Análise – Splatoon

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Afinal de contas o que é que passou pela Nintendo que os fez pensar que um jogo de tiros na terceira pessoa faria sentido na Wii U? Bem, eu não sei. Mas uma coisa é certa, Splatoon é muito provavelmente o jogo que melhor segue as pisadas de Mario Kart e Super Smash Brothers, sendo um jogo viciante e extremamente divertido. O maior problema do jogo é o facto de não querermos sair de Splatoon.

Comecemos por falar da apresentação. Splatoon é um jogo onde a cor e a ação rápida imperam. Desde logo o aspecto cartoon das personagens conquista-nos, podem escolher um inkling rapaz ou rapariga assim como o tom de pele e a cor dos olhos. A partir daí e após alcançarem o nível 4 podem vestir a vossa personagem com variadas indumentárias: chapéus, camisolas e sapatos. Existe muita variedade e cada peça de vestuário em Splatoon vem com as suas próprias habilidades fixas e outra(s) que é adquirida de forma aleatória conforme o uso das mesmas em combate. Tudo isto é adquirido com pontos que ganham ao jogar.

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A jogabilidade em Splatoon exige o uso do GamePad da Wii U, por defeito estarão a jogar com o giroscópio ligado tendo de movimentar o GamePad para o local onde querem apontar. Pessoalmente apesar de achar que é algo que se adquire o jeito com o tempo, achei mais confortável jogar com o clássico analógico para movimentar a câmara. Os restante botões são bastante intuitivos.

E então porque é que o GamePad é obrigatório? Existe um ataque especial no jogo que requer o uso do ecrã tátil assim como algumas acções que só podem ser efectuadas com o auxilio do mesmo. O GamePad é uma ferramenta extremamente útil para ver como está a decorrer a pintura dos campos de guerra de Cthulhu, desculpem, de Splatoon. Em adição a tudo isto, o GamePad está também repleto de atalhos para as lojas, lobby’s e o modo aventura enquanto estão na plaza.

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Tanto no modo Single Player como no online, os controlos são idênticos e as estratégias são várias. Utilizamos a forma humanoide para pintar e matar inimigos, e a nossa forma de lula atrevida para nos escondermos, fugir, fazer emboscadas ou chegar mais depressa ao destino. Tudo isto com o pressionar de um botão.

Como devem imaginar, existem também várias armas para escolher, no entanto estas vêm sempre com conjuntos. Ou seja em Splatoon ao escolherem uma arma, automaticamente são obrigados a usar um dado tipo de granada e/ou engenhoca, assim como uma arma especial ou simplesmente uma transformação em kraken. A escolha da arma a usar também não pode ser mudada uma vez que entrem no lobby, para a trocar têm que sair do mesmo e só no Hub World podem trocar de armas, comprar roupas e artilharia.

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O facto não podermos sair do lobby enquanto esperamos que cheguem mais 7 pessoas é algo irritante. Não existe forma de sair após entrar num lobby, isto é bastante frustrante dado que existe um contador de 200 segundos que é renovado cada vez que alguém entra, assim têm sempre que esperar que este chegue a zero para voltar ao menu de jogo. Assim que acabam um jogo têm a opção de ir para o lobby ou sair para a plaza, o hub world.

Ainda assim Splatoon é bastante rápido assim que se reúnem 8 jogadores, dado os combates normais durarem 3 minutos é um jogo onde mesmo que percam nunca ficamos muito chateados pelo facto de ser rápido e a vingança estar a provavelmente menos de 1 minuto de distância. As equipas são formadas de forma aleatória entre os 8 jogadores, se tiverem com amigos não têm “prioridade” alguma para ficar na mesma equipa.

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No entanto Splatoon sofre de uma doença crónica chamada “matchmaking deficiente”, esta terrível doença num jogo onde a estrela é o online pode estragar a experiência. Não foram poucas as vezes que joguei contra equipas repletas de jogadores de baixo nível ou nível muito alto. As equipas são muitas vezes desequilibradas e apesar dos combates rápidos, não deixa de ser injusto.

Até que atinjam o nível 10 em Splatoon estarão presos entre a aventura para 1 jogador, já lá vamos, e o modo Turf War. Este tipo de jogo faz com que o objectivo seja pintar o máximo possível do chão do cenário. As mortes não interessam muito, dão-vos alguns pontos extra, mas o que realmente interessa é a percentagem do cenário que está pintada da cor da vossa equipa.

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Depois do nível 10 desbloqueiam um segundo modo de jogo online o ranked mode, infelizmente não foi possível experimentar este modo dada a falta de jogadores no mesmo.

A inicio apenas estes dois modos online estarão disponíveis, através de updates gratuitas Splatoon irá receber mais armas, mapas, e modos. Estes updates virão ao longo do tempo e apesar de ser uma medida para manter o jogador interessado a longo prazo, estes dois modos online não são suficientes para satisfazer os jogadores. Apesar do estilo de jogo frenéticos e divertido as opções são poucas a inicio.

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O facto de serem cerca de 6 mapas a inicio poderá tornar-se repetitivo, no entanto como a cor das tintas vai mudando, os campos de combate acabam por parecer um pouco diferentes em cada jogo.

Para ajudar a atenuar este problema, o jogo recorre ainda a um outro sistema. De 4 em 4 horas existem dois mapas para cada modo que mudam. Nesse espaço de tempo em cada modo estaremos sempre a competir nos mesmos mapas, a única queixa que tenho passa mesmo pelo facto de sermos obrigados a ver o mesmo “noticiário” de cada vez que os mapas mudam ou iniciamos o jogo. Depressa aprenderão a gritar “Pita!” em uníssono com o genérico das noticias. E sim “Pita” é o nome do noticiário.

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Falando agora da aventura para 1 jogador de Splatoon, por alguma razão o peixe-gato elétrico que estava na torre da praça de Inkopolis desaparece e cabe a vocês descobrirem quem o levou e resgata-lo. Depois de algum tempo descobrem que os Octoling, uma raça de polvos semelhante aos Inklings estão por trás de tudo. Assim ao longo de 27 níveis irão lutar contra estes inimigos para resgatar todos os peixe-gato elétricos dos tentáculos dos inimigos.

Os níveis são na sua maioria construídos de forma a explorar um aspecto de jogabilidade e são bastante viciantes. Confesso que passei todos os níveis quase de enfiada, algo que não me acontecia há já algum tempo. Splatoon é realmente viciante. Para que tudo melhore, os Boss são muito bons… bem, pelo menos na sua maioria. São 5 ao todo e 4 deles ficaram-me gravados na cabeça. Não pude deixar de comparar mentalmente estes Boss com os de Super Mario devido ao estilo cartoonesco, mas acreditem que não são assim tão fáceis de derrotar, aliás o Boss final é um dos melhores em muitos jogos de plataformas.

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Existe ainda um modo multijogador local chamado Battle Dojo, um jogador utiliza o ecrã do GamePad e o outro o ecrã da TV, o objectivo neste 1 vs 1 é rebentar balões para ganhar pontos, é simples e uma boa adição.

Splatoon é óptimo para jogar com amigos, é um dos 3 títulos obrigatórios da Wii U no que toca a multiplayer, ganhando o seu lugar ao lado de Mario Kart 8 e Super Smash Brothers for Wii U. Se têm uma Wii U este é um dos jogos mais divertidos que podem adquirir este ano.

Vejam também a nossa vídeo-análise de Splatoon!

Positivo

  • Aspecto visual do jogo
  • Combates frenéticos e curtospn-recomendado-ana
  • Battle Dojo
  • Squid Jump é uma boa distração enquanto esperamos por mais jogadores
  • Modo Aventura bastante viciante até ao fim
  • Muitas roupas e armas para escolher
  • Várias armas criam formas distintas de abordagem a cada confronto e mapa
  • Bastante conteúdo…

Negativo

  • … ainda que muito dele só seja adicionado posteriormente
  • Matchmaking é um pesadelo
  • Não existe forma de abandonar o lobby depois de entrar
  • Impossibilidade de formar grupo fixo

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Alexandre Barbosa
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