Análise – Azure Striker Gunvolt

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A série Mega Man já teve uma presença mais forte na indústria dos jogos, ultimamente limitando-se a aparições especiais noutras franquias. Em 2013, Keiji Inafume, um dos grandes responsáveis pela série, recorreu ao Kickstarter para financiar Mighty No. 9, que é considerado por muitos como o sucessor espiritual de Mega Man. A campanha teve sucesso em apenas dois dias, obtendo no total o quadrúplo do valor pretendido.

No ano seguinte, Inafume e a Inti Creates, que também está a ajudar no desenvolvimento de Mighty No. 9, apanharam alguns de surpresa com o anúncio de Azure Striker Gunvolt, um jogo que tem fortes semelhanças com a série Mega Man Zero mas que oferece um estilo de jogo muito distinto.

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Azure Striker Gunvolt começa com um rapaz chamado Gunvolt preso numa cela a ser ‘amaciado‘ por um membro da Sumeragi Group, uma corporação global que basicamente controla o mundo. O que ele não sabe é que Gunvolt é um “adept” que consegue controlar campos elétricos, portanto todas aquelas chicotadas de amor só serviram para recarregar as baterias.

Gunvolt pertence a um grupo rebelde chamado QUILL que procura impedir e expor os planos da Sumeragi que controla e faz experiências em outros adepts. A nossa missão inicial é eliminar uma cantora virtual chamada The Muse, também conhecida como Lumen, que é capaz de detetar outras pessoas como Gunvolt através da sua música.

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No entanto, Gunvolt descobre que Lumen não é uma mera Hatsune Miku, mas sim uma adept chamada Joule e recusa-se a levar a cabo a sua missão. A partir daqui, ele decide cuidar da Joule por conta própria e saí da QUILL, apesar de continuar a executar missões como freelancer.

Numa visão geral, o jogo lembra várias vezes X-Men, tendo em conta a existência de pessoas com super-poderes que sofrem uma grande aversão por parte das pessoas normais que os temem. A história pode ser um pouco previsível, mas não é algo que perturba a experiência e oferece incentivo suficiente para continuar a jogar, garantido alguns diálogos engraçados, quer sejam intencionais ou não.

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Tal como referi anteriormente, Azure Striker Gunvolt é um jogo de plataformas 2D que partilha alguns semelhanças com Mega Man, como a possibilidade de completar um número de níveis na ordem que pretenderem. Aquilo que o distingue da série e de outros jogos do género é o poder de eletricidade de Gunvolt.

Em vez de simplesmente disparar, o principal propósito da arma de Gunvolt é fazer “tag” aos inimigos. Tudo o que tiver uma tag, sofre dano direto do nosso campo elétrico que também pode ser usado para nos proteger de certos ataques e flutuar no ar. Cada vez que o campo elétrico é usado, gastam uma barra de energia que volta a encher passado um período de tempo ou pode ser recarregada manualmente ao pressionar para baixo duas vezes. Também podem recorrer a Skills que são ataques especiais com diferentes utilidades que desbloqueiam ao subir de nível.

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A maioria dos níveis não são propriamente difíceis de atravessar, uma vez que a dificuldade está em concluí-los com a melhor pontuação possível. Para tal, é necessário terminar o nível rapidamente e tentar obter o maior número de pontos através de “kudos” que são obtidos ao eliminar inimigos de maneiras específicas. O valor dos kudos só são adicionados à pontuação quando atravessam um checkpoint, e se sofrerem algum dano, perdem todos os kudos acumulados.

No fim de cada nível, são confrontados com um boss e é aqui que o jogo pode tornar-se realmente desafiante. Enquanto os inimigos básicos são simples de derrotar, os bosses não são tarefa fácil, havendo situações em que podem ficar perdidos no meio dos ataques que encham o ecrã inteiro e que vos fazem pensar “como é que raio me desvio disto!?” se não estiverem concentrados. Se forem derrotados, é uma pequena chance de ser ressuscitados pela Lumen através duma canção que vos torna mais poderosos temporariamente. Quem disse que a música J-pop não podia ser útil?

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Após derrotarem alguns bosses, recebem armas novas que diferencia na trajetória do tiro e no número de tags que podem fazer. No entanto, as armas acabam por parecer todas iguais e o jogo peca por não ter um armamento mais diversificado. Também recebem materiais ao longo do jogo que são usadas para criar equipamentos que podem alterar alguns atributos e habilidades.

O jogo pode ser concluído em 7 horas, e se terminarem o final alternativo, desbloqueiam 4 missões especiais. Para além disso, têm dezenas de desafios para cada nível, como terminar um nível abaixo dum tempo específico ou atingir um certo número de kudos, que vos oferecem materiais ou dinheiro se forem completados.

Por último, quem adquirir Azure Striker Gunvolt antes de Julho, recebe gratuitamente Mighty Gunvolt. O jogo tem uma apresentação retro típica dos anos 80 e permite controlar 3 personagens distintas, incluindo o protagonista de Mighty No. 9. Se forem fãs dos Mega Man do tempo da NES, então vão adorar esta pequena homenagem.

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Apesar de ter levado algum tempo a chegar à Europa, a espera valeu a pena. Azure Striker Gunvolt consegue apelar aos fãs de Mega Man, assim como oferecer algo único à sua maneira. É um dos jogos com melhor aspeto disponíveis na eShop e é uma boa opção para quem procura algo divertido e desafiante. Só espero que a sequela não leva tanto tempo a chegar por cá.

Positivo
  • Lutar contra os bosses
  • Oferta de Mighty Gunvolt
  • Ser salvo pelo poder do J-pop
Negativo
  • História algo clichê
  • Pouca variedade nas armas
  • Quedas com morte instantânea eram dispensadas

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