Já passaram uns poucos anos deste que a série Gears of War lançou um novo título, dois anos para ser mais preciso e o jogo em questão foi Gears of War: Judgement para a Xbox 360. Durante este tempo a Microsoft decidiu continuar o rumo da série da maneira mais óbvia e então deu seguimento à mesma na sua nova consola, a Xbox One.
Sendo assim teremos dois novos projectos da série, um remaster do primeiro jogo para oferecer um pouco de lore para quem nunca experimentou um jogo da série com o lançamento de Gears of War: Ultimate Edition e revelou também Gears of War 4, mas nesta análise vamos falar sobre o primeiro jogo.
Gears of War: Ultimate Edition é uma nova oportunidade para muitos de nós experimentarmos esta série e descobrirmos do que é que se trata. O jogo que foi criado originalmente pela Epic Games e está agora nas mãos da The Coalition – estúdio que também será responsável por Gears of War 4 – e que tiveram a tarefa de adaptar o jogo à nova consola e polir grande partes das suas arestas.
O jogo decorre numa planeta fictício governado por humanos e de nome Sera que será atacado por uma raça de criaturas de nome Locust. Para impedir o seu sucesso e impedir a sua propagação temos o protagonista de nome Marcus Fenix, um soldado COG que se vê envolvido nesta guerra depois de ter estado preso. Fenix é salvo por outros COGs e junta-se a eles para libertar o mal deste planeta.
Gears of War: Ultimate Edition é um shooter na terceira pessoa com um forte ênfase na cobertura. Sendo assim não se trata de um shooter frenético mas sim algo mais estratégico e que requer mais paciência. Os inimigos farão o mesmo, andando de cobertura em cobertura, por isso haverão sempre batalhas de parte a parte e nada de muito aberto e disperso com inimigos excessivamente espalhados por todo o lado.
Nem só de disparos e cobertura se rege o jogo, visto que este primeiro Gears of War da série introduziu vários factores diferentes e que mantêm o jogo interessante durante a sua jornada. Existem encontros como bosses que requerem estratégicas altamente diferentes ou então sobreviver durante a noite numa cidade com pouca luz, sendo que se pomos os nós pés em zonas não iluminadas seremos mortos por monstros que atacam nessas circunstancias.
Alguns dos cenários oferecem um pano de fundo para combates simplesmente fantásticos e as situações em que nos iremos encontrar oferecem bons momentos de tensão. Na realidade nunca nos sentimos seguros neste jogo, pois as invasões e chegadas de inimigos acontecem constantemente e sempre que aparece algo novo a primeira reação é automaticamente de medo.
O jogo tem também uma performance quase perfeita a partir do momento em que o ligamos na consola. Jogadores que tiveram oportunidade de experimentar a primeira versão irão reparar que os vários polimentos que deram à apresentação em conjunto com a resolução a 1080p e os 60fps – 30fps no modo campanha – tornam esta nova versão altamente relevante. Os pequenos soluços ou ligeiros erros gráficos que aparecem acabam por passar praticamente despercebidos.
A introdução de monstros gigantescos e algumas aberrações que nos iremos cruzar oferecem também um espectáculo visual e leva-nos também para outro ponto menos positivos que é a inteligência artificial. Infelizmente é um dos pontos mais sofríveis no jogo e que levam o jogador ao desespero ou então oferecem umas boas risadas, sejam problemas dos inimigos ou dos nossos companheiros como Dominic ou Cole. É um dos piores aspectos do jogo em certo momento portanto esperamos que sejam corrigidos no futuro.
O multiplayer volta em grande forma e promete uma experiência brutal como já é apanágio para a série. Apesar dos ligeiros retoques, continuamos a ter todos os modos e mapas originais que estavam presentes no jogo mas é de lamentar que não tenham introduzido modos que eram muito famosos no passado recente, como o modo Horde. Sem dúvida é uma maneira mais punitiva e capaz de nos ensinar ainda mais umas coisitas sobre o jogo e que poderão ser úteis para quando jogarmos o modo campanha em dificuldades maiores.
Fiquei estranhamente entranhado nesta nova versão de Gears of War. Gostei da primeira versão e foi neste segundo lançado que consegui reparar nas várias nuances e boas alterações de mecânica que o jogo possui. É sem dúvida uma excelente maneira de nos introduzirmos a esta série muito adorada do mundo Xbox.
Se ainda não experimentar um jogo da série Gears of War e compraram uma Xbox One, então esta é a melhor chance que têm antes do lançamento de Gears of War 4. A The Coalition fez um bom trabalho neste jogo e conseguiu trazer uma nova versão com muita qualidade!
Positivo
- Ambiente geral excelente
- Cenários espectaculares que demonstram a destruição em Sera
- Vários inimigos de tamanhos variados
- Apresentação bem melhorada
- Performance estável
Negativo
- Inteligência Artificial por vezes atroz
- Não inclusão de modos multiplayer recentes como Horde
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lemos para quem tem os 3 originais na xbox360, vale a pena comprar versão da Xone?
Se gostaste do primeiro, sim!