PN Jukebox #67 – Dark Souls

Após alguns meses no esquecimento, decidi pegar nos rascunhos que para aqui tinha e regressar com o PN Jukebox. Não prometo que vá ser algo frequente, mas pelo menos vou tentar escrever um pouco mais.

Aparentemente apenas o Kanudo se lembrou de fazer um Jukebox da série Souls, nomeadamente o original, Demon’s Souls. O que até é estranho tendo em conta a grande recepção que a franchise teve pela equipa, seria de esperar que mais alguém tivesse pegado na banda sonora dos outros jogos. E enquanto ninguém faz isso, eu aproveito e venho falar do que para mim é o melhor jogo da série Souls, Dark Souls.

Possivelmente a música a qual estão mais familiarizados no jogo, Firelink Shrine, que tanto é o nome da música como do local que visitam após escaparem do local onde estavam presos. Tenho a dizer que é a minha música favorita do jogo, bem como local, pois está ligado a vários sítios e é onde vão encontrar os vários aventureiros que conheceram durante a vossa jornada.

Mas antes de mais, o que é Dark Souls? Dark Souls acaba por ser um sucessor espiritual de Demon’s Souls, aproveitando várias ideias do mesmo, mas aplicando-as a um novo mundo e com novas mecânicas de jogo. A ideia do jogo continua por ser uma boa sessão de S&M, apenas que desta vez não existe um Nexus, mas um “mundo aberto” que podem chegar a pé tanto pelo caminho mais longo como por atalhos.

Uma das razões de Dark Souls ser o meu favorito dentro da franchise é mesmo o facto de todos o locais estarem interligados, sendo possível visitar todos os cantos e observar durante o percurso locais conhecidos ou que iremos visitar mais tarde. Acaba por ser uma sensação de euforia gratificante, pois o jogador sabe que esteve naquele local, ou que finalmente visitou o grande castelo que estava no cenário sem recorrer a mapas separados uns dos outros. Bem como quando está a abrir uma porta e acaba por reparar que afinal era um atalho para uma área que já conhecia.

A verdade é que por vezes a falta de música ambiente incomoda-me. Gosto de ter algo que ajude a dar ainda mais ambiente ao cenário, por vezes o mesmo fala por si, mas outras vezes não passa de florestas velhas e castelos que se caba por encontrar em vários outros jogos.

Por outro lado até acaba por ser bom pois assim é possível ouvir melhor os inimigos, e em jogo como Dark Souls ajuda imenso ter todos os sentidos em alerta. Não que ache o jogo difícil, simplesmente requer atenção às coisas e prática, ainda hoje me lembro onde ficam algumas armadilhas bem como o primeiro mimic que encontrei, e se não me engano foi em 2012 que o joguei.

No entanto não me consigo lembrar de todas as músicas que tocaram durante os confronto com os bosses. Talvez devido a já ter passado algum tempo, ou de quando a música estava a tocar eu estar demasiado concentrado no meu adversário, mas existem várias peças que me passaram de lado, e outras que por alguma razão me ficaram na cabeça.

Selecionei esta música devido a algo bastante específico. Isto porque não toca durante uma boss battle, mas sim num certo local onde o jogo conseguiu dar-me o maior dano possível, deixando uma cicatriz no coração. Algo que irei lembrar-me para sempre e que tomo como a maior lição que Dark Souls pode oferecer.

Sim, uma das outras razões a qual Dark Souls é o meu favorito da franchise deve-se à lição que o jogo acabou por me dar. Não por me matar, mas por eu ter matado uma personagem. Se os cofres na realidade podem ser mimics que nos matam, nada impede de um “monstro” comum que tenhamos enfrentado esteja realmente ciente do que está a acontecer, e que até tenha a sua própria missão.

Ora eu na altura estava a explorar um novo local e reparo no meu próximo alvo, com as costas viradas para mim e sem me ligar nenhuma, sendo que eu simplesmente decidi limpar a obstrução que estava à minha frente. E no exacto momento em que fiz isso acabo por ouvir esse mesmo “monstro” a falar, ainda para mais quando descubro o que ele estava realmente a proteger, quem é o monstro agora? A partir desse dia em todos os jogos eu espero sempre que me ataquem primeiro para ter a certeza que não mato inocentes.

Dark Souls pode não contar a história de forma aberta, mas através de pequenos diálogos,  informação na descrição dos itens e até no cenário é possível descobrir o passado de várias personagens e locais, bem como os seus destinos. Quer seja de alguém mencionado, ou até de um boss que afinal nem era tão mau.

Não é por acaso que existe pelo menos um boss no jogo (mesmo que seja opcional) que diz para prosseguir-mos sem haver a necessidade de uma batalha. E várias vezes eles lutavam apenas para proteger as coisas importantes para eles, mesmo que alguns tenham perdido a sanidade ao longo dos anos. Isso inclui também as personagens que encontram e ajudam, várias irão encontrar o seu fim se prosseguirem com as missões.

Isto acaba por dizer muito sobre Dark Souls, nem todos os finais são recebidos pelo Sol. E ainda hoje continuo a achar que a “tarefa” dada ao jogador não seria realmente uma que fosse necessitar tanto sofrimento a várias pessoas. Mas a nossa personagem em si é um mistério a qual não sabemos o seu passado.

Honestamente gostaria de pegar novamente no jogo, mas preferia fazer isso numa versão mais recente com alguns problemas corrigidos e gráficos melhores para poder saborear ainda mais o cenário. Em especial New Londo Ruins, muitos queixam-se de Blighttown mas eu por acaso não tive problemas de framerate aí, já o mesmo não posso dizer de New Londo Ruins onde a coisa desceu a níveis exagerados.

Até porque na altura nem cheguei a completar o DLC que vinha na Prepare to Die Edition, achei que não estava ao nível desejado para o fazer, e uma vez que estava no fim do jogo decidi largar o DLC e concluir a história principal. Mas uma vez que o TheSwitcher anda a fazer um let’s play do jogo pode ser que veja o conteúdo do DLC até ao fim.

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Digam o que disserem, para mim o primeiro Dark Souls será para sempre o melhor da série. Verdade que as sequelas melhoraram em alguns aspectos, mas nenhuma conseguiu capturar a magia que apenas Dark Souls consegue oferece. E vocês, gostaram da banda sonora? Jogaram Dark Souls? Quais as vossas impressões? Partilhem na zona de comentários!


PN Jukeboxes anteriores

#66 – Grand Theft Auto: Vice City

#65 – Arby ‘n’ The Chief

#64 – Haikyuu!!

Mathias Marques
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