Análise – Final Fantasy 14: A Realm Reborn

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A história de Final Fantasy 14 é uma daquelas que já vai longa. A primeira versão do jogo surgiu como um jogo PS3 e PC e um projecto que prometia mundos e fundos. O lançamento foi tudo menos pacífico e tanto a crítica como opinião dos jogadores foi unânime. Este era um jogo destinado a falhar.

A Square-Enix resolveu meter mãos à obra e reconstruiu este MMO deste a sua fundação. O resultado é Final Fantasy 14: A Realm Reborn, e este está muito mais próximo do que havia sido prometido originalmente.

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Final Fantasy 14: A Realm Reborn já está disponível na PS3 e PC, mas após alguns meses de espera, a versão PS4 foi finalmente lançada. Eu tive a hipótese de jogar durante alguns dias e explorar esta versão. Será está a plataforma ideal para jogar Final Fantasy 14: A Realm Reborn?

Se estão à espera de uma análise detalhada sobre as classes, habilidades e funcionalidades do jogo, então passem esta análise à frente e leiam o manual de instruções. O que vão ler de seguida é a minha opinião geral sobre a experiência.

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Eu ainda passei umas boas horas agarrado à versão PC e PS3 antes de chegar à PS4, por isso não me senti totalmente perdido no início da aventura. Para testar esta versão continuei a aventura com a minha personagem nas zonas mais avançadas e criei duas novas personagens em cada uma das cidades iniciais que me faltavam.

Final Fantasy 14: A Realm Reborn não é o MMO mais fácil de começar a jogar, mas faz um trabalho bastante bom em manter a história ligada ao progresso pelo mundo. Existem muitas missões para fazer em cada área, mas nunca se sentem muito longe dos verdadeiros objectivos. É verdade que não se desvia imenso do estereótipo normal do género, com missões de recolecção ou para matar X bichos, mas tenta variar os objectivos das missões.

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As cidades principais não são as mais intuitivas de explorar, além de que estão bastante segmentadas. Para compensar, as indicações do mapa e o Quest Finder do jogo são bastante bons e ajudam a encontrar o objectivo muito facilmente, não faltando até manchas de área para mostrar as zonas onde deambulam monstros ou podem encontrar determinados objectos.

Algo que Final Fantasy 14: A Realm Reborn faz bem, é a evolução de classes. Aqui ao escolher a vossa raça estão limitados a determinadas passivas ou pontos específicos, mas qualquer personagem pode mudar de classe ao equipar uma determinada arma, sendo possível equipar armaduras relacionadas com essa classe a partir desse momento, quando isso acontece, a proficiência da nova classe começa do zero e tem o seu próprio nível. Isto faz com que até as áreas de nível mais baixo tenham sempre jogadores que estão a evoluir as suas novas classes e a manter o mundo de jogo vivo.

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Além das classes de combate, Final Fantasy 14: A Realm Reborn engloba ainda os Disciples of the Hand, ou seja, aqueles que constroem coisas como os carpinteiros e encantadores e os Disciples of the Land, aqueles que recolhem objectos do mundo como os mineiros e os lenhadores. Esta divisão é interessante e funciona bem, dividido as aptidões de cada área, e tudo funcionando para a experiência global de evolução da personagem.

Claro que a mudança de classe acaba por ser dificultada pela ausência de missões iniciais, mas para isso existem as Fates, missões aleatórias que surgem nos mapas e que podem ser feitas por todos os jogadores que quiserem, estas dão experiência a todos os participantes e ajudam a compensar aqueles que estão a treinar uma nova classe. As fates são divertidas e recorrentes, por isso é algo que podem usar e abusar.

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Jogar Final Fantasy 14: A Realm Reborn na PS4 é muito similar à versão PS3 em termos de jogabilidade. O sistema de jogo faz lembrar um RPG de acção, embora com muito mais menus pelo caminho. Uma das boas introduções é utilização do trackpad do Dualshock 4, o qual permite que escolham pop-ups directos no ecrã, ou movam um rato como se fosse o Pad de um portátil. Não é 100% fiável, mas é uma boa solução para compensar em menus mais cheios.

Caso sejam fãs de MMO ao estilo de PC, então vão gostar de saber que podem usar rato e teclado na PS4, este sistema funciona tão bem como no PC. Este é o sistema claramente mais viável, especialmente em Party ou em Raids, onde precisam de interagir com os Mobs e colegas de equipa, em situações de maior aperto, o comando cumpre os requisitos, mas não é realmente a escolha mais eficaz. Por isso, para iniciar, podem começar pelo comando, mas caso queriam evoluir para batalhas mais épicas, então migrem para o rato e teclado.

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Falando em vários modelos de jogo, a versão PS4 permite jogar Final Fantasy 14: A Realm Reborn por Remote Play com a PS Vita. Tenho a dizer que está bem longe de ser a experiência ideal de jogo, mas caso queiram fazer coisas menos exigentes, como entregar missões, uma ou outra missão mais simples ou recolher/criar objectos, então funciona até bastante bem.

Claro que um dos grandes pontos altos de Final Fantasy 14: A Realm Reborn é o seu visual, e nesse aspecto, esta versão está ao nível da versão PC, com uma qualidade bastante boa e claramente next-gen no que toca a MMO‘s.

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A fluidez do jogo e do movimento das personagens foram bastante bem trabalhados e o detalhe visto na maioria das áreas é muito bom, não ficando muito atrás do melhor que se vê na consola.

Sonoramente, a qualidade é mantida com uma banda sonora de grande qualidade, com músicas de ambiente e combate bastante boas. As poucas vozes também surgem nos sítios certos, mas pecam por ser tão poucas. Pelo menos a maioria das cinemáticas devia recorrer mais vezes a estas.

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No global, a versão de PS4 acaba por ser não a melhor versão, mas a mais estável de todas. Além do mais podem ligar um rato e um teclado para apreciar aquilo que qualquer jogador se pode gabar pela sua versão ser superior.

Se compraram uma PS4 e querem jogar um MMO de grande qualidade, então Final Fantasy 14: A Realm Reborn é das melhores apostas que encontram nesta consola. É verdade que inclui uma mensalidade paga, mas se isso não é um impeditivo, então este é o melhor exemplo do género que podem encontrar na consola.

Positivo:

  • Evolução clara em relação ao originalpn-recomendado-ana
  • Muito conteúdo para todos os níveis
  • Visual de luxo
  • Boa navegação pelos menus
  • Jogar na PS Vita tem a sua piada
  • Podem ligar rato e teclado

Negativo:

  • Demasiado confuso a início
  • Cidades demasiado densas
  • Circular pelos menus não é intuitivo
  • Jogabilidade com comando funciona mas não é a melhor

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Daniel Silvestre
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