A primeira impressão que o jogo oferece é a de um Rayman sem pernas (tal como foi dito por um certo pug), e apesar da parecença visual entre ambos, os dois jogos acabam por ser bem diferentes.
Color Guardians é um action side-scroller, e apresenta-nos um reino onde a cor é substituída por tons cinzentos, cabendo assim aos três guardiões da cor restaurarem a mesma. Um cenário bastante semelhante a outros jogos, como por exemplo, o mais recente Kirby and the Rainbow Paintbrush.
Somos de imediato atirados para o tutorial, onde aprendemos os simples controlos do jogo e objectivo do mesmo.
Este acaba por ser uma espécie de “endless runner“, com uma das três personagens, onde o nosso objectivo é o de desviar-nos de objectos ao longo de três caminhos, apanhando as várias bolas de cor, com a cor correspondente, sendo que para isso é preciso mudar a cor da personagem. Para além das três cores, azul, amarelo e vermelho, existe também multicor, que é possível apanhar com qualquer cor.
Existe uma parte rítmica que acaba por aparecer neste objectivo de apanhar as bolas de cor, é possível mudar apenas de cor e seguir em frente, mas para obter uma maior pontuação para o ranking online é necessário premir o botão da cor em questão no momento em que a personagem apanha a bola.
Há medida que vão avançando, começam a aparecer mais obstáculos e elementos de plataforma, tal como cogumelos que servem como plataforma de salto, ou até um bloco que nos manda para trás. Estes, tal como as bolas, só funcionam caso a cor correspondente do mesmo e da personagem sejam iguais.
A seleção de níveis é composta da mesma maneira que a série Super Mário, dividido por mundos, e com vista aérea sobre dez níveis, com um décimo primeiro dedicado ao boss que é sempre o mesmo, mas com uma pequena variação a cada novo encontro.
Quanto aos visuais, estes são simples, embora o desafio dos cenários seja algo moderado, com um checkpoint no final de cada secção, torna-se mais num caso de memorização do que plataforma em si. A banda sonora acaba também por não ser nada de especial.
Para além do ranking online, é possível ganhar estrelas nos níveis, que são obtidas ao colecionar as bolas de cor, estando disponível até três por nível, com excepção do boss. Sendo que estas servem para desbloquear extras tal como por exemplo imagens de arte, sendo algo que oferece mais rejogabilidade.
Apôs derrotar o boss de cada mundo, ficam disponíveis os Taki, pequenos seres em forma de bola, em cada nível, sendo necessário repetir os mesmos para os apanhar e levar até ao fim para desbloquear níveis secretos, no entanto estes não oferecem nenhuma variação em comparação aos normais.
Falando da parte técnica, em 100% das vezes que o jogo parece empancar no ecrã de loading, e durante alguns níveis, onde por breves instantes existe uma quebra, o que por vezes me causou a queda de um lugar, ou a falha ao apanhar uma bola da mesma cor que a personagem, estando eu no caminho correcto e com a cor correspondente.
Resumindo, Color Runner acaba por ser mais “endless runner” do que action side-scroller, com três personagens era de esperar que houvesse uma característica especial para cada uma para além da cor, mas partindo do momento em que todos podem mudar de cor torna-se inútil a existência de dois extras, não oferecendo variedade. Já os níveis apresentam algum desafio, mas a complicação entre desviar de obstáculos e apanhar as bolas de cor acaba por resultar em frustração e num jogo de tentativa e erro em vez de habilidade e destreza.
[Todas as imagens presentes nesta análise foram captadas durante as nossas sessões de jogo]
Positivo:
- Extras oferece algum valor de repetição
- Níveis secretos oferecem longevidade
Negativo:
- Não existe diferença entre as personagens jogáveis
- Nem variedade na jogabilidade
- Jogo acaba por decorrer mais a tentativa e erro do que à nossa própria habilidade
Para além de videojogos também gosto de anime.
Podem ver-me a apregoar sobre ambos os assuntos no site em forma de notícia, artigo ou análise. Tenho a sorte de encontrar momentos parvos enquanto estou a jogar, ou de os criar eu mesmo.
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