Análise – Born of Bread

Com um ano tão atarefado de bons jogos e vários lançamentos que marcaram o ano, Born of Bread foi um jogo que surgiu praticamente de nada para o meu radar de final de ano, conseguindo ter um lugar especial nesta recta final.

Born of Bread é um JRPG fortemente inspirado em Paper Mario e funciona bastante como tal, seja desde a forma como conta a sua história através de personagens secundários que falam pela personagem principal, assim como grande parte do humor e sentimento leve da aventura.

Aqui jogamos com Loaf, um rapaz de pão que é criado no mesmo dia em que o reino é invadido e o seu pai padeiro é dado como um dos vilões e preso pela rainha. Cabe a Loaf e aos seus colegas tentar provar a sua inocência enquanto despacham os vilões.

Grande parte dos cenários são compostos por cenários cheios de plataformas, objectos para destruir, coisas para apanhar e missões extra para fazer. Loaf pode atacar para destruir coisas, assim como usar os amigos para partir paredes ou materializar plataformas. São elementos que ajudam à exploração e que fazem com que os cenários sejam passíveis de ser visitados mais vezes. Só é pena que Loaf seja tão lento a correr, o que faz com que visitar certas zonas seja algo mais aborrecido.

O combate decorre num sistema de turnos e com as personagens a usar ataques e habilidades com timmings que necessitam pressionar botões. Estes funcionam tanto para as nossas personagens, como para os inimigos, já que defender no timming certo também ajuda a levar menos dano. Existem várias habilidades simples e de grupo que consomem pontos de habilidade ou potênci da equipa.

Mesmo com muitos elementos, Born of Bread é bastante simples e nada de exigente no geral. Grande parte dos combates são simples e só alguns dos bosses são muito mais exigentes. No geral acaba por ser fácil para os veteranos e ideal para os mais casuais.

Em termos visuais, Born of Bread é bastante apelativo e com um visual bastante colorido. Seja pelos cenários ou pelas prórias personagens, é sem dúvida um jogo bonito e com bastante carisma. A versão que joguei foi a de PC e correu lindamente tanto na Steam Deck como no PC. A banda sonora também é bastante boa e encaixa muito bem no estilo e ambiente dos cenários.

Tendo em conta que se trata de um jogo Indie, era de esperar que Born of Bread não fosse muito grande, mas ainda chega a durar umas boas 12 horas, mesmo deixando algum conteúdo opcional por fazer. Como existem várias missões secundárias e coisas para recolher, ainda há aqui bastante para fazer, embora não puxe para uma segunda aventura.

Tal como disse no início, Born of Bread é um jogo que surgiu quase do nada no meu mapa de jogos e deixou-me bastante supreendido pela positiva. É um JRPG Indie ideal para quem gosta de combates por turnos e anda à procura de jogos mais alegres e coloridos entre todos aqueles mais negros e demasiado colossais.

Positivo:

  • Visual bastante divertido
  • Sistema de combate divertido
  • Humor
  • Banda sonora

Negativo:

  • Caminhar pelos cenários é demorado
  • Vários glitches nos cenários
  • Dificuldade pouco desafiante

Daniel Silvestre
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