A Pwnee Studios começou esta jornada com Cloudberry Kingdom através do Kickstarter. Não foi uma jornada gloriosa, mas acabou por cumprir os requisitos mínimos no que toca ao financiamento do jogo. De 20 mil dólares que precisavam fizeram 23 mil e 582 dólares, o suficiente para trazer o jogo à vida. O conceito do jogo acabou por chamar à atenção da Ubisoft que não hesitou em publicar o jogo para mais plataformas. Chega-nos então a versão Wii U para analisar.
O conceito de Cloudberry Kingdom centra-se num jogo de plataformas com um sistema que cria níveis automaticamente assim que vamos progredindo. O jogo aprende com o jogador e vai gerando os níveis de acordo connosco, e consoante o tempo irá aumentar também a dificuldade.
Controlamos então um super-herói de nome Bob na demanda de salvar uma princesa das mãos de um tirano – ou pelo menos é isso que parece, visto que nem o herói nem a princesa parecem contentes de se verem – e irá evitar os vários níveis que encontra. Aqui deparo-me com um problema, o gerador de níveis vai criando-os de acordo com o seu algoritmo, mas parece haver uma falta de balanço no que toca à dificuldade. Digo isto porque para começarmos a encontrar níveis bastante difíceis é necessário fazer praticamente 40 ou 50 níveis, o que é entediante.
A Pwnee teve uma óptima ideia em inserir diferentes versões de Bob, havendo a possibilidade de fazer cenários num cavalo de madeira com uma mola por baixo para saltar consecutivamente, conduzirmos uma nave espacial, um foguete nas costas, duplo salto e por aí adiante. Cada uma das opções funciona bem, havendo outras que são algo desnecessárias, como a do Bob obeso e a do mini-Bob.
Mesmo assim, Cloudberry Kingdom é um jogo frenético que testa os nossos reflexos em certas situações e assim que encontrarmos uma zona difícil, iremos morrer vezes e vezes sem conta. Um aspecto que eu achei interessante no jogo foi o facto de adoptarem uma mecânica rítmica em geral com o jogo, digo isto porque grande parte dos puzzles podem ser feitos praticamente sem parar assim que andemos num momento específico, e quando parecia impossível, todos os elementos perigosos do jogo a fazerem-nos autênticas “razias”. Outros pedem por paciência e por acções no preciso momento.
Existem várias maneiras de jogar Cloudberry Kingdom, seja pela história, uma versão arcade ou então livremente. Pela história vamos fazer um certo número de níveis e passar para outro tipo de Bob. Em arcade teremos dentro dele outros modos que oferecem um desafio ainda maior como, alterar entre os vários Bob a cada nível e ter apenas 15 segundos para fazer o máximo de níveis possíveis. Já no modo livre, podemos moldar à nossa escolha a maneira como jogamos, desde o cenário de fundo até ao tipo de Bob e assim puxar pela nossa imaginação.
Cloudberry Kingdom é um jogo com uma apresentação bastante genérica, mas que mesmo assim não estraga em nada a experiência. As cinemáticas que iremos encontrar estão interessantes, onde as personagens são feitas a partir de cartão e demonstra uma certa personalidade. A banda sonora foi um passo arriscado que correu muito bom. Dentro deste tema medieval o tipo de música centra-se num techno a querer roçar o trance em certas alturas, o que encaixa dada à intensidade de alguns níveis.
Apesar de bastante divertido, Cloudberry Kingdom é um jogo que pega num conceito interessante mas fica um bocado prejudicado pela maneira como estes foram efectuados. O sistema que cria os níveis é uma boa ideia mas o número excessivo de níveis faz com que acabemos por fazer cenários bastante semelhantes durante algum tempo.
Positivo:
- Um jogo plataformas sólido
- Rapidez de suster a respiração
- Vários tipos de personagem
- Mecânica de timing e rítmica interessante
Negativo:
- Gerador de níveis não encaixa com a dificuldade
- Tamanho reduzido de alguns níveis
- No geral parece um conceito pouco explorado
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