Análise – Oculus Quest 2

O VR veio para ficar e a prova disto é que hoje em dia temos uma boa gama de produtos das mais variadas empresas, tudo graças à aceitação total por parte da comunidade do gaming e até mesmo dos estúdios de videojogos. Vamos então falar-vos um pouco de um dos produtos mais recentes da companhia Oculus que está sob a alçada da mega-empresa Facebook/Meta.

Temos então em mãos o novo Oculus Quest 2, uma vertente sem fios da família Oculus e que melhora em praticamente tudo quando comparado com os anteriores Oculus Quest e Oculus Rift. Temos disponíveis as versões de 128Gb e 256Gb, mas a sua compra requer a ida a uma loja digital como a Amazon, etc. Se precisam de adquirir um dispositivo semelhante a um orçamento considerável para tal, como 300€, então têm aqui em mãos uma excelente alternativa.

Ao abrirmos a caixa encontramos o Oculus Quest 2, dois comandos wireless, um carregador USB-C, esponja ergonómica, borracha protector e um acrescento de plástica para utilizadores que usem óculos. A faixa elástica que está no dispositivo é facilmente ajustável graças aos seus braços laterais ajustáveis e aos clipes na parte da trás, sendo este necessário para melhorar o foco de imagem.

Falando um pouco mais do foco de imagem, cada utilizador tem o seu sweet spot para tal e para ajudar com isso temos também uma maneira ajustar o espaçamento das lentes em três níveis. Este ajuste é feito na parte das lentes e é simples de se efetuar. Pode parecer chato, mas de início é preciso perder poucos minutos a tentar ajustar o dispositivo ao nosso nível de conforto.

Em termos de design, o dispositivo tem um formato bastante simples e normal em comparação com os demais, acabamento em branco, botão de ligar/desligar na lateral direita, entrada USB-C e auscultadores na esquerda e botões de volume na zona inferior. Todos estes são fáceis de manusear e não houve problemas ou entraves maiores. Se não quisermos usar auscultadores, o dispositivo tem embutido dois altifalantes que transmitem som de boa qualidade.

Toda esta experiência VR foi fácil de iniciar no qual começámos com a instalação da aplicação Oculus no nosso telemóvel. Foi bom ver que o software ajuda bastante nos jogadores mais iniciantes e explica não só as dinâmicas dos comandos como aspectos mais técnicos do mundo VR.

O Guardião é um dos pontos fundamentais do dispositivo e que se baseia em delinear os nossos limites de jogo dentro do espaço virtual. Desta maneira não vamos sair do espaço de jogo após alguns momentos de maior movimentação e aterrar o nosso punho numa parede ou outro objecto. 

O Passthrough é outro elemento bastante útil do Oculus Quest 2 que beneficia a nossa percepção do espaço envolvente. Com dois simples toques físicos com um comando no dispositivo iremos ligar as câmeras frontais e ver exactamente o que está à nossa volta sem grandes complicações.

Através do sistema operativo e das capacidades internas do Oculus Quest 2 vamos poder experimentar inúmeras aplicações e jogos que estão disponíveis na loja oficial do mesmo. ECHO é um dos jogos de destaque que brinca um pouco com o conceito da gravidade bem como com a nossa capacidade de resistir aos enjôos. Temos também uma experiência focada em Jurassic Park onde uma montanha russa nos leva pelo mundo paleontológico e tudo isto irá habituar o nosso corpo e estômago a este tipo de experiências VR.

O destaque vai realmente para Beat Saber, um jogo de ritmo e música criado pelo estúdio Beat Games. Para além de ser um jogo altamente viciante como também uma excelente forma de poder fazer exercício ao som de boa música. Existem também jogos interessantes com vertente multiplayer como é o caso de Keep Talking And Nobody Explodes, que requer a cooperação e nervos de aço de dois jogadores para desarmar uma bomba em tempo limite.

O Air Link é também uma funcionalidade que se encontra em Beta mas que permite a ligação sem fios entre o PC e o Oculus Quest 2. Esta ligação permitirá não só jogar vários tipos de jogos externos como também controlar o nosso PC numa perspectiva VR e usando um dos comandos como rato.

Mesmo assim, o Air Link não se mostrou como uma opção inteiramente fiável, isto porque a ligação mostrou uma estabilidade inconstante com alguns soluços que apareciam em momentos cruciais de alguns jogos e proporcionaram momentos de alguma irritação. Este tipo de problemas pode ser ultrapassado com a compra de um cabo externo para o propósito.

A potência do computador em questão também é um factor fundamental para o funcionamento do Air Link, sendo que um PC com especificações acima da média mostrou-se bastante estável, mas um portátil mais modesto teve bastantes dificuldades a executar o programa da melhor maneira.

O conforto é uma particularidade importante para a utilização destes Oculus Quest 2 e felizmente temos várias opções que favorecem nesse sentido. Temos várias opções como o padding foam, os elásticos ajustáveis e até acrescentos de plástico para pessoas que usem óculos e assim não nos faltam opções de conforto. A liberdade de não ter de usar um cabo como um apêndice incomodativa é também um ponto positivo para esta nova versão.

O Oculus Quest 2 é um par de óculos VR que nos permite ter uma experiência de realidade virtual no sofá, cama ou qualquer lado. Para além de todos os videojogos e aplicações que podemos usufruir temos também experiências alternativas como fazer um Nova Iorque, ver concertos e até tirar partido da vertente VR do YouTube e Netflix.

No geral foi uma experiência confortável e é sem dúvida um dispositivo aconselhado para todos os que pretendem enveredar por este universo da realidade virtual.

Positivo:

  • Sistema bastante intuitivo
  • Performance dos jogos muito boa
  • Boa opção para exercício físico
  • Design do dispositivo
  • Airlink traz várias possibilidades e ligações a outros jogos

Negativo:

  • Ligação ao Airlink um pouco confusa
  • Versão Beta de Airlink tem quebras na ligação
  • Bateria do dispositivo

Texto por: Sara Ribeiro

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