Análise – Mechanic: Assassino Profissional

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Realizador: Dennis Gansel
Elenco: Jason Statham, Jessica Alba, Sam Hazeldine, Tommy Lee Jones, Michelle Yeoh
Género: Ação, Crime, Thriller
Duração: 1h 38min

Mechanic: Resurrection (conhecido por cá como Mechanic: Assassino Profissional) é a sequela ao filme The Mechanic de 2011, que por sua vez é um remake do filme de 1972 com o mesmo nome. Eu não vi o filme original e muito menos o remake, mas tenho o pressentimento que ambos os filmes são mais agradáveis do que este.

Jason Statham assume novamente o papel de Arthur Bishop, um assassino profissional capaz de eliminar os seus alvos de forma a parecerem acidentes. Por outra palavras, tudo aquilo que um mecânico a sério não faz (espero eu). Após fingir a sua morte, ele vive pacificamente em Rio de Janeiro com um péssimo sotaque brasileiro, até ser abordado por uma mulher com uma nova proposta de trabalho para voltar a exercer a sua profissão – assassinar pessoas, não reparar carros. Bishop ponderá cuidadosamente a proposta e responde ao espancar uns quantos capangas e escapar ao saltar para cima de uma asa-delta a meio do ar.

Esta sequência inicial ainda me deu esperanças de que o filme iria, no mínimo, entreter um pouco com momentos over-the-top assim, mesmo que as minhas expetativas já estavam bastante baixas. Infelizmente, o filme só fica pior a partir daqui.

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Bishop foge para um esconderijo na Tailândia onde conhece Gina Thorne (Jessica Alba). À primeira vista, Gina parece ser uma vítima de violência doméstica mas Bishop rapidamente descobre que ela trabalha para um homem chamado Riah Crain (Sam Hazeldine), o suposto vilão principal que nem merece ter o nome do ator indicado no poster do filme. Gina admite que foi forçada a colaborar e Bishop deduz que o plano de Crain é fazer com que ele se apaixona por ela para depois raptá-la e obrigá-lo a assassinar 3 traficantes de armas.

Mais uma vez, eu pensei que o filme estava a reconhecer o quão estúpido este plano era e ia seguir um caminho diferente. Não, o idiota apaixona-se por ela em apenas um dia, dando origem a um dos romances mais estúpidos deste ano. Para mostrar que isto não é uma paixoneta qualquer, ele dá-lhe um relógio do seu pai, a única recordação que tem dele e que dá muito valor. Mas também estamos a falar da Jessica Alba, provavelmente eu faria pior…

Portanto Gina é raptada e o Bishop vai fazer as suas missões de Hitman, onde infiltra locais teoricamente impenetráveis. É aqui que o filme ainda consegue passar-se por um filme de ação decente. Jason Statham continuam a ser uma máquina a eliminar adversários atrás de adversários com a sua pistola de munições infinitas e faz um papel competente, dentro dos possíveis com um guião dado.

O resto do elenco também se safa, algo que não posso dizer sobre os efeitos especiais. Já pelo trailer era possível notar nos cenários e explosões que gritam “FALSO!” seja de que forma são vistos. Eu não sei se um orçamento de 40 milhões de dólares é o suficiente para um filme de ação ter efeitos decentes. O mais certo é que esse dinheiro foi gasto para dar umas belas férias aos atores pelos locais bonitos em que o filme decorre.

Talvez esta análise esteja feita assim um pouco às três pancadas, o que acaba por ser apropriado para Mechanic: Assassino Profissional. A não ser que vão vê-lo ao cinema com consciência de que não vai ser muito bom, espero que a análise seja tão eficaz como o repelente de tubarões usado pelo Jason Statham e vos afasta deste filme.

Positivo

  • Jason Statham continua a ser um animal
  • Sequências de ação
  • Consegue ser hilariante por tão estúpido que é

Negativo

  • História cliché
  • Romance ridículo
  • Efeitos especiais péssimos

 

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