Modding Zone – Artigo 6: Homosexualidade e exageros nos videojogos

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Hoje é dia de festa, temos mais um Modding Zone, lalalalalala lalalalala.
No início deste mês o MZ traz-vos novamente o “Jogo Esperado” (quem fez apostas que o Silver ia falar do FFX HD que entregue o dinheiro), uma das tábuas finais sobre Sonic, mais uma entrada de Hearthstone, o debate (continuando um pouco no tema anterior) com um convidado especial e no fim mais uma votação.
Prometemos que há bolo no fim.

Jogo esperado:
South Park The Stick of Truth

(desta vez temos o mesmo em comum)

Desde que foi mostrado o primeiro trailer que o Hype foi enorme.
South Park The Stick of Truth sai finalmente este mês, após uns problemas e alguns adiamentos, mas nada que tenha afectado o conteúdo final do jogo, pelos trailers mostrados está bastante fiel à série, sendo o enredo escrito pelo Matt Stone e Trey Parker, os criadores da série e a produção ficou a cargo da Obsidian Entertainment (e claro do South Park Digital Studios).

Então e de que se trata o jogo? Na pequena cidade do Colorado, os alunos do 4° ano estão em guerra, uma guerra entre Elfos e Humanos, pelo poderoso Stick of Truth. Mas uma profecia, feita pelas carrinhas das mudanças, dita que uma nova criança poderá mudar a direcção do vento nesta guerra, sendo essa criança, TU.

Recorrendo ao humor da série, e a várias personagens de episódios anteriores, o jogo está hilariante, ao ponto de parecer outro episódio da série, tendo como adversários os Crabpeople, Ginger Kids, Vampire Kids, entre outros.

Passando para a jogabilidade, esta é um RPG com batalhas por turnos, havendo 4 classes disponíveis, Warrior, Thief, Mage e Jew. E depois habilidades e itens para usar. Também poderão recrutar amigos que vão acompanhar pela cidade para vos ajudar em combate, e poderão interagir com o cenário, tanto atirando uma bola, ou usando uma libertação de gás das vossas mais intimas nádegas.

Quem é fã da série tem aqui uma obra-prima para jogar, e quem não conhece, passará uns momentos hilariantes, a única questão que fica é: Qual será a duração do jogo?

Tábua Cronológica:
Sonic Parte VI

Bem esta semana vamos então falar sobre o fundo do poço e o inicio da escalada no que toca aos jogos de Sonic.
E é chegar o fundo do poço no que toca a Sonic the Hedgehog. Após complicações desnecessárias na história, Sonic The Hedgehog 06 é o reboot da franchise. Shadow e Rouge trabalham para o Governo, Sonic e Tails estão “de férias” em Soleanna, uma princesa humana que não pode chorar liberta um demónio; mais um ouriço, desta feita prateado e com poderes psíquicos, chamado Silver (viva a originalidade), que vem do futuro! Bem, para um reboot e tendo em conta que vos fiz um resumo do início já para aqui vai uma grande trapalhada.

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O desenvolvimento do jogo começa a ser feito para PS2 e Xbox/Xbox360, e é imediatamente trocado para exclusivo, na altura, next-gen, tudo isto claro está em segredo do público. Quando é anunciado apenas como Sonic The Hedgehog, acaba por causar alguma confusão, mas não se liga muito, e de facto começa por vender razoavelmente, sendo um dos títulos de lançamento da PS3.

Os verdadeiros problemas do jogo estão escondidos por trás do capô, bugs, glitchs, paredes que se vêm mas não se sentem, um constante desafio a Newton e às suas leis, enfim uma autêntica trapalhada. A juntar a isto temos uma história digna do nome Final Fantasy, onde com tanta viagem no tempo e paradoxos é algo bastante confuso até para o fã mais atento. Como podem ver, os pontos positivos ainda não apareceram… e existe uma razão para isso, o jogo faz muito e tudo o que faz tem problemas… É um jogo capaz de irritar o maior fã de Sonic. A única coisa boa que se pode dizer sobre o jogo é a banda sonora que é espectacular.

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Porque até os loadings são um problema, quando fazemos uma sidequest, falamos com um NPC, e temos um loading de 15 segundos, o NPC explica a missão e mais um loading de 15 segundos, finalmente começamos a jogar a missão, e tentem lá adivinhar o que se segue quando acabamos a missão; exactamente um loading para o NPC dizer bom trabalho e mais um loading para sairmos de lá… Deixo-vos com o melhor resumo possível deste jogo.

Bem chega de grandes desastres, vamos dedicar-nos a um semi-desastre; Sonic Unleashed ou Sonic World Adventure como é conhecido no país do Sol nascente. Sonic Unleashed apresenta-se cartoonesco e acabou por definir esse tema até aos jogos actuais, em termos de história manteve-se simples mas com pontos ainda interessantes e boas personagens.

Mas vamos ao que interessa, Sonic nunca foi tão rápido numa consola caseira desde a MegaDrive, se não mesmo mais rápido, os níveis estão bem trabalhados, e centram-se naquilo que Sonic faz de melhor, ser rápido. Mas, e como já deviam estar á espera isto é apenas metade do jogo, pois Sonic sofreu uma grande transformação e é agora um lobi-ouriço, com braços extensíveis o que resulta em níveis com uma jogabilidade que faz lembrar God of War versão kids. Isto não seria mau, não fossem estes níveis serem longos, muito longos o que leva a que o divertido de passar numa primeira abordagem num autêntico pesadelo mais para o fim do jogo.

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Foi também inserido um mini sistema de RPG, com os pontos que se ganham durante os níveis é possível aumentar habilidades, e aprender novos combos para o Wherehog, por outro lado os anéis servem para comprar items nos hub level’s, uma vez que cada nível representa uma região diferente do mundo, como somos acompanhados por uma criatura que parece um Chihuahua com asas, a qual damos o nome chip, que é doido por comida, escusado será dizer para onde vão os anéis.

A recepção foi mista, sendo que os níveis diurnos com Sonic foram aplaudidos, e os níveis nocturnos com o Wherehog foram alvo de críticas constantes. Assim sendo marcou-se o passo para uma nova era de níveis. E vemos então Sonic Colors na Wii, um jogo de Sonic exclusivamente dedicado à velocidade que correu muito bem, e mal sabíamos nós o que viria daí a um ano.
Na próxima semana, iremos falar de algo que acontece paralelamente a estes jogos, os jogos de Sonic exclusivos das plataformas portáteis.

Dicas de Iniciante:
Hearthstone Heroes of Warcraft

Um dos melhores heróis para iniciantes, o Warrior.

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O Warrior possui como poder heróico, a invocação de uma armadura que pode sofrer 2 de dano, sendo esta acumulável, e ao contrário da vida, indefinidamente.

Cartas a ter em conta:
Shield Block, dá uma armadura de 5, e ainda vos permite sacar uma carta.
Shield Slam, por cada ponto de armadura que possuem, esta carta faz 1 de dano a um minion.

O Warrior tanto se baseia em defesa como em ataque, e ainda com uma mecânica de Enrage (ou sofrer dano, aumenta o ataque) que enche parte dos seus minions, e outra de Charge (permite atacar imediatamente).
O melhor a fazer é colocar cartas com estas mecânicas, e também que ofereçam armadura ao Warrior, para irem tendo uma proteção extra.

A melhor chance de activar o efeito Enrage dos vossos minions (pois o inimigo ao saber disso, pode não atacar, caso saiba que não destrua o minion) é usando a carta Whirlwind, que faz 1 de dano a todos os minions, se usarem isto quando o vosso adversário não tem minions, vão dar-lhe uma bela peça de dano.

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Por outro lado, o Warrior também tem algumas cartas de Arma, ou seja, também poderão usar o vosso herói para atacar (relembrando que atacando um minion, o vosso herói sofre dano), sendo a melhor de todas a Gorehowl, que faz 7 de dano, embora só possa ser usada 1 vez, mas já é dano considerável (nota: se for usada contra um minion, perde 1 de dano em vez de durabilidade). Se for Combinada com o Heroic Strike, que oferece ao Herói 4 de dano nesse turno, podem infligir 11 de dano ao todo. Um bom combo para tirarem um terço de vida ao vosso adversário.

O Kor’kron Elite (4/3 e Charge) será uma carta que deverá estar em todos os baralhos do Warrior, sendo uma básica, que custa 4 de mana, com ataque e vida decentes, e com a habilidade Charge, muito provavelmente irão vê-la em muitas batalhas contra Warriors.

A verdade é que o Warrior é um herói bastante constante não exigindo um grande nível de estratégia, o melhor que se pode fazer é criar combos com as cartas disponíveis e atacar depressa e com força, pois heróis inimigos como a Mage ou o Priest facilmente desencadeiam ataques que destroem as forças aliadas, devido aos grandes combos mágicos de que já falámos aqui.

VERSUS:
Homossexualidade e Exageros nos Videojogos

No MZ anterior o tema foi sexismo nos videojogos, onde nos concentrá-mos mais nas mulheres, desta vez falamos de outro lado, a homossexualidade e também os exageros nas personagens.

Aviso: Existe uma alta quantidade de fruta neste debate.

Façam um aplauso para o Daniel Silvestre, redactor do PróximoNível, no papel de Perv! Silver como o empresário e finalmente tylarth com um papel oposto ao aqui representado pelo Daniel, não se importando com a homossexualidade nos jogos e não estando de acordo com os exageros.

Aviso 2: Relembramos que o que é dito nestas discussões não representa os ideais dos mesmos, sendo que cada um está a representar um papel.

Silver4000: Se as empresas cederem ao facto de meter mais heroínas qualquer dia terão que ser homossexuais, e certamente a maior parte dos jogadores, e jogadoras não gostarão disso.

Tylarth: Bem mas os jogos não estão sempre a tentar-se aproximar da realidade? Na realidade existem envolvimentos homossexuais, por isso não vejo nenhum problema em eles estarem presentes em jogos.

Perv: Pois bem, mas eu não estou de acordo! Eu gosto que as coisas não se misturem. Toda a gente sabe que a maioria segue uma certa linha orientadora, e essa não inclui misturas de sexo, ninguém quer ver isso na rua, muito mais num jogo!

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S: é a mesma história, o jogador/jogadora não se iria ligar com a personagem, de facto, não iria querer, pois ver a personagem a beijar outra do mesmo sexo seria algo muito constrangedor.

T: Quer seja num jogo ou na vida real, são opções que existem, tu não tens que estar de acordo, apenas aprender a deixar os outros em paz. Já que não se metem contigo porque haverias de te ir meter com eles? Mas se fizer parte da história, quer dizer, mesmo que não faça, se for em jogos onde temos a total liberdade sobre os relacionamentos, é uma escolha do jogador.

S: Se nós apresentarmos uma história sobre dois homens que se amam, o publico rapidamente fica de pé atrás. Não iria vender.

Perv: Para que é que precisamos disso? Não se costuma dizer que a nossa liberdade termina onde começa a dos outros? Para que é que eu tenho de estar a levar com algo que nem tem a ver comigo para agradar a uma minoria? Como homem gosto de ver mulheres e as mulheres também vão preferir ver homens. A maioria quer assim e não quer ser incomodada por isso de forma forçada.

T: Sou obrigado a concordar no entanto como já disse há jogos onde o jogador pode escolher com quem se quer envolver, porque não criar uma opção nesses jogos? Acaba por ser uma escolha do jogador.

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S: Nesse caso pode-se fazer, mas uma história com uma personagem central assim nunca daria certo, as pessoas simplesmente olhariam com nojo para aquilo, já na sociedade é assim, e também não acredito que nos jogos onde essa escolha exista, seja feita.

T: E mesmo em termos de jogos onde há uma grande ênfase na história, não digo como trama principal mas como história de background, não vejo qualquer tipo de problema, aliás se calhar se for a falar de exageros incomodativos, como estereótipos sexuais exagerados, provavelmente já não há problemas… Quer seja com melões insufláveis ou bifes com pernas…

Perv: Não concordo com a necessidade de forçar isso, aliás, até é uma perda de tempo da parte da produtora, pois estão a esforçar-se por criar mais conteúdo que nem toda a gente quer quando se podiam preocupar com coisas mais importantes como a jogabilidade ou a história em si. Quanto aos melões? Isso não demora tanto tempo a programar e até é agradável à vista.

S: Os melões são sempre bem-vindos, é o que faz vender mais quando existem personagens femininas nos videojogos.

T: Quer dizer, homossexualidade “Ai que horror!”, “Melões gigantes e montanhas de músculo com salsicha.” Tudo bem!?

S: Claro, porque são os atributos de uma mulher e de um homem, para agradar ao sexo oposto, é o que a sociedade gosta.

Perv: Todos preferem ver uma cara bonita e um corpo esbelto. Não é isso que acontece na TV e Cinema? Não se escolhe os mais bonitos porque é mais agradável? Para mim que venham as boazonas e para as mulheres os Action Mans com corpos talhados. Nada de misturas!

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T: Ver uma cara bonita e ver uma cara sobre dois melões balouçantes, na minha perspectiva é diferente. Além disso se há algo que me intriga como tem sucesso são os sucessivos dlc’s de bikini’s para as mulheres nos videojogos.

S: Porque é o que agrada à maioria dos jogadores, Dead or Alive tem imenso sucesso devido a isso.

T: Quer dizer, é uma necessidade parva ter que incorporar exageros deste tipo que não existem na vida real, num jogo! Umas meloas não chegavam em vez de duas melancias?

S: São as coisas grandes que chamam a atenção.

Perv: Mas qual é o problema? Onde estão os Dragões e os Deuses na vida real? Onde podem todos conduzir carros de luxo e lutar sem ficarem todos negros? Jogos são fantasia, estão lá para experiências extra reais, por isso se as mamas forem maiores que o normal porque haveria de ficar chateado? Fico é contente!

T: Uma coisa engraçada e triste, muito triste, que eu vi a acontecer foi um colega meu não se conseguir dar com nenhuma rapariga porque os standards a que se habituou na puberdade estavam nos videojogos, escusado será dizer que ele não é nenhum Adónis, no entanto procurava a Barbie.

S: Isso só dá razão a como as pessoas querem os dotes exagerados, se na realidade não conseguiu fazer a distinção já é problema dele.

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T: E é claro que são fantasias, mas quando se pretende alegrar a vista de um jogador, lavando-lhe a vista… Olhe senhor empresário aqui tem uma ideia, faça um jogo onde uma dessas raparigas lava o ecrã com melões, vamos ver quantos creepers compram. É completamente escusado trazer estes dotes em humanos nos jogos.

S: Não se limita só aos dotes, também gostam quando se mostra a cuequinha. Contra isso já não à reclamação de ser exagerado no tamanho.

Perv: É bem provável que comprem muitos, pois isso não choca ninguém. Aliás coisas parecidas até se podem ver na TV em prime time. Não me venham com coisas. É porque as pessoas gostam e querem ver. Ninguém quer ver dois fulanos enrolados a não ser no Wrestling!

T: Claro, Wrestling é de macho, dois corpos suados tocam-se com respiração ofegante e… Acho que fiz o meu ponto de vista.

S: As celebridades femininas hoje em dia tem todas implantes, por uma razão será.

Perv: São suados e estão semi-nus, mas o que conta é a intenção. Os gladiadores já andavam à luta praticamente nus e acabavam por morrer na arena. Isso fazia deles homossexuais? Ninguém se importa com isso. Essas coisas abichanadas são dispensáveis e eu dispenso também. Que venham as giraças que a mim não me incomoda nada.

T: Os bons jogos não precisam desses implantes, isso são truques usados para atrair pessoas para jogos que de outro modo não teriam sucesso. É como a maquilhagem, quando se lava por vezes vê-se o que não se quer.

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Chegando ao fim de mais um debate, cabe agora a vocês dizerem o que pensam. São a favor da liberdade das escolhas sexuais em videojogos? E quanto aos exageros? São apreciadores? O Daniel deixa a sua opinião pessoal:

“Teve piada fazer o papel deste Perv, mas as pessoas não devem ter uma mentalidade tão fechada como estas. Tal como os próprios videojogos são feitos em redor de escolhas, também os jogadores devem por escolher o estilo de personagem e história que querem que esta tenha. Jogos como Mass Effect são um bom exemplo e desde que nada seja forçado, é uma opção viável que pode agradar alguns, mesmo que sejam uma minoria.

Sim, eu gosto de ver personagens voluptuosas e até conheço muitas mulheres que defendem personagens femininas com seios grandes. Tal como a questão da homossexualidade é uma questão de gostos e aí o Perv até tem uma certa razão, se as caras bonitas são as que são escolhidas para a televisão, porque é que as personagens nos jogos deviam ser banais? Afinal por muito que se aproxime do visual fotorealista, nós jogamos porque temos experiências diferentes do nosso dia-a-dia e queremos matar dragões e salvar o mundo de um demónio super poderoso. Coisa complicada no mundo real não é? Apreciem os jogos e aquilo que estes vos oferecem.”

Poll:
Com que idade começaram a jogar?

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É o fim de mais um Modding Zone, com um debate em tanto, não se esqueçam de voltar para o próximo.

 

O Modding Zone é uma rubrica semanal idealizada e escrita pelos membros da comunidade Tylarth e Silver4000. Os temas e módulos semanais são livres e podem mudar entre cada artigo. Podem sugerir temas e comentar em baixo.

Daniel Silvestre
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