Death Stranding é um caso estranho de um sucesso mal amado. Embora tenha sido criado por Hideo Kojima e bem ao seu estilo, Death Stranding não teve exactamente o sucesso e aprovação que algo como Metal Gear Solid. Afinal, não estamos a falar de um jogo que seja exactamente para todos e que seja fácil de perceber mesmo horas depois de o começar.
Quando o analisei há quase dois anos atrás, Death Stranding conseguiu cativar-me o suficiente para o terminar de uma ponta à outra e no final da análise, ficou claro que é um jogo que valia a pena, ainda hoje me lembrando dele com boas memórias. Mas o que teria acontecido se não tivesse de me forçar a jogar a fase inicial mais aborrecida para a análise? Talvez tivsse tido a mesma opinião que todos os outros que não ficaram grandes fãs.
Pois bem, Death Stranding: Director’s Cut surge agora como uma oportunidade derradeira da Kojima Productions conseguir convencer aqueles que torceram o nariz à primeira versão. A verdade é que existem aqui várias melhorias, mas continua a não ser um jogo para todos.
Death Stranding: Director’s Cut é exactamente o que o título diz, mas que em videojogos se traduz para uma versão alargada e com algumas novidades que fazem com que a experiência tanto visual como de jogo sejam francamente melhores e mais apelativas. Sendo um jogo de PS5, as melhorias visuais são aquelas que saltam mais à vista.
Além de ter uma maior resolução, aqui vão poder jogar o jogo com melhor fluídez a 60fps, além de que existe mais detalhe e menos elementos desfocados ou com texturas mais fracas. Além disso, o jogo tem agora melhor iluminação com melhor aplicação do HDR, o que acaba por ser ainda melhor.
Outra grande novidade que me agradou bastante foi a vasta melhoria dos tempos de loading. O SSD é mesmo uma das melhores coisas que foi introduzida nesta geração e que vale a pena destacar. Os loadings são muito mais rápidos, mesmo até comparando com a versão da PS4 Pro. É algo muito bem-vindo e que torna a experiência em algo melhor.
Algo que faz com que Death Stranding: Director’s Cut seja também melhor é a quantidade de coisas que foram adicionadas em termos de qualidade de vida e de tornar a exploração bem melhor. Para isso foram introduzidas novas ferramentas e equipamentos que tornam as travessias em algo bem mais cómodo e menos irritante. Coisas como a catapulta que permitem enviar objectos para longe ou os novos equipamentos que ajudam a suavizar quedas são muito melhores para quem quer jogar com menos frustrações.
A juntar a isto temos uma nova arma que incapacita os inimigos, uma área de treino com missões para treinar, uma pista de corridas para somar os melhores tempos e um grande números de pequenos afinamentos e zonas extra com mais bocados de história que ajuda a complementar o que já existia. São no global adições de qualidade que justificam o título de Director’s Cut.
Juntem a tudo isto mais algumas músicas que complementam uma banda sonora poderosa que já tinha bandas como Chvrches e Low Roar e o trabalho total fica ainda mais sólido e eclético.
No entanto, Death Stranding: Director’s Cut não é uma mudança drástica no conteúdo original e felizmente, nem o pretende ser. Aquilo que faz é um complemento para um jogo que para o bem ou para o mal, acaba por ser aquilo que Hideo Kojima sempre quis que ele fosse, agora alargado e mais bonito.
Por isso mesmo, se Death Stranding já não era algo que vos interessva, não é Death Stranding: Director’s Cut que vos vai fazer mudar de ideias. No entanto, se nunca o jogaram e agora querem mais coisas para jogar na vossa PS5, vale a pena visitar este que continua a ser um dos jogos mais únicos da geração passada.
Positivo:
- Novo conteúdo
- Visual actualizado
- Novos equipamentos dão jeito
- Banda sonora alargada
- Localização para português
Negativo:
- Continua a ser pouco convidativo
- Muito andar para trás e para a frente
- Mantém muita informação entrelinhas
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