Até hoje já experimentei vários aparelhos da Logitech, tenha sido em ambiente pessoal ou em formato de análise. Curiosamente, todos os teclados que tinha usado tinham sido adquiridos para mim por simplesmente gostar do material da marca, o que quer dizer que tive cerca de três teclados Logitech em toda a minha experiência com PCs e isso é alguma coisa, visto que já vou a meio da casa dos trintas.
Por isso mesmo, depois da apresentação secreta que tivemos recentemente onde os jornalistas saíram do local com um MX Keys S e um MX Anywhere 3S no saco, o meu primeiro impulso foi ligar imediatamente o teclado, visto que o meu antigo já estava a precisar de uma reforma. O rato demorou um pouco mais de tempo a entrar no ecosistema, visto que o rato que estou a usar de base o G502 Hero com fio para a torre e o G502 Hero Lightspeed para o ambiente mais portátil (carregar nos links para ler as análises de cada um).
O foco no entanto e desta vez, era ver como um teclado low profile ia encher as medidas de alguém que estava a usar um teclado Gaming, num set-up Gaming. Felizmente, tudo começa bem porque o Logitech MX Keys S tem duas cores, a cinzenta e preta que encaixa bem com as minhas cores e o branco e cinzento claro que foi feito claramente para os fãs da Apple.
Ser feito a pensar em todos os utilizadores é algo que salta logo à vista neste teclado, pois alguns botões assumem os dois ecossistemas (existe Start e Options, assim como o Alt e Cmd), por isso tanto o Windows como o Mac OS estão aqui representados. Mas estes não são os únicos botões que se destacam neste teclado, pois existem aqui novidades como o botão de emojis, botão para ditar texto e ainda os meus favoritos, botões para mudar entre dispositivos.
O tempo de habituação ao teclado foi rápido, o posicionamento e formato das teclas são as normais e suficientes para os meus dedos, por isso deverão ser para a maioria das mãos. O facto das teclas serem low-profile faz com que a sua distância de viagem seja mais reduzida, o que acaba por ser mais “doloroso” do que um teclado com teclas mais altas em longas horas de utilização ou ao escrever mais. O facto das teclas terem um ligeiro declive permite que seja mais fácil de carregar na tecla certa e também que se torne um pouco mais confortável.
A resposta do teclado é excelente e a minha ligação tanto por dongle já incluído como por Bluetooth correram lindamente, o que nos leva então aos botões de mudança de equipamentos. Estes três botões que surgem logo acima do Insert/start e Pag Up são o sonho de qualquer multitasker ou de alguém que quer ter ecosistemas interligados como eu. Neste caso, tinha o meu PC ligado por dongle, o telemóvel e a televisão ligados por Bluetooth, mas a pensar em adaptar um tablet para servir de estação de trabalho adicional. Ao carregar em qualquer um dos três botões, tenho acesso quase imediato a cada aparelho que esteja registado e isso é algo que faz todo o sentido e quem tiver esta hipótese, dificilmente irá voltar atrás.
Além de tudo o que o teclado tem a nível físico, existe também uma grande personalização para descobrir, visto que ao instalar a aplicação LogiOptions+, fica aberto um grande leque de personalização, tanto das funções do teclado (luz, função de cada tecla, desactivar), existe todo um universo de reacções inteligentes que podem ser usadas ou programadas por cada um para que ao carregar em certas teclas, o teclado faça uma rotina ao estilo Google e inicie programas ou realize acções como desactivar microfone e câmara, etc. Embora já existam uns quantos pré-definidos, achei imensa piada tentar criar os meus próprios, embora não tenha criado sistemas que fossem vastamente mais rápidos que o acesso normal. No entanto, como diz o ditado, “tempo é dinheiro” e alguns segundos por dia são horas ao final de um ano.
Por falar em tempo, agora vamos falar então da questão da bateria, pois tudo indicava que pudesse ser bastante curta com a luz activada. Porém, deixem que vos diga que tendo tirado o teclado da caixa e usado por duas semanas com tudo ligado, estou a escrever esta análise com ainda 33% de bateria no interior, sem nunca o ter carregado uma única vez (desliguei o botão duas ou três noites), de resto, ficou sempre ligado e com o backlight activado, o que quer dizer que o sensor de contacto esteve também sempre a trabalhar. Este sensor é outra das coisas que adoro neste teclado, pois além de gerir a intensidade da luz, também activa apenas com o toque ou até o aproximar da mão do teclado, o que é uma grande forma de cortar a luz e retomar com estilo e clareza para o utilizador.
Seguinte então para o teclado em si, temos aqui um rapaz bem pesado para um teclado. O acabamento é sólido e resistente e claramente algum do peso deverá estar entregue à bateria. Com este peso e as borrachas inferiores é claramente um teclado que não desliza muito, mas que também não é o ideal para andar a passear pela casa ou escritório. É um teclado claramemte pensado para estar num local apenas e interagir com tudo o resto pelos botões de interacção.
Na parte superior temos o botão de On/off que dá sempre jeito, especialmente para quem quer poupar bateria durante as horas de descanso, ou para quem tem gatos que adoram dormir em cima dos teclados e deixam testamentos incompreensíveis no computador (conseguem ver pelos nas imagens se olharem com atenção). O facto das teclas terem tão pouco espaço entre elas e o chassis também é bom, pois evita a entrada de pelos e outros tipos de lixo. Claro que também dificulta retirar os mais teimosos que consigam entrar à mesma. Por fim, temos a entrada para carregamento que é composta por uma porta USB-C, a melhor escolha e aquela para o futuro. Só é pena que o cabo de recarregamento incluído seja tão pequeno.
Algo que também me faltou e que podia estar presente no teclado seria duas patilhas para subir o perfil. Eu sei que a ideia é ter um teclado low profile e baixo, mas isso fez-me passar a apoiar o mesmo nas pernas do meu monitor para ganhar uma pequena altura. Claro que isto tem que ver com o hábito e gosto, mas uma patilha em cada ponta do teclado para levantar o mesmo não seria mal pensado e não destruía o conceito low-profile do teclado.
Tudo isto vem fechado numa caixa que incluí pouca coisa. Quando abrimos o que salta à vista é o teclado, o Dongle e o cabo. De resto a caixa é bastante simples, apelativa e feita com materiais amigos do ambiente, por isso acaba por ser aquilo que é preciso na verdade. Caso queiram a base para apoiar os pulsos, podem sempre comprar à parte ou através do bundle que vem também com o rato. Como não tive acesso à base, não consigo dizer se faria a experiência melhor. Também temos de pensar que é um teclado que roça o profissional, indo um pouco acima dos 100 euros e cerca de 200 se comprarem com o rato e a base. Claro que não é um valor impossível, dado que muitos teclados exclusivamente gaming vão além desses preços.
Claro que para que para quem joga, ter um teclado low-profile pode não ser o ideal, pessoalmente como são raros os jogos que jogo online competitivamente e faço muito trabalho PC (especialmente escrever análises como esta), então é um teclado que se revelou um companheiro todo o terreno bastante versátil. O Logitech MX Keys S é uma óptima experiência para quem procura um teclado do género e ideal para os multitaskers que querem ter mais acessórios ligados.
Positivo:
Negativo
- Podia ter um regulador de altura
- Cabo de carregamento curto
- É pesado para mudar de sítio constantemente
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