Considero-me uma das pessoas mais improváveis para ter a cargo esta antevisão, desde que me lembro que nunca consegui gostar dos videojogos de Hitman. O Agente 47 sempre me foi distante, embora não tenha sido por falta de tentativas. Agora, depois de tantos anos aparece um jogo intitulado Hitman e eu passei a adorar o jogo, algo aconteceu, vamos lá analisar o que se passou.
Esta versão Beta apresenta-nos uma pequena introdução sobre o que estamos prestes a encontrar. Quando chegamos a uma instalação, somos apresentados a uma mulher que dá pelo nome Diana Burnwood que nos explica que fomos “convocados” pelos nossos talentos, e em pouco tempo estamos no controlo do Agente 47.
O nível introdutório desta Beta é uma recriação de uma missão sendo portanto uma encenação, o nosso objectivo é eliminar Kalvin Ritter. Primeiro o jogo dá-nos a mão e explica os básicos deixando no entanto algumas formas diferentes de actuarmos mas sempre controladas. O objectivo é fácil de atingir, existem muitissimos locais para nos escondermos e evitar ser detectados, é bastante fácil até chegarmos perto do alvo. Para tal não podemos simplesmente andar por entre a multidão, temos que nos disfarçar, tal como já é comum nesta série. Enquanto avançamos os guardas ou certos npc’s azarados o suficiente por estarem no sítio errado à hora certa poderão ficar sem o uniforme, e talvez um pescoço partido dependendo da minha disposição, depois é só usar o nosso novo uniforme para nos misturarmos e limpar o cebo de alguém.
Eu optei por o matar com um tiro na cabeça usando uma pistola com silenciador e deparei-me com uma cena que tem tanto de charme como ridículo. O alvo estava a conversar com um npc que estava de costas, matei o alvo que caiu ao chão e o npc continuou a falar para a janela sem se aperceber, demorei 3 minutos a sair sem ser detectado e o alarme não tocou! Durante este tempo ninguém se apercebeu que o alvo estava morto porque ninguém me viu a disparar? Eu sei que isto é uma Beta mas vá lá, isto é algo básico, se existe um npc no chão as sirenes tocam, e isso aconteceu antes.
Bem, pequenos detalhes à parte a segunda parte da Beta consiste em completar a mesma missão mas desta vez a escolha de como proceder é totalmente nossa, existem muitas maneiras de a completar. Eu comecei por arrombar um portão junto ao cais com o intuito de assassinar o alvo usando um garrote, mas pelo caminho mudei de ideias disfarcei-me de guarda, matei o alvo com um revolver e saí de helicóptero antes que chegassem até mim. Para facilitar a nossa busca o Agente 47 tem um sentido bastante apurado que pode activar a qualquer momento e que nos permite ver o alvo marcado a vermelho assim como todos os guardas e npc, isto em adição a um mini-mapa.
Esta segunda parte pode ser repetida as vezes que quiserem e até vos encorajam a tal. No entanto é na terceira parte que o jogo mostra as garras, a terceira missão que nos dão, consiste em assassinar um alvo dentro de um aeródromo protegido por militares. Sendo esta também uma recriação de uma missão e um teste de admissão para a organização.
Esta terceira missão é muito mais rígida, existem menos locais onde estamos protegidos e as oportunidades são mais difíceis de utilizar com sucesso. Ainda assim senti-me o maior da minha aldeia quando concluí esta missão e esse sentimento é algo que nunca me tinha acontecido noutros jogos de Hitman, normalmente aborreço-me com o jogo algures na segunda missão mas aqui eu queria era continuar a jogar.
A quantidade de opções para iniciar a missão e que vão aparecendo, a possibilidade de improvisar e a informação que conseguimos retirar enquanto ouvimos conversas fazem com que seja possível concluir a missão de formas tão variadas que só o tempo dirá quantas existem.
Quanto à versão a que tive acesso esta foi a versão PC. Em termos de opções gráficas estas não representam o produto final pois a nível de texturas apenas as texturas “low” estão disponíveis. Quanto à estabilidade do jogo eu utilizei o V-Sync para bloquear os fps nos 60, o que aconteceu durante todos os segmentos de jogabilidade de forma estável, mesmo quando estamos num local repleto de npc’s; já durante as cinemáticas que estão sobrepostas aos loadings existem pequenas quebras e ocorreu uma des-sincronização entre o som dos diálogos e os movimentos da boca das personagens.
Não me posso pronunciar quanto às outras versões, ainda assim daquilo que vi sinto-me confiante para acreditar numa boa optimização do produto final. Existem mais opções que podem ligar ou não para optimizar o jogo no vosso PC desde a qualidade das sombras aos filtros.
Sendo o género Stealth um dos meus favoritos pela variedade de opções que oferecem de completar uma mesma missão não posso deixar de gostar de Hitman. Agora o que mudou entre este e os anteriores infelizmente não consigo dizer ao certo, o que posso dizer é que é no vasto número de opções para concluir as missões que eu me agarro para conseguir estar expectante para ver o produto final. Square Enix e IO Interactive parabéns por conseguirem arrastar-me para o “Hype-train” de Hitman, vamos lá ver se não me desiludem.
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