Análise – LEGO The Hobbit

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Os jogos de LEGO continuam a dar intenções de não parar. Depois de um grandioso LEGO Marvel Super Heroes e de um The LEGO Movie satisfatório, eis que chega a adaptação dos dois primeiros filmes de The Hobbit.

Apesar de chegar antes da conclusão da trilogia, LEGO The Hobbit cobre os eventos de An Unexpected Journey e The Desolation of Smaug, o que ainda resulta em algum conteúdo para contar.

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Ao contrário de The Lego Movie e regressando de LEGO Marvel Super Heroes, a Traveler’s Tales incluiu um mapa em mundo aberto, o qual podem explorar de forma livre entre missões ou após o jogo estar terminado. Cada vez que um momento chave termina, são levados para uma das zonas seguintes e fazem o caminho até à próxima missão.

A história ainda dura umas boas horas a concluir, recriando a narrativa ao bom estilo da LEGO, metendo a colher em quase todas as cenas com alguma espécie de piada ou brincadeira que torna o tema dos livros/filmes em algo mais indicado para os mais novos.

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Os momentos chave estão cá todos, e até os momentos não chave. A maioria dos cenários foram bem adaptados, mas como sempre, a TT Games acaba por esticar a corda em alguns momentos para dar mais substância e tempo de jogo a determinada cenas.

Isto faz com que as missões e a história pareçam bastante fragmentadas, e só as pessoas que leram o livro ou viram os filmes é que vão perceber bem a sequência dos acontecimentos. Em alguns momentos a narrativa avança devagar, e noutros as personagens quase que se atropelam, desequilibrando o fio condutor.

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Ao bom estilo dos jogos da LEGO, preparem-se para um jogo de plataformas e acção com utilização de habilidades. Além de Bilbo e Gandalf, vão estar acompanhados por uma catrefada de Anões, cada um com as suas habilidades especiais, como empurrar pedras, partir paredes, atirar flechas ou usar fisgas para mandar pedras. A início, este sistema é bastante confuso, pois nem sempre é perceptível qual a personagem ideal para fazer o que o jogo nos pede, deixando-nos confusos. Por outras vezes, é o próprio jogo que não reconhece a aproximação da personagem certa, parecendo que estamos a escolher a errada. Felizmente, quando tudo está a correr bem, só a câmara é que nos costuma empurrar para alguns buracos.

O jogo pode ser partilhado com outra pessoa e é interessante ver como algumas das sequências onde Bilbo estaria sozinho, este seja acompanhado de uma personagem inventada, mas credível segundo o mundo de jogo e universo do filme. A sequência com Gollum é o melhor exemplo, onde somos ajudados por um Goblin confuso que nos vê como um deles e nos ajuda, sendo controlado pelo segundo jogador ou pelo computador.

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O combate continua simples, mas a maioria das vezes vão usar as habilidades de combate para destruir os elementos do cenário. Como sempre, estes objectos escondem Studs (encaixes de LEGO) que podem coleccionar. A grande novidade é que a maioria destes guarda agora peças de construção, como madeiras, pedras, diamantes e afins. É sempre um incentivo extra para destruir tudo o que vos aparece à frente.

Estas peças dão jeito especialmente no mapa mundo, pois em LEGO The Hobbit podem explorar parte da Terra Média, visitando o Shire, Bree, Rivendell entre outros locais icónicos. Estas zonas recebem dezenas de missões secundárias que podem fazer para encontrar coleccionáveis. É uma boa forma de alongar a longevidade do jogo e oferecer ainda mais conteúdo aos fãs. Só é uma pena que este mundo se torne um pouco aborrecido de explorar a médio prazo e algumas das missões sejam tão repetitivas.

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A versão PS4 a que tivemos acesso é visualmente apelativa e é notório que a experiência tida com os jogos anteriores já se começa a notar, com um detalhe cada vez melhor e mais variado. As peças de LEGO continuam a manter o seu charme, embora a nova geração os faça parecer autênticos reflectores de luz.

Um ponto extremamente positivo vai como não podia deixar de ser para a banda sonora que foi extraída directamente do filme. Além do mais, podem contar com a vasta maioria dos actores de voz do filme. Sim, Ian McKellen dá a voz a um Gandalf de Lego, assim como Martin Freeman a Bilbo e até Christopher Lee surge como o narrador e Saruman. Impressionante.

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Apesar de ser a melhor adaptação de Hobbit feita até hoje para o universo dos videojogos, LEGO The Hobbit não consegue suplantar LEGO Marvel Super Heroes em termos de conteúdo e impacto, mas é bem melhor que The LEGO Movie.

Se são fãs de jogos da LEGO e de Senhor dos Anéis, então merece o vosso investimento. Resta então esperar e aguardar pela terceira parte que deve chegar perto do lançamento de There and Back Again.

Positivo:

  • Excelente adaptação dos filmespn-recomendado-ana
  • Humor típico da LEGO
  • Sistema de co-op bem usado
  • Angariação de peças de construção
  • Banda sonora dos filmes
  • Elenco vocal original

Negativo:

  • É fácil confundir as habilidades de cada personagem
  • Detecção de colisão nos puzzles
  • História apressada em alguns momentos
  • Mundo aberto merecia acontecimentos aleatórios

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Daniel Silvestre
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