas totalmente pelo gerador de personagens. Pensem neste modo como uma espécie de RPG ao estilo Yakuza onde podemos desafiar pessoas pelas ruas (ou ser abordados) para entrar em combate numa arena de 1 contra 1 ou contra vários adversários no plano 2D típico de combate da série. Cada personagem tem um nível associado e a nossa personagem ganha experiência e sobe de nível para aprender novas habilidades e ficar mais forte.

Como seria de esperar, a história é péssima e está contada de forma desconjuntada durante os primeiros momentos, não tendo visto mais para a frente. É verdade que me fez apreciar um pouco mais a personagem do Luke, mas tudo parece estar um pouco forçado e por vezes sem vida, o que me faz duvidar do resultado final deste modo, especialmente por parecer uma boa ideia.

Falando em Luke, esta personagem é um bom exemplo do quão estranha a série ficou de um momento para o outro. Street Fighter 6 tenta ao máximo ser cool, estar a par das novas tendências e parecer apelar aos fãs de esports e de cultura do rap. Esta mistela faz com que o jogo tenha algumas músicas de menu mais irritantes de sempre, especialmente quando vemos Ryu entrar para a arena com um “grande beat” a tocar por trás. Imaginar isto a acontecer no futuro com Akuma e Dhalsim vai ser digno que atirar o comando à TV.

Por outro lado, há que dizer que pelo menos na PS5, o jogo está com muito bom aspecto visual, com bom detalhe de personagens e cenários e acima de tudo, de efeitos e iluminação. Por outro lado, reparei alguma quebra de fluídez nos combates, com especial destaque para os grande abrandamentos no modo história. Espero que isto seja corrigido.

Ficou muito por experimentar e ver mais personagens e modos. Do que dá para perceber com recurso à Demo, é que Street Fighter 6 está bom em termos de jogabilidade e quero muito experimentar e por à prova as novas mecânicas de bloqueio e ataque especial que usam a barra de concentração. Por outro lado, Street Fighter 6 não parece muito Street Fighter quando olhamos para o seu estilo e mensagem que quer passar, o que é muito diferente do estilo mais sério e ligado às raízes da saga.

Street Fighter 6 vai ser lançado a 2 de Junho para o PC, PS4, PS5 e Xbox Series.

Daniel Silvestre
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