PN Jukebox #94 – Xenoblade Chronicles 2

Mais um PróximoNível Jukebox e desta vez um dedicado a um dos jogos mais roubados de 2017 apenas porque algumas personagens tinham mamas, ignorando tudo o resto de bom (e sim, incluo as mamas aqui porque elas nunca fizeram mal a ninguém) que o jogo tinha para oferecer, incluindo a sua banda sonora.

Já faz algum tempo desde que tive tanta dificuldade em seleccionar as músicas para um PNJ, isto porque Xenoblade Chronicles 2 conta com várias entradas de qualidade e a maioria nem sequer está relacionada com momentos de história, sendo algo que os jogadores vão acabar por ouvir vezes sem conta enquanto aventuram-se pelo jogo.

[Kingdom of Tantal (Day)]

Apesar de afirmar que o jogo conta com várias coisas boas vou antes começar por falar das más, e o grande problema que estes pontos apresentam para quem quer aventurar-se pelo jogo. Primeiro, e mais importante de tudo na minha opinião, uma pessoa não sabia para onde ir. Cada Titã é um novo mundo a explorar, mas esta exploração, por vezes guiadas por missões, é complicada pois o jogo apenas aponta o objectivo e diz se está num nível mais alto ou mais baixo que jogador, excepto que existem camadas e caminhos a tomar em cada Titã que uma pessoa não sabe por onde tem de ir para chegar ao seu objectivo. Pessoalmente acabei várias vezes por colocar-me num ponto alto perto de ravinas e a atirar-me para outros pontos mais baixos a pouco e pouco apenas para chegar ao local da missão, não sabendo se era isto que o jogo queria ou se não havia uma maneira mais correcta de o fazer.

Segundo, a jogabilidade. É verdade que o combate podia ser melhor mas não é assim tão mau o quanto muitos afirmam, e o facto de inimigos fortes começarem ataques com os jogadores mesmo estando a quilómetros de distância também pode ser desactivado. Mas o que mais me incomodou é ter que mudar de Blade de cada vez que encontrava algo no mapa com certas especificações. Preciso de “Lockpicking Lvl 3” com as minhas Blades para abrir este baú? Eu tenho, mas infelizmente não as tenho equipadas e então é necessário mudar estas vezes e vezes sem conta apenas para realizar estas acções. Felizmente as vezes em que situações destas são obrigatórias são bastante poucas.

[A Nopon’s Life]

Falando agora das boas partes. Como já referi, cada Titã é um novo mundo a explorar, cada um com o seu próprio tema e ambientes. Primeiro de tudo o design dos Titãs, daquilo que é possível observar, é bom, mas é o seu interior que conta. Em Xenoblade Chronicles 2 a humanidade habita vários Titãs que estão a flutuar no ar, criando cidades nos seus corpos (ou interior, por vezes é complicado compreender como a coisa funciona) e estes Titãs são basicamente habitats naturais cheios de natureza, perigos e locais a explorar. Alguns deles valem a pena explorar, enquanto que outros desejo nunca mais voltar a lá meter os pés.

Ainda estou para perceber qual a reclamação feita com as personagens. Sim eu sei qual foi o verdadeiro “problema” que os “jogadores” encontraram, no entanto apenas 3 personagens tinham seios “maiores que o normal” (se querem ser honesto são do tamanho que uma colega minha do 10º ano tinha, e ela tinha 16 anos, se acham que é irrealista então devo-a ter imaginado não é?), e o facto de apontarem isso como vindo de um ilustrador que desenhava hentai como se fosse algo mau (toda a gente sabe o que é sexo, não ajam como se não soubessem ou como se sexo fosse algo do Diabo) também é incompreensível. Caso não saibam existe uma grande parte, quase metade, de artistas Japoneses que são na realidade mulheres, incluindo alguns bem populares; já para não falar que criar hentai ou fanart é um caminho rápido para um artista receber mais reconhecimento e crítica. E isto sem referir o facto de duas dessas personagens serem bem desenvolvidas e uma ponte central para a história, mostrando várias vezes que são capazes de actuar e de funcionar como suporte para outras personagens.

[Gormott (Night)]

E isto leva-me a referir a história, algo que algumas pessoas reclamaram como sendo “anime” mesmo tendo em conta que vários jogos são anime incluindo as entradas anteriores da série Xeno. Digam-me lá onde mais iriam ver um jogo onde o protagonista ao levar uma chapada e a bater com a cara na câmara daria início a uma batalha porque esta foi partida devido ao impacto? Não só é uma bela referência a jogos que continham combates por turno como uma óptima transição, e esta não é a única parte boa que irão encontrar durante a história. Para quem jogou penso que apenas necessito de referir o nome Zeke e já iriam saber do que falo, para quem não sabe, Zeke é Zeke, e isso é toda a informação que necessitam. E que tal um plano inimigo que corre e vindo do nada aparece um mecha hilariante que serve como boss? O jogo e a sua história encontram sempre os bons momentos para entregarem uma boa “punchline” e ao mesmo tempo sem fugir muito daquilo que realmente é.

Podia estar a referir muito mais, como ainda o facto de o jogo ter recebido uma expansão (em formato físico também) que é basicamente um jogo novo que funciona como uma prequela e que acabou por melhorar alguns dos maus aspecto que o jogo principal tinha. Mas basicamente o que necessito de dizer é que se possuem uma Switch e tempo para um RPG (tecnicamente dois) que conta com bons momentos, boa banda sonora, personagens e mais, então deviam de experimentar Xenoblade Chronicles 2 ou até ler a nossa análise feita pelo Daniel Silvestre.

 

É estranho ver uma franquia dividida por três companhias, cada uma com a sua própria série (e algumas dessas com spin offs), mas estaria interessado em ver mais Xenoblade Chronicles, quer este estivesse relacionado com a entrada anterior ou algo completamente novo e diferente, desde que o seu mundo e tom fosse tão impressionante como Xenoblade Chronicles 2.

Mathias Marques
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