Análise – Playstation VR

Boas a todos e sejam muito bem-vindos à análise do Playstation VR, o novo aparelho de realidade virtual da Sony que pretende revolucionar o género dos videojogos e abrir novos caminhos dentro da indústria.

Recentemente a Sony enviou o Playstation VR para análise com uma série de jogos de lançamento. Assim foi possível ver do que este periférico é capaz e como estão os jogos.

Desde o ano passado, já tive várias hipóteses de testar o Playstation VR e até agora, todas as experiências que tinha tido, apontavam sempre para que os melhores momentos com o VR iam continuar a ser passados com o comando na mão. É verdade, apesar de permitir que usem o PS Move em alguns jogos, o melhor do VR é jogado com o comando.

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Experiências como o DriveClub VR, Eve Valkyrie e o Rigs são exemplos claros de que o comando é e vai continuar a ser, uma excelente extensão para o corpo humano. É verdade que em certos momentos, é mais ver sem mexer, mas é mais imersivo que ter os Moves que por vezes não são bem reconhecidos ou nada na mão, que destrói ainda mais a imersão.

Confesso que as primeiras horas com o Playstation VR foram bastante desconfortáveis, pois é uma luta constante para encontrar a melhor posição e o encaixe certo para que a visibilidade fique boa e deixe de estar desfocado. Depois, tinha momentos em que tudo ficava bem focado, mas ficava a doer no topo do nariz, ou estava demasiado apertado. Com alguns dias de VR, a coisa começa a ir ao sítio, mas o ponto certo nem sempre é fácil de encontrar.

Além disso, montar todo o sistema recorre a todo um novo conjunto de fios, caixas e afins. O facto de ter fios sempre ligados também atrapalha em alguns jogos onde é preciso jogar de pé e olhar demasiado em redor. Agora juntem a isto os Move e já podem imaginar quantas vezes vão interagir com os fios. Não se esqueçam, a câmara é obrigatória e não está incluída no pack inicial, por isso vão ter de a comprar à parte caso não tenham a original da PS4.

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Algo que me agrada bastante no Playstation VR é o ecrã que este simula como pano de fundo. Para terem uma ideia, faz lembrar uma tela de cinema diante dos vossos olhos, a qual pode ser diminuída ou ampliada consoante queiram, ou seja, podem jogar nele todos os outros jogos, sem necessitar de ter a TV ligada. Claro que a podem deixar estar e permitir que outros vejam o que estão a jogar em tempo real.

Quando arrancam com qualquer jogo em VR, a tela frontal abre em vosso redor e nesse momento passam a estar dentro do jogo. Podem olhar em redor à vontade e ver o que está à vossa volta. O primeiro jogo que corri foi o Driveclub (tinha de ser) e experimentei logo andar a olhar para o cockpit do carro, olhar para o vidro traseiro e ver se o sentimento de estar dentro de um carro era igual. Posso dizer que não é, mas é o mais perto que se chegou num jogo até hoje.

A selecção de jogos enviada tem um misto de tudo, desde ação a terror, combate espacial a desporto e é interessante ver como tudo pode funcionar no Playstation VR caso seja vontade das produtoras. Prefiro deixar as primeiras impressões sobre cada jogo para as suas respectivas análises, mas posso dizer que alguns estão perto de uma boa experiência, outros nem tanto.

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Outro problema actual do Playstation VR é o aparato visual. Embora os jogos tenham o visual que esperamos de uma PS4, fica sempre a parecer que falta limar umas arestas. Existe muito serrilhado nos objectos e a definição nem sempre parece a melhor. Por isso mesmo, mal posso esperar pela PS4 Pro para ver se este mal é da consola actual, ou se é mesmo um problema do VR.

A imersão é ajudada caso usem phones em vez das colunas da televisão, mas se pretendem algo mais impressionante, usem uns phones melhores, pois os que surgem dentro do bundle do Playstation VR são bastante fracos nesse departamento (e ainda por cima são daqueles que enfiam no ouvido…).

No que toca a influências visuais do VR, posso dizer que não me senti mal disposto uma única vez, embora o mais próximo que fiquei, nem foi com um jogo VR, mas sim com um FPS normal. Além disso, senti apenas algum cansaço na cabeça e olhos ao fim de algum tempo de jogo. Parece que os 15 minutos de descanço entre horas foi pensado com o VR já em mente.

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Pelo preço que a Sony pede pelo Playstation VR (que é elevado tendo em conta tudo o que é necessário), que fica abaixo da concorrência, este é sem dúvida uma proposta excelente para o público mais casual que não quer gastar um balúrdio num PC topo de gama, mais um Oculus ou Vive. De qualquer forma, com um preço superior a uma consola, é complicado recomendar.

A minha experiência com o Playstation VR ajudou a perceber que o VR é uma gema em estado bruto que ainda precisa de ser polída. Neste momento e com os jogos que joguei, o VR ainda não passa de um Gimmick giro como foi o Kinect, o Eye Toy e tantos outros como estes. O que vai decidir o futuro do VR são os jogos. Por isso mesmo, se houver uma forte aposta e a Sony não resolver dar uma de PS Vita, existe futuro no VR. Espero é que lhe dêem futuro, pois este parece promissor.

Positivo:

  • Fácil de usar
  • Imersividade
  • Podem ver coisas não VR nele
  • É o mais acessível e prático dos VR
  • Qualidade do material
  • É o mais barato do género
  • Bom ponto de entrada para o VR

Negativo:

  • Nem sempre confortável
  • Moves não funcionam a 100%
  • Ponto certo não é fácil de encontrar
  • Periferia do ecrã desfoca
  • Serrilhados nos objectos
  • Vários jogos são demos alargadas

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Daniel Silvestre
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