Tal como os dias de hoje, a Disney sempre foi bastante produtiva, tendo criado inúmeros clássicos, tanto originais, como baseados em obras de ficção.
Se filmes como Alladin, o Rei Leão, Mulan e muitos mais não me escaparam quando era mais novo, O Livro da Selva foi um daqueles que acabei por não ver por inteiro. Apanhei alguns bocados quando dava na televisão e até ouvi umas quantas vezes as músicas que faziam parte do filme, numa espécie de videoclips que insistiam em me mostrar.
Tantos anos depois, a Disney resolve então reciclar O Livro da Selva para uma nova geração. Este deixa o seu estado de animação em papel para trás, para cruzar imagem real com uma grande quantidade de animais gerados por computador.
O primeiro impacto com O Livro da Selva é o seu aspecto, tema e personagens bem mais adultas. Ao contrário do original, este é mais violento, mais negro e até mais perverso. Se o tigre Shere Khan já era uma presença opressiva, neste filme, ele é uma verdadeira ameaça para Mowgli e companhia, criando um clima de tensão tal, que parece que rouba o ar sempre que aparece. Não sei se os mais novos vão gostar tanto disto, mas vai criar bons momentos para os mais velhos.
Mas Shere Khan não é o único que ficou mais adulto nesta adaptação. O Baloo e o Bagheera são bem diferentes também, cada um pelos seus motivos. Personagens que tinham mais tempo de antena (ou menos), também acabam por ver as suas prioridades trocadas, por isso, o resultado final acaba por ser bem diferente, mesmo para quem tinha visto o original. Alguns momentos são questionáveis e dado certos contextos, outros seriam impraticáveis, mesmo num mundo onde os animais vivem e falam com uma criança humana.
Na verdade, O Livro da Selva vive muito da prestação dos actores virtuais. Neel Sethi faz um papel “okay” como Mowgli, mas são os animais que roubam todo o destaque. Bill Murray é um bom Baloo, Ben Kingsley está irreprensível como Bagheera, Christoper Walken é um grande (literalmente) King Louie, Scarlett Johansson faz um trabalho competente o pouco tempo que está em cena como Kaa e Idris Elba é o topo da cadeia alimentar com o seu Shere Khan, que é difícil parar de elogiar.
O progresso da história está bem feito, criando momentos de acção que são seguidos por outros que ajudam a recuperar o fôlego. Fiquei de certa forma satisfeito por ver desaparecer a maioria das músicas, mas isso não quer dizer que tenham ficado todas de fora.
De parabéns está toda a equipa que criou as imagens por computador dos animais, que parecem mesmo reais e claro, para o departamento de iluminação, que ajudam a destacar as cores que mais interessam e dão ainda mais vida à selva.
A ante-estreia que vimos foi em IMAX 3D, o que significa que passei o tempo todo com aqueles óculos só tornam a imagem mais escura. Na minha opinião, O Livro da Selva não ganha muito com o 3D, por isso, optem por esta versão apenas se o 3D é algo valorizam neste género de experiências.
No geral, O Livro da Selva é um bom filme. Por vezes consegue ser mais negro do que as crianças vão gostar, mas assim, consegue também agradar aos mais velhos. Aposto que muitos saudosistas do original vão mostrar descontentamento com as personalidades remodeladas de certas personagens e ausência de mais música, mas sou da opinião que mudaram para melhor.
Se os filmes da Disney são os que mais gostam e querem ver uma boa aventura cheia de animais que parecem reais, então O Livro da Selva é uma boa aposta para ir ver ao cinema.
Positivo:
- Apresentação da selva
- Actores de voz estão no ponto
- Animais parecem reais
- Bom trabalho de iluminação
- Shere Khan é fantástico
Negativo:
- Mowgli não é nada de especial
- 3D não faz grande coisa pelo filme
- Demasiado opressivo para os mais novos?
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Por acaso estou interessado em ver a versão 3D, já ouvi dizer que é dos melhores 3D desde o Avatar.
Nunca vi os antigos nem estou muito interessado na história para ser sincero, vou ver mais pela tecnologia.
Claro que Shere Khan é fantástico! Idris Elba is love, Idris Elba is life!
Estou extremamente interessado neste filme desde que vi o trailer. Não vou ver em 3D porque não gosto de 3D.
Boa análise!