Análise – Halo: The Master Chief Collection

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A 343 Industries decidiu estrear-se na nova consola da Microsoft com estilo. Tirando partido do elemento surpresa foi revelado que os quatros jogos da série Halo onde Master Chief é o protagonista iriam aparecer na nova Xbox One e através de uma compilação de nome Halo: The Master Chief Collection. Isto significa que os possuidores da consola poderiam ficar a par do que a série tem conseguido nos últimos dez anos, servindo como preparação para o novo Halo 5: Guardians.

Apesar deste bolo ser um grande chamariz, o ingrediente mais atraente por parte dos fãs e a inclusão de Halo 2: Anniversary, que tal como o nome indica, celebra o décimo aniversário deste título. Tal como aconteceu com Halo: Combat Evolved, esta nova versão Halo 2 trará novos gráficos, efeitos de imagem e modelos de personagens dentro do motor antigo. Vamos ver como é que esta compilação se porta?

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Começamos então pelo menu inicial do jogo que traz todas as opções necessários. Ao contrário do que podiam pensar, não vamos ser levados para um menu de escolha de jogo e aí começamos o título que mais nos apetece. Todos os modos de cada jogo individual estão já dissecados e podem ser começados o mais rapidamente possível neste menu em particular.

Apesar de existirem as opções básicas como Campanha, Multiplayer e não só, existe um novo modo que brinca um bocado com todos os jogos. Playlists é um modo que dará a chance de podermos jogar missões dos quatro jogos misturados. Podemos até escolher um tema para a nossa lista de missões, podendo haver um enfoque em níveis sobre os Flood, condução com veículos, estando já o jogo pré-definido com uma lista de variações possíveis. É interessante tentar conseguir a maior pontuação possível enquanto damos estes saltos temporais pela série.

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Em termos de jogabilidade é bom sentir que cada um destes não ficou obsoleto com o passar do tempo. Seja Halo: Combat Evolved ou Halo 3, estes títulos não ficaram feridos pelo tempo, sendo ainda hoje em dia fáceis de pegar e de entrar no jogo sem grandes dificuldades.

Todos os jogos têm uma performance excelente no que toca a fluidez. O facto de estarem a 60 fps dá a sensação de estarmos a jogar um título novo, mas na verdade são os mesmos de alguns anos atrás. No caso de Halo 2, quando a 343 Industries afirmou que ia manter a essência do jogo até aos seus bugs, manteve o que disse, isto porque consegui encontrar alguns engraçados que não são impeditivos nem frustrantes, mas que oferecem algumas gargalhadas.

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A apresentação destes continua com uma qualidade nítida e acessível para as versões originais de Halo: CE e Halo 2, isto graças à resolução 1080p. Engraçado é ver como Halo 4 e a versão Anniversary de Halo: CE estão com uma qualidade gráfica bastante impressionante para a Xbox One, mesmo tendo sido produzidos para a Xbox One, sendo um regalo olhar para o resultado final. Halo 2: Anniversary mantem esta mesma linha pelo que não se mostra demasiado detalhado nem fica a dever, dando a entender – a meu ver – que o jogo estaria a ser produzido para a Xbox 360.

Mais uma vez, Halo 2: Anniversary mostra-se muito forte no que toca ao detalhe visual, pelo que ao premir de um botão para alternar rapidamente entre as duas versões podemos comprar rapidamente o imenso trabalho em redesenhar todos os aspectos do jogo, desde o chão, às paredes até ao mais longínquo horizonte. Se jogarmos a versão Anniversary também teremos acesso aos muito conhecidos Terminals que oferecem mais informação sobre a história do jogo e eventos da série.

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A 343 Industries teve um enorme trabalho em recuperar grande parte da apresentação e sonoplastia deste jogo. Grande parte dos artistas de voz e músicos foram trazidos de volta para gravar novamente as suas partes, como o guitarrista Steve Vai, e houve uma preocupação em manter o arsenal e inimigos mais actuais esteticamente mas sem desviar muito do que havia sido feito originalmente. As cinemáticas são um dos pontos mais fortes deste assunto, mostrando-se com um detalhe impressionante e que complementam bem esta nova versão do jogo.

O multiplayer é um dos componentes mais fortes do jogo, e nesta compilação está mais forte que nunca. A 343 Industries podia ter lançado os multiplayers de cada jogo individualmente mas decidiu brincar um pouco mais com a fórmula. Para além de termos os modos individuais para cada jogo, existem outros que misturam os vários jogos num só, sendo que ao invés de haver a típica escolha por mapas, escolhemos que jogo da compilação queremos jogar. Os mapas em Halo 2 Anniversary estão visualmente espectaculares e remodelados, pelo que em termos de competição consegue manter os aspectos fundamentais que irão agarrar os jogadores durante muito tempo. Lutar até nível 50 continua a ser uma tarefa de muito trabalho, pelo que seremos colocados com jogadores do nosso nível enquanto subimos de 0 a 50.

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Como se costumo dizer, a 343 Industries “não brincou em serviço” com esta nova compilação. Queriam entrar com o pé direito na nova geração e conseguiram. Não só conseguiram mexer com a nostalgia de alguns fãs sem defraudar o que conheciam, mas também lançaram um convite aliciante para os que nunca jogaram um Halo na sua vida e têm uma Xbox One. Excelente trabalho 343 Industries!

Positivo:

  • Menu intuitivopn-recomendado-ana
  • Grandes clássicos num só disco
  • 60fps dão uma fluidez refrescante para estes jogos
  • Cinemáticas de Halo 2: Anniversary
  • Halo 2: Anniversary está muito bem conseguido
  • Modo Mission Playlists

Negativo:

  • Apresentação de Halo 2: Anniversary podia estar um pouco melhor

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