Análise – Pocket Card Jockey

Já não é a primeira vez que vemos a Game Freak fugir do seu ponto de conforto para criar um jogo que não seja Pokémon. Isso já aconteceu com Harmoknight e aconteceu agora com Pocket Card Jockey.

Mas com este jogo, a Game Freak leva os videojogos para algo que nunca tinha visto antes, uma fusão extremamente imaginativa e inspirada, onde o mundo das corridas de cavalos se cruza com as partidas convencionais de um jogo de solitário, sim, o jogo de cartas.

Aqui escolhem uma personagem feminina ou masculina e transformam-se num corredor novato de cavalos que vai ter de se fazer à vida, pedindo cavalos emprestados aos donos para correr em várias corridas. No entanto, esta vida não é fácil, pois os donos querem é ver resultados e que os seus cavalos fiquem em primeiro na tabela de pontuações. No mundo real, tudo ia depender do cavalo e do treinador, mas aqui, está tudo “no coração das cartas”.

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Pocket Card Jockey pode permitir que cuidem do cavalo, que o façam evoluir, que comprem objectos para o ajudar na corrida, no entanto, quando chega a altura da verdade, o que interessa é saber jogar o jogo do solitário, pois ele é que dita quão bom vai ser o começo da corrida, a velocidade que ganham e toda a força que vão buscar aos últimos metros da corrida.

Dependendo da forma como jogam Solitário, vão poder escolher a melhor carta para arrancar e quanto mais limpam a mesa à medida que a prova decorre, mais energia o cavalo pode acumular, o que lhe permite correr mais depressa, ou entrar numa linha de movimento bem mais vantajosa ou mudar de posição no terreno. A início, todos estes processos demoram a aprender, mesmo com a aparição do cavalo professor mais chato da história dos videojogos, que faz questão de aparecer sempre para falar de tudo e mais alguma coisa até ao mais ínfimo pormenor.

Mesmo que pareça estranho, este sistema é inesperadamente divertido e funciona bem melhor do que alguma vez podia imaginar. Com uma narrativa inteligente e cheia de piada, este é um jogo que convida a partidas consecutivas, com horas de jogo a acumular umas atrás das outras.

pocket-card-jockey-analise-review-pn_00002Ainda por cima, além dos cavalos ganharem experiència, também podem fazer criação entre eles para ter novos cavalos que misturam habilidades dos progenitores. Com a devida procriação, é possível criar cavalos ainda melhores para nos ajudar nas corridas mais complicadas. Ou seja, é como juntar personagens no Fire Emblem, mas com cavalos.

 

O visual também é bastante apelativo e bem desenhado, os traços são simples mas divertidos e os sons são igualmente engraçados, com músicas alegres. Especial destaque para os desenhos dos cavalos que são todos “awesome”.

Quando a Nintendo enviou o jogo para análise, nem pensei muito nele, parecia uma ideia parva para um jogo parvo e o mais certo seria nem sequer lhe dar a atenção merecida. Vários dias volvidos e aqui estou eu a jogar Pocket Card Jockey alegremente e a competir para vencer os escalões mais altos com as melhores pontuações a toda a brida montado no Ginarbas, o meu cavalo de alta competição. Se isto não diz que o jogo é bom, não sei o que mais dirá.

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Positivo:

  • Visual simples e apelativo
  • Jogabilidade viciante
  • Humor da narrativa
  • Muito conteúdo pelo valor

Negativo:

  • Muito tempopara deixar jogar à vontade
  • Os arranques das corridas são demasiado punitivos

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Daniel Silvestre
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