Informação Global:
- Episódios: 24
- Ano: 2011
- Produtores: Frontier Works, FUNimation Entertainment, Media Factory, Movic, AT-X, White Fox, Kadokawa Pictures Japan
- Géneros: Ficção Cientifica, Thriller, Drama, Romance, Comédia, Acção
- Idades: +17
- Linguagem: Japonesa
Tuturu~! Ora bem, Steins;Gate foi deveras um Anime difícil de se começar a ver. Mesmo sabendo que é bom, dei por mim a ver e a rever os 3 primeiros episódios e a não conseguir passar para a fase seguinte. Mesmo contendo um tema não muito retratado em Anime e mesmo sendo dirigido a um grupo de espectador mais direccionado ao mundo cientifico, Steins;Gate consegue ser acessível o suficiente para ficarmos a perceber todo o seu contexto principal. Pessoalmente, sou mais direccionada para a vertente artística mas, mesmo assim, consegui desfrutar ao máximo de um tema que de ante-mão já sabia que não ia gostar.
Steins;Gate acontece no Verão de 2010 e conta a história de um grupo de amigos que conseguiram transformar um micro-ondas numa máquina capaz de enviar mensagens para o passado. De forma a explorar a sua nova criação, Rintarou Okabe (Hououin Kyouma, Mad Scientist) decide iniciar uma sequência de experiências que vão acabar por dar aso a algumas consequências. Uma organização secreta chamada SERN que conduz as suas próprias pesquisas sobre viagens no tempo, descobre-os e vai atrás deles. Arranjar uma forma de não serem capturados vai ser o maior desafio e a maior responsabilidade de Okabe.
Aspecto fundamental: nunca desistam de ver Steins;Gate. É verdade que é bastante demorado e enfadonho ao inicio e que o dar a conhecer todas as personagens, o ver o dia-a-dia de um protagonista louco, o assistir todas as experiências pode parecer aborrecido e não muito divertido de se ver. Mas, a partir do episódio 13, acreditem que tudo isto é necessário e torna-se na grande razão do desenvolver e culminar da história. Agradeço a quem me conseguiu incentivar a ver Steins;Gate visto que já o tinha armazenado no PC há mais de 6 meses e só agora é que o acabei de ver e acabo por arrepender de o não ter visto mais cedo. O primeiro episódio é talvez o mais confuso da série e o que necessita mais atenção ao pormenor e detalhe que o autor nos quer transmitir.
Steins;Gate é único porque consegue misturar um tema cientifico com relações sociais acompanhado de terror psicológico, comédia e uma pitada de romance. É uma história focada no ser humano, até que ponto conseguimos ou não ultrapassar os nossos limites, e principalmente nos nosso erros, assim como os podemos evitar e resolver. Dois pontos relevantes que me fizeram gostar mais de Steins;Gate foi o facto da história ser imprevisível e de o desenlace não ter sido tão dramático nem infeliz como estava à espera, e o facto de haver uma subtil evolução romântica durante a série (muito oposto a Sword Art Online, por exemplo). Steins;Gate utiliza cenas cómicas e cenas dramáticas numa dose equilibrada de forma a causar o devido impacto e fluidez durante o desenrolar da história.
Relativamente às personagens, todas são distintas, com personalidades e estilos de vida diferentes o que me faz questionar a sua interligação. Juntas fazem sentido por terem coisas em comum e é aí que entra o nosso protagonista, Rintarou Okabe, auto intitulado de Hououin Kyouma Mad Scientist. Okabe (um adolescente com apenas 18 anos) age como se fosse um vilão louco e frequenta o primeiro ano da faculdade em Tokyo. Imaturo e ainda criança, Okabe decide abrir um laboratório, com o nome “Future Gadget Research Establishment” em Akihabara, onde conduz as suas experiências inúteis acompanhado de Mayuri Shiina (Mayushii) e Itaru Hashida (Daru). Mayushii é uma rapariga de 16 anos, optimista , inocente e pura. Sempre divertida e a sorrir, Mayushii não percebe grande parte das conversas mais complicadas cientificas, não gosta de discussões e fica depressiva quando as coisas não correm bem.
Por sua vez, Daru é um rapaz gordinho e otaku de 19 anos que também frequenta o primeiro ano da faculdade em Tokyo. Embora sempre com conversas de inuendos sexuais, Daru é bastante inteligente nas áreas de hacking e programação e é quem faz a magia acontecer. Kurisu Makise, a nossa protagonista feminina, é uma rapariga com apenas 18 anos, sobre-dotada, tsundere (senhora do seu nariz) e com uma personalidade muito forte. Estudou na América, construiu fama com as suas teses e neste momento é invejada por quase toda a gente. Chamada maioritariamente de Christina por Okabe, Makise não gosta de mostrar as suas fraquezas mas é bastante curiosa e ocasionalmente tem perspectivas diferentes do senso comum. Podemos contar com mais outras personagens, as quais não vou referir para evitar spoilers mas, todas elas têm uma presença significativa para o desenrolar final da história.
Quanto à animação, esta podia ter sido mais trabalhada. Mesmo com uma excelente qualidade visual presente durante os 24 episódios, cenas escuras não necessitavam de ser tão escuras ao ponto de não se conseguir identificar quem é ou o que está a acontecer naquele preciso momento. Steins;Gate contém alguns ângulos que mostram menos detalhe que o normal mas é algo que o distinto desenho das personagens acabada por disfarçar. O ambiente, aspecto familiar, único e apetecível de Huke (conhecido pelo seu trabalho em Black Rock Shooter) é certamente uma mais valia para Steins;Gate. Sendo um Anime mais sério e realista, as cores vivas e atractivas também estão presentes embora não tão frequentemente como em BRS.
Na parte inicial do Anime a música é praticamente nula, surgindo apenas em acontecimentos mais importantes ou cenas de suspense acompanhadas por melodias em piano. A partir do meio e até ao final de Steins;Gate é que se nota uma maior presença musical em todas as cenas. O opening “Hacking to the Gate” de Kanako Itou e o ending “Toki Tsukasadoru Juuni no Meiyaku” de Yui Sakakibara dão um ambiente e estilo digno de Steins;Gate. O episódio 22, 23 e 24 tiveram direito a endings diferentes, “Fake Verthandi” de Takeshi Abo, “Sky Clad no Kansokusha” de Kanako Itou e “Another Heaven” de Kanako Itou, respectivamente.
Quanto à secção dos actores de vozes, Steins;Gate convocou grandes nomes nesta área para a equipe das personagens principais do Anime, tais como: Miyano Mamoru como Okabe (Light de Death Note, Ling de Fullmetal Alchemist: Brotherhood e Setsuna de Mobile Suit Gundam 00), Hanazawa Kana como Mayuri (Shiemi de Ao no Exorcist, Nadeko de Bakemonogatari e Kanade de Angel Beats!), Tomokazu Seki como Daru (Touya de Cardcaptor Sakura, Gilgamesh de Fate/Stay Night e Van de Escaflowne) e Asami Imai como Kurisu (Ikaruga de Senran Kagura, Chihaya de The iDOLM@DTER e Solva de Needless).
Mesmo com um inicio bastante lento e cansativo, Steins;Gate acaba por se tornar num sacrifício compensatório. Tem um dos finais mais satisfatórios de sempre, tratando tanto de temas actuais como futuristas e dando grandes lições de vida que acompanham uma aventura fora do normal. Creio que Steins;Gate é capaz de ser um Anime para todo o tipo de público, pode parece complicado mas até é bastante acessível. Aconselho a verem o episódio especial, Steins;Gate: Oukoubakko no Poriomania, que acaba por ser o episódio 25 de série, onde mostram um extra ao final da história. Dito isto, Steins;Gate enche as medidas, e é sem dúvida uma das melhores séries de ficção cientifica a aparecer nos últimos anos sendo impossível não o recomendar. No final de contas, quem é que não queria viajar no tempo?
Positivo:
- História cativante, acessível e imprevisível
- Temas actuais e futurista focados nos ser humanos e nas suas capacidades
- Mistura de vários géneros: ficção cientifica, thriller, drama, romance, comédia e acção
- Quantidade, diversidade e aproveitamento de todas as personagens
- Animação apelativa
- Grandes nomes nos actores de voz
- Desenlace apropriado à série
Negativo:
- Inicio demorado e enfadonho
- Algumas falhas na animação
- Ausência musical na primeira metade do Anime
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