Análise – The Good Dinosaur / A Viagem de Arlo

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Pela primeira vez recebemos duas longa-metragens da Pixar no mesmo ano. A primeira foi Inside Out / Divertida-Mente, um filme cheio de originalidade e emoções (eh eh) que a maioria da redacção do PróximoNível gostou bastante.

Agora é a vez de The Good Dinosaur / A Viagem de Arlo, o primeiro filme realizado por Peter Sohen. Espero que tenham gostado deste período de filmes originais já que 4 dos 5 filmes seguintes da Pixar vão ser sequelas.

Mais alguém entusiasmado para o Carros 3? Eu também não…

Tal como o trailer com o narrador estranhamente entusiasmado prometia, o filme decorre numa realidade alternativa onde o asteróide que causou a extinção dos dinossauros não atingiu a Terra. Quais são as diferenças mais relevantes para além dos dinossauros continuarem vivos? Aparentemente alguns dinossauros dedicaram-se à agricultora e os humanos agem como cães. Realidades alternativas são uma coisa sempre curiosa.

Seguimos um casal de Apatossauros que assistem ao nascimento dos seus 3 filhos, sendo um deles a nossa personagem principal Arlo. Ao contrário dos seus irmãos, Arlo tem dificuldades em adaptar-se às tarefas da quinta, devido à sua natureza tímida e por ser um pouco… vá, um grande cobarde. No entanto, eu também teria medo de alimentar as galinhas, toda a gente sabe como podem ser criaturas perigosas.

Enquanto fica a guardar o silo, Arlo conhece Spot, uma criança das cavernas que é essencialmente uma versão humana do Stitch, o que não é mau já que eu adoro o Stitch. Pouco depois, ambos caiem num rio rápido e Arlo fica longe de casa. É aqui que se dá início a uma grande aventura onde tenta voltar para a sua família.

Se tudo isto pareceu-vos demasiado familiar, então a história não vai ser a vossa parte favorita do filme. Já era de espera que Arlo, que detesta Spot inicialmente, passa a gostar dele e tornam-se amigos inseparáveis, e que pára de ser um grande cobarde e aprende a enfrentar os seus medos. Isto tudo transmite boas mensagens para as crianças, mas não vai surpreender ninguém que já esteja habituado com este tipo de narrativa.

The Good Dinosaur está no seu melhor nos pequenos momentos em que Arlo e Spot lidam com diferentes situações durante a sua viagem, há sempre algo novo a acontecer. O filme até bate um pouco no estilo faroeste, o que se nota mais quando conhecemos um grupo de Tiranossauros Rex que revelam ser as criaturas mais amigáveis daquele mundo.

Apesar da maioria das personagens e criaturas terem um aspecto cartoonesco, os cenários tem um tom mais realista e estão de facto magníficos. Acredito que há outros filmes da Pixar cuja a apresentação visual está deslumbrante, mas nunca com este nível de escala. Houve vários momento em que fiquei na dúvida se foi tudo feito a computador. Se foi mesmo esse o caso, o estúdio está de parabéns.

A pergunta que muitos devem ter na cabeça é “Será que este filme é melhor que Inside Out?” Pessoalmente, diria que não, o que também seria bastante difícil. Enquanto que Inside Out parece ter maior ambição e oferece algo mais imaginativo, este filme dá-nos apenas uma pequena aventura divertida para passar o tempo. The Good Dinosaur não é dos piores filmes do estúdio, longe disso, apenas é um bom filme.

Positivo

  • Sempre que Spot está em cena
  • Cenários magníficos
  • A maneira engraçada de andar dos T-Rex

Negativo

  • História não aquece nem arrefece
  • Arlo parece mais uma lagartixa do que um dinosauro
  • O último filme original da Pixar antes do regresso da temporada das sequelas

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Sérgio Batista
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