Análise – Dragon Ball Xenoverse

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Os jogos de Dragon Ball são tão inconstantes como a meteorologia. Tão depressa dizem que vai fazer sol, como depois está a chover, e quando menos se espera, está um sol de rachar em pleno Inverno.

Esta comparação pode parecer estranha, mas está bem próxima da realidade, afinal, estes são jogos que prometem muito e ficam quase sempre aquém das expectativas, e os melhores da série, são aqueles que sucedem os piores.

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Depois de um Dragon Ball Z Battle of Z algo manhoso, Dragon Ball Xenoverse era a grande esperança para revitalizar a série. Um jogo que iria agradar tanto aos veteranos como aos apreciadores de jogos de luta e anime. Apesar de ser um bom esforço na direção certa, só os fãs é que vão dar o devido valor a Dragon Ball Xenoverse.

Tal como os anteriores, preparem-se para viver e reviver a história clássica de Dragon Ball Z e alguns combates de Dragon Ball GT. No entanto, existem novidades e diferenças, pois um grupo de novos inimigos começa a alterar os acontecimentos da cronologia original.

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Isto é mote para uma aventura onde criam a vossa personagem num rol de raças do universo da série e passam a fazer parte dos Time Patrollers, uma equipa de guerreiros extremamente poderosos que habitam uma zona do multiverso e usam a sua força para impedir que a história tome um rumo diferente.

A ideia por detrás da história é pratica e funcional, permitindo que explorem uma cidade recheada de lojas, NPC e bancas com todo o tipo de missões e objectivos. A início, a cidade parece algo estranha e linear, mas à medida que começam a avançar na historia, esta zona transforma-se num lobby onde se podem encontrar com outros jogadores, bem ao estilo de jogos como Phantasy Star e até Monster Hunter.

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Dragon Ball Xenoverse foi notoriamente feito a pensar no combate em equipa com amigos e nota-se que o jogo sofre bastante com a parca inteligência artificial dos colegas e inimigos. Os aliados são normalmente inúteis, enquanto os inimigos são persistentes e uns spammers de primeira, usando constantemente os mesmos ataques.

Outro problema dos combates de Dragon Ball Xenoverse é forma injusta como apresenta cada desafio. Normalmente, cada episódio de história está à frente da capacidade da nossa personagem, o que obriga a ir evoluir a mesma para outros modos ou missões alternativas. Este é daqueles jogos que exige que treinem, ganhem dinheiro para comprar novos equipamentos, assim como itens que possam usar para curar a meio dos combates.

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Dragon Ball Xenoverse funciona muito ao estilo dos antigos Dragon Ball Z Tenkaichi, com a possibilidade de voar pelo cenário com a câmara a acompanhar a vossa personagem pelas costas. Embora a câmara não seja a mais prática e funcional, não se porta muito mal e tendo em conta a velocidade dos combates e a quantidade de inimigos no cenário, podia ser bem pior.

A início, a profundidade da jogabilidade em combate é praticamente inexistente, mas podem recorrer a outras personagens e lojas para ganhar mais habilidades, poderes e combos. É verdade que a jogabilidade dos jogos de Dragon Ball nunca foi muito vasta ou variada, mas é bom ver a nossa personagem crescer e ficar mais forte, mesmo que alguns combos ou ataques consecutivos sejam os mais eficazes em 99% dos momentos.

[Todas as imagens usadas nesta análise foram captadas durante a nossa sessão de jogo]

Mas tal como referi, Dragon Ball Xenoverse está no seu melhor quando jogam com outras pessoas. Além da história existem uma tonelada de missões alternativas que podem realizar que dão dinheiro, experiência e equipamentos especiais. Estas são vastamente mais divertidas de realizar com outras pessoas, e quando jogam com outras amigos, não precisam de jogar com os bots terríveis controlados pela inteligência artificial.

É aqui que se começa a perceber um padrão em Dragon Ball Xenoverse, pois existem coisas novas e boas ideias que dão uma boa lufada de ar fresco à série, enquanto outras trazem à memória os piores momentos de outros jogos. Tão depressa é tão bom como o Tenkaichi 3, como depois é tão mau como o Battle of Z.

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Algo que se aproveita e bem, é o visual e apresentação no global. A versão PS4 a que tivemos acesso corria com uma fluidez bastante boa e o visual é uma homenagem de grande qualidade ao Anime. Os modelos das personagens estão bem detalhados e dão ainda mais vida a Son Goku e companhia.

A banda sonora também é bastante agradável e tem algumas músicas clássicas épicas, assim como novas bastante boas. Quanto a vozes, podem optar pela versão inglesa e japonesa. Sinceramente, a japonesa é bem melhor, mas nada bate a portuguesa com todos os nossos tesouros e referências ao nosso Portugal.

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Dragon Ball Xenoverse é um jogo vastamente superior a Battle of Z, mas também não precisava de fazer muito para o ser. No fundo, esta é uma boa evolução para a série, mas continua a ter de trabalhar muito para chegar ao status de outros clássicos, como Dragon Ball Z Budokai 3. Isto já para nem falar de Dragon Ball Z The Legend.

Como fã de Dragon Ball, passei um bom tempo com Dragon Ball Xenoverse, mas os vários problemas que engloba, não permite que seja um jogo para todos. Se são fãs de Dragon Ball, então jutem um selo de recomendado à nota.

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Positivo:

  • Uma boa ideia para reviver a história
  • Bom visual e fluídez
  • Criação de personagem e evolução
  • Cidade central funciona como Lobby
  • Muitas missões para fazer
  • Podem jogar com os vossos amigos

Negativo:

  • Inteligencia artificial péssima
  • Dificuldade com picos injustos
  • Inimigos criam demasiado Spam
  • Só vale a pena fazer endgame com amigos

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Daniel Silvestre
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