Análise – Ray Gigant

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Ainda recentemente tivemos direito à versão PS Vita de Stranger of Sword City, eis que nos chega Ray Gigant, mais um jogo criado pela Experience dentro do género que melhor conhecem, os RPG por turnos em masmorras.

Embora Ray Gigant seja bastante parecido com os outros jogos da companhia, também consegue ser bastante distante em certos aspectos, como por exemplo, no de dar uma maior importância à história, ao ponto de roçar uma Visual Novel em certos momentos.

A história está repartida em 3 grandes arcos, onde vamos controlar personagens diferentes que lutam por motivos distintos. As interações vão desencadear em posições diferentes que permitem ver os vários lados da barricada e as intenções de cada elemento. Ray Gigant tem um rol de personagens bastante diferentes, ao ponto de me ter demorado bastante tempo a me familiarizar com a maioria.

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A história, embora satisfatória, sofre um pouco com o tema apocalíptico, que tenta lembrar por vezes até Evangelion, o que levanta demasiado as expectativas de um jogador veterano como eu. Felizmente, existem algumas motivações e situações que ajudam a que a história recupere de alguns momentos menos positivos.

Como já devem ter percebido, uma boa parte do jogo é passada em redor de leitura e interacção com outras personagens, até ao momento em que temos de partir para as masmorras e deorrtar uma série de Gigants para chegar até qualquer um dos objectivos.

Ao contrário de outros jogos do género, Ray Gigant vê a exploração das masmorras e combate com outros olhos, pois abandona algumas convenções clássicas, como a experiência ganha em combate ou os encontros aleatórios. Os cenários são todos explorados na primeira pessoa, com o percurso a ser feito casa a casa, no entanto, os pontos de interesse e inimigos aparecem marcados nas suas posições, por isso, podemos evitar o contacto caso seja necessário. Como podem regressar à base sempre que querem, podem voltar novamente e encontrar os pontos com inimigos nos seus locais.

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O combate também segue um registo diferente, pois mesmo que existam forças e fraquezas, podem combinar ataques entre personagens num máximo de slots. Estes consomem uma percentagem geral que precisam de vigiar, pois uma ultilização constante, leva o contador a zero, precisando de tempo para recarregar. Cada uma das personagens tem as suas forças e fraquezas, por isso é necessário rever a estratégia e perceber quem deve atacar e a que inimigo. Por vezes, o combate entra num modo especial onde precisamos de carregar em determinados pontos e botões, quase ao estilo de um jogo de ritmo. Não é nada que incomode, mas também não seria essêncial.

A evolução é feita através de uns objectos especiais que vamos apanhando. Cada um deles tem uma essência própria, abrindo os ataques e habilidades dentro de uma grelha que faz lembrar um pouco o método de evolução de Final Fantasy 10. É um processo algo confuso a início, mas que ganha pontos por ser uma ideia curiosa que funciona, mesmo que eu prefira sempre as belas barras de experiência a subir.

No geral, a apresentação visual do jogo é bastante positiva. Os desenhos das personagens estranham-se a início, mas depende da personagem. O mesmo não se pode dizer dos inimigos, pois os seus designs são demasiado estranhos e até ridículos. Gosto bastante do desenho das personagens em combate, mas gostava que tivessem mais presença nos ataques, pois perdeu-se aqui uma boa oportunidade de aproveitar melhor os sprites usados.

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As vozes estão todas em japonês e com uma qualidade bastante boa, no entanto, desta vez não vou poder aplaudir a banda sonora, pois não é tão boa como nos jogos anteriores da Experience, mesmo que tenha uma ou outra música que fica no ouvido.

É curioso ver como a Experience consegue lançar vários jogos dentro do mesmo tema e género, mesmo que o universo seja algo totalmente diferente. No entanto, este acabou por ficar um pouco aquém das minhas expectativas, mesmo que seja uma proposta bastante boa dentro do género.

Positivo:

  • Bom visual
  • Personagens interessantes
  • Masmorras com exploração menos limitada
  • Sistema de evolução interesante

Negativo:

  • Divisão da história gera cofusão
  • Design de inimigos pouco apelativo
  • Banda sonora ficou aquém do esperado

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Daniel Silvestre
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