Antevisão – The Last Guardian

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Já passaram alguns anos, mas The Last Guardian vai ser lançado para a PS4 em menos de 2 semanas. O jogo marcou presença na Lisboa Games Week 2016 em duas sessões de apresentação abertas ao público. No entanto, eu e outros membros da impressa tivemos a oportunidade de experimentar em primeira mão uma demonstração longa de The Last Guardian.

A primeira parte da demo decorreu nos primeiros minutos do jogo onde temos alguns tutoriais. Enquanto passava um vídeo introdutório no ecrã, eu tentei ligar os auriculares que trouxe comigo ao comando para usufruir melhor do trabalho sonoro, algo que foi sempre um ponto alto nos jogos da Team Ico. Infelizmente, não consegui meter o som a sair pelos auriculares e tive que lidar com o som baixo saído da minha televisão – assim como das 5-6 televisões atrás de mim onde estavam as outras pessoas a jogar.

Começamos a demo com a nossa personagem numa caverna ao lado de Trico que estava preso a uma corrente. A criatura gigante era descrita como um “devorador de homens” por um narrador e não estava particularmente confortável com a nossa presença. É aqui que o jogo tenta ensinar-nos como agarrar nos barris espalhados pela área e alimentar Trico para ganhar a sua confiança. O jogo nunca chega a dizer diretamente o que temos de fazer, sendo as únicas pistas a indicação da função de um certo botão (neste caso, o botão círculo para agarrar) e o que a nossa personagem dizia (“Tens fome?”).

Depois de soltar a criatura, podemos trepá-la para aceder uma nova área onde encontramos um escudo espelhado. O mais intrigante neste escudo é o que acontece quando refletimos luz para uma área e Trico começa a emitir um raio de eletricidade da ponta da cauda. Já tinha visto referências deste poder misterioso noutros sites, e continuo bastante curioso do que vir daqui no resto do jogo. Por enquanto, apenas usei este poder para destruir umas barricadas de madeira e prosseguir no nível.

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Durante esta primeira parte da demo, eu prestei muita da minha atenção nas reações da nossa personagem e no Trico. Tal como acontecia com Yorda e os Colossi, existe um botão dedicado a focar a câmara em Trico, e deu para notar que a sua maneira de agir e como olhava para nós é muito semelhante a um gato. Também o jovem rapaz que controlamos reage às ações que tomamos e ao ambiente à sua volta, como esfregar os braços numa área mais fria, ou coxear por uns segundos após saltar de uma altura elevada.

 

 

 

Depois de escaparmos da caverna para uma área mais aberta, terminamos a primeira parte da demo e seguimos para um nível mais avançada do jogo. Desta vez, não tínhamos acesso ao escudo espelhado e estávamos a tentar chegar ao topo de uma torre. Contudo, não podíamos avançar muito devido à presença de um vitral com a imagem de um olho, o que incomodava bastante o Trico – algo que foi demonstrado no trailer da E3 2015.

Esta parte tinha mais ênfase nas plataformas e, no geral, os controlos funcionam bem, apesar de algumas ocasiões parvas onde saltei para a minha morte. Basta saltar e a nossa personagem agarra-se automaticamente o que tiver ao seu alcance, por isso não têm um botão específico para agarrar como acontecia em Shadow of the Colossus. Apenas tive algum problema quando estava agarrado a uma corrente e queria saltar fora, não decorria da forma como queria.

Depois de livrar-me do vidral, tinha de estar agarrado a Trico para subir partes da torre que não conseguiria sozinho. Foi neste momento onde fiquei um pouco mais preocupado com o jogo, porque estamos dependentes da inteligência artificial de Trico e ele estava a levar algum tempo a executar os saltos. Isto não é nenhuma novidade para quem já jogou Ico e Shadow of the Colossus, onde às vezes tínhamos de lidar com a lentidão da Yorda ou esperar que um Colossi reagisse de uma certa forma. Talvez eu é que tenha feito algo mal, mas acho que convém realçar isto. Conseguimos chegar ao topo da torre, apenas para começar a desabar. Trico tenta saltar para uma plataforma, mas é atacado por uma criatura semelhante a si e a demo termina com o rapaz e o Trico a cair.

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Pelo o que pude jogar, é possível notar vários elementos em comum com Ico e Shadow of the Colossus. No entanto, posso afirmar que The Last Guardian tem mais semelhanças com Ico do que pensava, por isso não fiquem à espera de um Shadow of the Colossus 2. Isto pode agradar uns como pode desagradar outros, mas o jogo parece promissor e tem o potencial de oferecer uma experiência única.

The Last Guardian está a ser desenvolvido há quase uma década, mas isso não quer dizer automaticamente que vai estar ao gosto de todos. Apesar das dificuldades técnicas e dos vários atrasos, o jogo sempre foi claro quanto à sua premissa. Os fãs dos jogos anteriores de Fumito Ueda já vão certamente arranjar o jogo de qualquer forma, e nada do que eu diga vai mudar as ideias daqueles que não ficaram convencidos com os trailers até agora.

Aqueles que ainda estão um pouco reticentes, podem sempre esperar pela nossa análise depois do jogo ser lançado exclusivamente para PS4 a 7 de Dezembro.

Sérgio Batista
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