Depois de Return to Ravnica ter trazido uma enxurrada de vida a Magic, a Wizards está a preparar-se para fazer de Theros uma expansão capaz de superar a anterior.
Antes de entrarmos na era das lendas e deuses do novo plano, a Wizards of the Coast cumpriu a tradição e lançou M14, ou Magic 2014, um Core Set que serve de viragem entre os dois blocos e prepara uma nova era de Standard que empurra Innistrad para Modern.
Tal como qualquer Core Set que se preze, Magic 2014 mantém activas várias cartas essências e faz o cruzamento entre o passado e futuro da série, porém e ao contrário de M13, M14 acaba por não ser tão forte ou recheado de cartas essenciais.
Algo notório em M14 é o afastamento da mecânica de cartas de duas ou mais cores potenciadas pelas Guildas de Ravnica. M14 tem as cores mais definidas e as fusões de cores são inexistentes, o que vai agradar aos fãs de Decks que não usem muitas cores, mas vão desapontar os fãs de jogo com combinações de cores e uso das Shock Lands. É verdade que podem continuar a utilizá-las em decks com uma ou mais cores, mas já não fazem tanto sentido para alguém que tenha jogado apenas Dragon’s Maze por exemplo.
Claro que isto faz de M14 uma expansão ideal para Draft dada a facilidade de construção. O primeiro draft que fiz consegui criar um deck totalmente branco que funcionava e bateu a outros com composição de duas cores, por isso existem respostas e composições bastante interessantes dentro destes boosters.
Onde M14 puxa mais pela criatividade e uso de várias cores é através dos Slivers, criaturas icónicas do universo Magic que fazem aqui o seu regresso após várias expansões em ausência. Como grande fã e coleccionador de Slivers fiquei bastante contente com este regresso, mas por agora, os decks de Slivers em Standard acabam por necessitar de algo mais, por isso é bom que uma das próximas de expansões Theros inclua Slivers ou a sua introdução em M14 vai parecer uma oportunidade perdida.
Mesmo não sendo um dos melhores Core Set dos últimos anos, M14 também inclui uma série de cartas que vão ficar na história do jogo e serão jogadas no futuro como:
- Archangel of Thune
- Burning Earth
- Chandra Pyromaster
- Fiendslayer Paladin
- Garruk Caller of Beasts
- Jace Memory Adept
- Kalonian Hydra
- Mutavault
- Primeavel Bounty
- Scavenging Ooze
- Shadowborn Demon
- Syphon Sliver
- Witchstalker
- Xathrid Necromancer
Claro que nesta expansão o destaque vai para o Archangel of Thune, Kalonian Hydra, Fiendslayer Paladin, Mutavault e Scavenging Ooze, cartas novas ou clássicas demasiado boas para não fazer parte de alguns dos decks de campeão que vão aparecer nos próximos meses.
Quanto à expansão em si, algumas decisões entre a utilidade e valor de jogo de algumas cartas foram mal calculadas, pois entre os 5 Planeswalkers ou as 5 bestas lendárias, apenas 2 dos 5 valem realmente alguma coisa, com o verde a sair altamente beneficiado com a Kalonian Hydra e Garruk, Caller of Beasts.
Quanto às cartas em si, esta é uma colecção recheada de imagens e arte bastante impressionante e embora algumas não sejam realmente apelativas, a maioria é boa. Quero por outro lado mencionar os Slivers, que embora não tenham uma arte má (o Token é fantástico), o seu design humanoide é desconcertante e os designs antigos animalescos eram bem mais interessantes.
Magic 2014 não é uma má expansão como Core Set e Theros pode até transformar algumas destas cartas em verdadeiras relíquias, mas visto como uma expansão apoiada apenas em si, oferece pouco de novo e forte que vá fazer mossa no futuro do Magic.
Positivo:
- Algumas cartas re-editas foram bem escolhidas
- Kalonian Hydra e Archangel of Thune
- Regresso dos Slivers
- Ideal para fazer Drafts com os amigos ou em loja
Negativo:
- Não é um Core Set de peso
- Pouca sincronia com Return to Ravnica
- Planeswalkers e bestas lendárias pouco balanceadas
- Design dos Slivers
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