Antevisão – Nintendo Switch

Como já todos sabem, as Nintendo Switch destinadas a análise já andam um pouco por todo o lado e o PróximoNível não é uma excepção. Ao longo dos últimos dias, tenho vindo a utilizar a consola de forma diária, de maneira a perceber bem o conceito da consola e como esta se adapta melhor aos contornos do dia-a-dia.

Desde o momento em que a retirei da caixa e a coloquei totalmente operacional, tenho essencialmente gasto 80% do meu tempo com ela em modo portátil, não que exista algum problema com a ligação à televisão, mas simplesmente porque esta é a versão da consola que acaba por se tornar bem mais prática.

Cada vez que saio de casa, coloco-a numa pequena mochila que me acompanha. Como não é uma consola grossa, cabe como uma luva e quase nem se dá por ela. Normalmente, o meu modo de jogo preferido é o de consola ligada aos Joy-Con pois é o formato clássico e que dá mais jeito. Quando em modo estável, só se tornou prática quando não estava muito distante, muito por culpa do tamanho do ecrã onde as letras ficam bastante pequenas.

O modo estável brilhou apenas quando estava a fazer tempo dentro do carro e percebi que a conseguia colocar bem em cima do tablier. Joguei neste formato durante mais de uma hora e como a consola estava na posição e distância ideal, foi o mais parecido com jogar numa televisão sem o estar a fazer exactamente.

A maior parte das ligações que fiz a uma televisão a sério, foi para mostrar a outras pessoas curiosas como o HDMI funcionava e a rapidez da transmissão de imagem entre a Switch e o ecrã. É com bastante agrado que posso dizer que a transmissão é bastante rápida e toda a gente que o viu ficou igualmente impressionada.

A qualidade do ecrã da Switch é bastante boa, especialmente tendo em conta que estamos a falar de um ecrã de boa dimensão para o género e com capacidade táctil. Embora não tenha visto muitas utilizações tácteis até agora, é bom ver que funcionou e que não é uma hipótese a descartar para já em funcionalidades futuras.

Como a consola ainda estava bloqueada atrás de um update que não se pode fazer, não pude explorar muito além da utilização banal da consola como tal e jogar The Legend of Zelda Breath of the Wild. O acesso pelo menu é bastante prático, embora tenha sentido a ausência de funcionalidades típicas de uma consola, como o Browser de internet ou aplicações como o Youtube e afins. Até o facto de não haver eShop a funcionar para já fez com que a consola me parecesse demasiado vazia nesta altura. Eu sei que é um sentimento que vai desaparecer com a chegada de mais conteúdo, mas queria ver mais utilitários no menu da consola e até nas próprias definições.

Em relação aos Joy-Con, é simples retirar e voltar a colocar, o que requer apenas uma meia dúzia de utilizações até que se torne natural. Reconheço que não é totalmente prático agarrar no topo do ecrã para o colocar na doca HDMI quando os comandos não estão unidos e claro, o apoio do modo estável está bem longe de ser estável, pois precisam de uma superfície realmente lisa e livre de movimentos para que funcione como deve ser. Outros testes que fiz envolveram alguns sofás e até pernas e este tem sempre tendência a cair.

A consola vem com o comando para encaixar os Joy-Con na sua versão sem carregador. Este encaixe a que chamo carinhosamente de Doggy é prático e consegue emular bem a sensação de um comando principal. De qualquer forma, o D-Pad do lado esquerdo feito com botões em vez de um direccional completo não me parece tão prático quanto isso. Como não joguei mais nada a ser Zelda, estou à espera de outros jogos que me ajudem a perceber bem se é funcional jogar com os comandos na horizontal.

Gosto da forma como posicionaram as entradas para cartucho e microSD, que estão bastante práticas. Não consegui ainda ver as limitações do espaço da consola num ambiente normal, mas também não consigo usar o MicroSD para já devido às primeiras actualizações. Quanto ao botão esquerdo de partilha, este funciona bem, mas só tirar fotos é um pouco decepcionante, mesmo que possam ser editadas com texto e outros adornos.

Até agora, um carregamento tem dado para pouco mais do que três horas de jogo em viagem. Os comandos nunca deram sinais de perder muita bateria, por isso a longevidade destes é bastante boa.

Estes primeiros dias com a Nintendo Switch mostram que esta é a consola caseira que mais depressa vai ser utilizada como uma portátil, que por acaso pode ser ligada à TV sempre que quiseremos. Visto por este prisma, a Nintendo Switch é fenomenal, no entanto, parece que ainda falta algum conteúdo a esta consola e não estou a falar de jogos em si, mas de tudo o resto a que já fomos habituados noutras consolas, tanto rivais como da própria Nintendo.

Resta esperar pelo que se segue e ter acesso a mais jogos e coisas que ainda estão escondidas dentro da consola. Grande parte dessas questões serão resolvidas nos próximos dias, o que irá levar até à nossa análise da consola que está para breve.

A Nintendo Switch vai ser lançada a 3 de Março com uma primeira vaga de jogos e acessórios.

Daniel Silvestre
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