Análise – Shadow of the Beast

Quando foi oficialmente anunciado, Shadow of the Beast captou a atenção do público por dois motivos distintos. De um lado o visual sombrio e apelativo, do outro, a nostalgia de muitos que o conheceram ou jogaram em tempos remotos.

Apoiado nestas duas forças, Shadow of the Beast apresenta-se como um remake do original, com mecânicas novas e elementos de plataformas e combate que o tornam mais actual. No entanto, raramente Shadow of the Beast consegue ser um jogo brilhante.

Aqui jogam com Aarbron, uma criatura violenta manipulada por um culto que vos obriga a atacar os humanos. Subitamente e depois de alguns litros valentes de sangue derramados, Aarbron tem um surto de consciência que o faz questionar os seus mestres. Daqui em diante, é uma corrida constante para apanhar os supostos vilões.

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Shadow of the Beast é na sua essência um jogo de plataformas em 2D, com segmentos de combate que vão surgindo pelo caminho. Conseguem saltar, trepar pelas paredes e usar outras artimanhas. O combate funciona normalmente num sistema de ataque e defesa, com golpes simples, o agarrar dos inimigos para os atirar, ou sequências de combos onde carregam no botão e direcção pretendidas.

O problema da jogabilidade é que esta acaba por ser muito rija e em certos momentos, imprecisa, fazendo mesmo lembrar os jogos de antigamente quando eram pouco optimizados. Desde o começar a correr, ao saltar e o atacar, tudo parece muito básico, lento e arrastado, o que é estranho para um jogo de plataformas.

Shadow of the Beast tem um sistema de evolução da personagem, onde podem desbloquear ataques e mais poder para Aarbron. Estes são úteis essêncialmente para tirar as melhores notas em cada uma das sequências do nível. As vossas cotações são enviadas para as tabelas de ranking online onde podem ver quem é o melhor. Pelo caminho existem também poças de “sangue” de outros jogadores que podem escolher ajudar ou matar. É uma espécie de multijogar assicronico a fazer lembrar mínimamente Dark Souls.

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O mundo de jogo varia constamente entre locais apelativos e modelos de personagens e inimigos algo básicos. Algumas localizações também são demasiado escuras, o que criam um pouco de incerteza nos movimentos e confusão visual. Os cenários tentam emular o efeito de movimento visual no horizonte ao estilo do antigo, mas nada que tenha o impacto do original. Por seu lado, a banda sonora é bastante boa, só tenho pena que os sons dos humanos e afins sejam demasiado básicos.

Shadow of the Beast é um jogo interessante, do ponto de vista de recriação de um clássico que tinha mais falhas do que a nostalgia deixa relembrar. Ao longo do tempo que o joguei, nunca consegui sentir que estava a jogar uma obra prima, apenas um jogo “okay” que não puxava exactamente por mim, especialmente depois depois de jogos como Dark Souls 3, Uncharted 4 e Fire Emblem Fates.

Se jogaram o original e gostam de plataformas e a violência de um God of War, então vão encontrar algo em Shadow of the Beast, todos os outros vão ver o mesmo que eu, um jogo “okay”.

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Positivo:

  • Cenários interessantes
  • Combate requer mestria
  • Rankings online
  • Podem desbloquear o original
  • Boa banda sonora

Negativo:

  • Jogabilidade lenta e rígida
  • Vários cenários demasiado escuros
  • Modelos básicos para esta geração

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Daniel Silvestre
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