Tal como se previa, nem todos os géneros existentes de videojogos estão a ter o mesmo sucesso no que toca a adaptar-se ao universo do VR. Curiosamente, o FPS seria o mais fácil, mas um daqueles que deu à luz títulos verdadeiramente arrebatadores.
Até agora, na PS4, Wipeout foi a experiência mais próxima de um jogo que ganha ao passar para o VR. No entanto, as primeiras impressões de Firewall Zero Hour prometia imenso.
Estamos a falar de um híbrido entre um Raindow Six Siege e um Socom (para quem se lembra dele), tudo isto jogado na primeira pessoa. 90% do jogo é apenas apoiado no seu modo online, deixando o restante para sessões de treino offline onde dá para aprender o básico.
Firewall Zero Hour pode ser jogado de duas formas, ou com o Dualshock 4, o qual não oferece a melhor das experiências, especialmente a apontar e o Mira, o comando em forma de arma que já tinha surgido em Farpoint. Entre os dois, esta é a melhor forma de apreciar Firewall e tirar real proveito da imersão do VR. Com o Mira senti-me mais à vontade para apontar e até com mais interactividade com o corpo, o que me fez muitas vezes olhar pelas esquinas com a cabeça em vez de espreitar apenas no sentido clássico de um jogo em comando. É bem mais imersivo, embora também seja uma algazarra de coisas ao mesmo tempo, isto contando também com um headset ligado.
O contexto de jogabilidade é fácil de perceber. Uma equipa tem de invadir uma área e roubar a informação de um computador, enquanto existe outra que defende a posição. É um sistema bem feito e que funciona, embora seja também altamente repetitivo. Para amenizar existem várias armas e acrescentos que podem ser desbloqueados e posteriormente comprados. É uma forma de incentivar à repetição, mas não me senti compelido a fazê-lo durante muito tempo.
Ao contrário de um jogo sem VR, Firewall Zero Hour depende da vossa disposição, pois estamos a falar de um jogo com grande interacção com o corpo e umas boas horas de concentração com o VR posto. Posso dizer que não foi com certeza a melhor experiência em termos de resistência visual. Wipeout e Driveclub, por exemplo, são jogos que requerem uma boa resistência, mas nunca me senti tão cansado como aqui depois de um bom bocado de jogo.
Por outro lado, fiquei agradávelmente supreendido pela forma como o Online funciona e o grupo de fãs que começou a criar. Apanhei sempre jogos cheios e a vasta maioria dos jogadores que encontrei levava o jogo mesmo a sério, tudo com estratégia e a incentivar ao jogo em equipa. A melhor experiência que tive foi ao jogar como a equipa de infiltração e apoiar os meus aliados.
Em termos visuais, Firewall Zero Hour não é um jogo que puxe pela consola (embora a minha tenha disparado as ventoinhas com frequência). O visual é simples e existem muitas zonas com texturas simples e sem grande detalhe. A banda sonora é o normal do género e podem encontrar localização para português em formato escrito e falado.
Apesar de não ser uma má experiência, tenho de reconhecer que fiquei um pouco decepcionado com Firewall Zero Hour. Tudo o que tinha visto e lido até o jogador apontava para que seria um dos grandes jogos do PS VR. Infelizmente, não é desta que temos aqui um espécie de Socom ou Killzone para o PS VR, mas vejo que este primeiro passo pode levar a algo com ainda mais potencial.
Positivo:
- Jogo em equipa
- Comunidade online
- Mira funciona bastante bem
Negativo:
- Repetitivo
- Pouco conteúdo offline
- Dualshock 4 não é uma boa experiência
- Cansativo para a vista
- Review – Sonic X Shadow Generations - Dezembro 11, 2024
- Review – LEGO Horizon Adventures - Dezembro 9, 2024
- Vamos recordar Comix Zone - Dezembro 8, 2024