Análise – LEGO Batman 3: Beyond Gotham

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Todos os anos existem séries que regressam para mais uma sequela ou continuação da marca. Curiosamente, LEGO faz o mesmo, embora com nomes e licenças distintas.

A verdade é que quase todos os anos existem pelo menos um ou dois jogos de LEGO novos, este ano já passaram alguns aqui pelo PróximoNível para análise, e LEGO Batman 3: Beyond Gotham é o mais recente. Será que a fórmula ainda tem efeito?

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LEGO Batman 2 foi um jogo que alcançou um bom sucesso e o conceito acabou por ser expandido com LEGO: Marvel Super Heroes e até LEGO: Hobbit, os quais abriram os seus mundos para a exploração. Nesse aspecto, LEGO Batman 3: Beyond Gotham dá um passo atrás, para ser uma aventura um pouco mais linear.

Assim sendo, podem contar com algumas zonas que funcionam como HUB de passagem, as quais podem explorar, mas que são como que plataformas para avançar para as próximas missões de história. Ainda existe muito para apanhar e coleccionar, especialmente quando terminam um nível e desbloqueiam o modo Free Play, mas acaba por se sentir falta de um mundo aberto.

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Apesar do jogo usar o nome de Batman como destaque, LEGO Batman 3: Beyond Gotham consegue reunir uma galeria de heróis e vilões do universo da DC Comics. Podem contar com aparições como Super Homem, Mulher Maravilha, Joker, Flash, Lex Luthor e o mega vilão Brainiac. Verdade seja dita que algumas das personagens não são tão reconhecidas, como os heróis da Marvel, mas quem gosta da DC Comics vai ficar bem servido. Só não percebo o porquê do Batman ser tão sem sal e azedo como peça de LEGO.

Em termos de jogabilidade, LEGO Batman 3: Beyond Gotham continua a ser mais do mesmo. Estamos a falar de um jogo de plataformas em 3D, o qual repete a fórmula quase desde LEGO: Star Wars. O progresso assenta em pequenos puzzles e desafios, mas curiosamente, neste jogo, parece que algumas das missões obrigam a fazer tarefas banais apenas pelo valor da longevidade, não sendo necessariamente divertidas.

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Quando chegam ao espaço a coisa melhora substancialmente, pois parece que já estão a fazer coisas que fazem sentido no desenrolar da missão. Na maioria dos casos, esses desafios exigem que mudem o fato da personagem que controlam, o que ao bom estilo dos jogos LEGO, muda também as habilidades da personagem.

No global podem contar com os poderes de cada personagem. Uns voam, outros são mais fortes, alguns conseguem caminhar sobre ácido, ou até usar engenhocas. O progresso é muitas vezes barrado pela necessidade de abrir caminho para as personagens que ficam para trás. Isto é bom e mau, pois muitas vezes não conseguem reagir sozinhos ou ajudar, seja em combates ou nos momentos em que nos devia proteger quando estamos a montar uma peça de LEGO.

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Existem também alguns mini-jogos, como uma espécie de Tron dentro de um PC, onde precisam de ir de ponto A a ponto B para realizar hacking, ou outro que faz lembrar um Resogun com menos impacto. Uns são melhores que outros, mas nenhum é realmente um atentado à inteligência.

No que toca ao visual, LEGO Batman 3: Beyond Gotham na PS4 (a versão de análise que recebemos) corre de forma bastante fluída e o visual é engraçado, se bem que não vai além dos blocos de LEGO mais reluzentes e mais peças espalhadas pelos cenários. É o que podem esperar do género e ao nível dos jogos recentes de LEGO, se bem que, um pouco atrás de LEGO: The Movie.

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Onde LEGO Batman 3: Beyond Gotham está exímio é na sua banda sonora recheada de músicas clássicas dos heróis da DC Comics e uma série de vozes muito boas, as quais conseguem adaptar muito bem o humor e linhas típicas dos jogos da Traveler’s Tales.

Algo que não gostei de ver especialmente foi o menu inicial do jogo, que abre várias janelas, onde quase todas elas apontam para DLC ou conteúdo pago. Não é uma coisa que ainda esteja habituado a ver em jogos LEGO e é uma pena que a moda já esteja a chegar a estes lados.

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Apesar de ser um bom jogo LEGO Batman 3: Beyond Gotham está uns furos abaixo de LEGO: Marvel Super Heroes e até consegui gostar mais de LEGO: The Movie The Videogame. Não é apenas pelo facto da série já se começar a repetir, mas, pela forma como parece ter trocado a exploração por tarefas mais monótonas.

Se gostam de jogos LEGO e a repetição não vos incomoda, então vão gostar de LEGO Batman 3: Beyond Gotham, especialmente se vão jogar com companhia ou para os mais novos.

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Positivo:

  • Muitas personagens da DC Comics
  • Humor típico dos jogos LEGO
  • Ideal para jogar com mais uma pessoa
  • Boa banda sonora e vozes

Negativo:

  • Perdeu o mundo aberto
  • Tarefas banais
  • Mudar constantemente de fatos
  • Inteligência artifical fraca
  • Mesma fórmula 3 vezes no mesmo ano

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Daniel Silvestre
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