Análise – F1 2013

A Codemasters é um estúdio exímio e extremamente conhecido pelo seu reportório de jogos de corrida, e quando os fãs de Formula 1 descobriram em 2008 que o estúdio britânico havia chegado a acordo para produzir jogos oficiais da modalidade, é normal que tenham ficado em estado de apoteose. Desde essa altura já foram lançados alguns jogos no qual foram muito bem recebidos, e este ano chega F1 2013.

Como podem esperar, todo o jogo foi actualizado para estar fidedigno com a temporada 2013 do desporto automóvel, desde os 19 circuitos até às 11 equipas e os seus respectivos pilotos. Destaque para a inclusão do muito esperado Classic Mode que irá colocar os jogadores na pele de grandes clássicos da Formula 1 bem como pistas – que inclui o muito conhecido circuito português, o Autódromo do Estoril.

O jogo começa com uma série de testes no circuito de Yas Marina. Vamos desempenhar o papel de um novato que está a aprender a conduzir estes novos bólides e terá que efectuar uma série de testes. Estes testes irão variar desde aprender a cortar as curvas, ultrapassar, usar DRS e KERS até conduzir sob condições adversas. Este teste que nos prepara para as várias situações no jogo irá também desbloquear equipas para o modo Career.

F1 2013 continua um simulador de Formula 1 bastante desafiante. O jogo continua a roçar entre a simulação e o arcade – sendo possível oscilar tanto para um lado como para o outro através do nível de dificuldade – conseguindo oferecer um equilíbrio muito importante. Conseguimos fazer pistas a máxima velocidade, mas pequenos aspectos como acelerar demasiado ao sair duma curva ou travar tarde demais poderão fazer-nos perder segundos preciosos ou até mesmo sair de prova. O DRS e o KERS continuam a oferecer uma vertente mais estratégica ao jogo podendo ser factores que decidem uma corrida.

Mais uma vez Career é o modo de maior destaque neste jogo, onde iremos ingressar numa equipa de menor qualidade enquanto tentamos cumprir os objectivos mínimos e mais modestos para a este tipo de equipa. Com o tempo vamos acabar por ser contratado por outras equipas com ambições bem diferentes e maiores, o que irá requerer um empenho, objectivos e concentração ainda maiores. No geral, continua um bom modo mas não foram feitas qualquer tipo de melhorias dignas de destaque.

Grande parte dos modos clássicos estão de volta neste jogo, com uma ligeira alteração no Champions Mode que agora chama-se Scenario Mode. Como podem imaginar, neste modo vamos ser colocados em variadíssimas situações com um único objectivo em mente, seja ele recuperar de uma posição muito baixa, aumentar distância entre um rival, e isso consegue replicar aqueles momentos especiais que os fãs da modalidade estão habituados a ver na vida real.

A Codemasters fez uma viagem nostálgica neste novo F1 e inaugurou o Classic Mode. Este modo está incluído na versão final do jogo mas o estúdio lançou uma outra versão do jogo com mais conteúdo clássico. Nesta viagem ao passado vamos ter oportunidade de experimentar alguns bólides e pistas dessas eras, bem como a narração de Murray Walker.

Enquanto que os Formula 1 desta temporada são mais técnicos e fáceis de conduzir onde a corrida possui uma estética um pouco diferente, estes carros clássicos são dignos de uma força bruta onde a era Turbo dava uma potência imensa aos motors e isso está à vista na jogabilidade. Preparem as vossas mãos porque controlar este tipo de veículos não é para qualquer um.

F1 2013 continua um jogo muito agradável de ser olhar. A Codemasters não precisou de exagerar no realismo e nos detalhes minuciosos, optando por jogar pelo seguro e oferecer uma estética visual consistente, mas que também não altera em praticamente nada quando comparado com a versão do ano passado. Infelizmente o sistema de dano desaponta mais uma vez. Ponham uns bons headfones e preparem-se para ter uma experiência especial no que toca à sonoplastia do jogo.

F1 2013 é um jogo muito bom que infelizmente pega na fórmula concebida no ano passado e melhora pouco. Isso não invalida que este seja um título a a não perder onde o Classic Mode poderá ser uma opção que irá pesar na decisão de muitos jogadores.

Positivo:

  • Experiência frenética e estratégica
  • Jogabilidade equilibrada entre arcade e simulação
  • Explosivo com headfones
  • Classic Mode
  • Apresentação no geral

Negativo:

  • Destruição ainda é fraca
  • Reciclagem de vários elementos

Daniel Silvestre
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