Análise – Halo: Spartan Assault

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Ainda antes de preparar o muito aguardado novo jogo da série Halo para a Xbox One, a 343 Industries decidiu passear por outros caminhos e criou um título para os dispositivos Windows Phone e PC. Com a ajuda do estúdio Vanguard Entertainment foi então criado Halo: Spartan Assault, um shooter com vista aérea que até teve um bom sucesso. Não foi preciso muito tempo até que este jogo fosse passado para as consolas.

Chegou então primeiro à Xbox One, tornando-se na estreia da série na nova consola da Microsoft e no início deste ano chegou então à Xbox 360, sendo esta versão a que vamos analisar já de seguida.

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Halo: Spartan Assault oferece mais um pouco de lore em formato videojogável e decorre entre Halo 3 e Halo 4. Vamos então seguir a história dos Spartan de nome Palmer e Davis. Infelizmente a história cumpre requisitos mínimos mas não por culpa própria, servindo com um pano de fundo para toda a acção que está a acontecer e o jogo faz um pouco esforço para dar um maior enfoque à narrativa e torna-la interessante.

O jogo é um shooter com vista aérea e usa os analógicos ao género dual-stick. Basicamente o analógico da esquerda controla a movimentação da personagem enquanto o da direita dá uma direcção aos nossos disparos. É um modelo que faz todo o sentido e até funciona bastante bem, e não oferece um grande entrave. Grande parte das habilidades de armadura que conhecemos estão também incluídas, desde a granada que aumenta a vida da nossa armadura, overshield e até outras como conseguir uma maior velocidade enquanto corremos.

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Os inimigos que combatemos neste jogo estão fidedignos à série, com os seus comportamentos básicos a estarem presentes neste jogo, gritos de guerra ou pânico, mas infelizmente são muito menos resistentes que a série anterior. O mesmo pode ser dito dos veículos que encontramos no jogo, como por exemplos os Wraith, que são máquinas roxas enormes e difíceis de matar, mas que neste jogo bastam uns quantos segundos para serem destruídos.

O pior aspecto desde jogo é sem dúvida a progressão e a duração das missões e que quase deita por terra toda a experiência que este jogo tenta proporcionar. É capaz de ser o conjunto de 25 missões mais aborrecidas que alguma vez joguei. A duração das mesmas é incrivelmente curta, e que variam desde 1 a 2 minutos até outras que nos obrigam a defender uma zona durante cerca de 3 minutos, sem falar que os estúdios estavam completamente desinspirados quando tentaram criar alguma variedade nessas missões. Vemos repetidamente missões do género “elimine toda a oposição”, “defenda zona X”, “destruia máquinas X, Y e Z”, e são raras as missões com alguma consistência e factor de interesse.

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Chateia também e muito as micro-transacções deste jogo. Antes de começarmos cada missão teremos um único load-out com um conjunto de armas e habilidades. Será possível modificar esses load-out com pontos XP – que são ganhos ao completar missões – adicionando armas mais fortes como a Sniper, Spartan Laser ou Rocket Launcher. Nem sempre temos XP points para gastar, mas ao accionarmos as caveiras podemos ganhar por nível um número mais elevado desses pontos. O que é que acontece quando não temos pontos e precisamos de comprar novas armas? Podemos tirar partido das micro-transacções para nos dar uma “ajudinha” nesse assunto. Não faz sentido pagarmos por um jogo que limita estas opções fundamentais para o divertimento e que podiam ter sido trabalhadas em prol de um sistema de micro-transacções.

Podemos sempre tirar algum divertimento do Co-Op do jogo. Felizmente este oferece algumas missões diversas contra uma das raças mais conhecidas da série, os Flood, e com outro jogador através do Online podemos lutar em grupo pela sobrevivência enquanto tentamos acumular o máximo de pontos. É no trabalho em grupo que se centra este modo Co-Op e sem dúvida uma lufada de ar fresco. Mesmo assim, é preciso por algumas perguntas como: Porquê a inexistência de um Co-Op Local? Porque é que o multiplayer está limitada para apenas 2 jogadores?

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Halo: Spartan Assault consegue captar de uma maneira excelente o ambiente da série Halo. As infraestruturas, ambiente de guerra, variedade nos cenários, está tudo lá. Não defrauda também aquilo que estamos habituados a ver nos jogos da série, desde os inimigos, armas, veículos, e não só. Infelizmente, o jogo é uma port de outra versão, logo a qualidade gráfica não é a melhor a algumas das animações são um pouco rígidas. A banda sonora está espectacular como já é apanágio da série. No geral, é um jogo agradável de se ver ouvir.

Como fá da série, custa-me a dizer isto, mas Halo: Spartan Assault está muito aquém da qualidade e divertimento dos jogos anteriores. É uma ideia interessante que parece ter sido feita com uma quantidade mínima de esforço. A campanha do jogo é uma das experiências mais repetitivas e aborrecidas que alguma vez experimentei, mas se não fosse o multiplayer decente, este jogo seria um desastre.

Positivo:

  • Fidedigno à série
  • Arte do jogo
  • Banda sonora
  • Multiplayer divertido…

Negativo:

  • …mas limitado em jogadores e exclusivo ao Online
  • Single-player aborrecido
  • Missões repetitivas
  • Dificuldade baixa
  • Micro-transacções

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Daniel Silvestre
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