Análise – Elliot Quest

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A geração actual de consolas tem sido marcada cada vez mais por sequelas, remakes, e remasterizações de jogos que já foram lançados há alguns anos, demonstrando que as produtoras correm menos riscos e preferem jogar pelo seguro.

No entanto, também é a geração onde há uma maior abundância de jogos indies, alguns deles só surgiram graças ao financiamento colectivo em sites como o Kickstarter. Elliot Quest é um desses jogos, uma homenagem aos jogos da era de ouro dos videojogos, tanto nas coisas boas como nas coisas más.

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Se Kid Icarus fosse o protagonista de The Legend of Zelda 2 após passar umas férias em Metroid, o resultado provavelmente seria Elliot Quest. Vão saltar e disparar flechas enquanto exploram diversos níveis, combatem bosses e obtêm novos itens que vos permitem aceder novas áreas.

Elliot Quest inspira-se (talvez demasiado) nos jogos retro, não só esteticamente como também na dificuldade por vezes absurda. Por cada inimigo que eliminam, obtêm experiência e podem desbloquear novas habilidades quando sobem de nível, mas perdem parte dessa experiência cada vez que morrem. E só para facilitar as coisas, a maioria dos checkpoints só preenchem metade da vida e da magia. Tal como na série Dark Souls, preparem-se para morrer vezes e vezes sem conta.

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A história de Elliot Quest consegue ser um pouco negra: após o desaparecimento da mulher de Elliot, a personagem principal, este fica doente e decide suicidar-se. No entanto, Elliot descobre que não pode morrer e que foi amaldiçoado pelo demónio Satar, que irá apoderar-se do seu corpo caso não encontre uma cura a tempo. Assim começa a jornada de Elliot em busca dos Guardians para pedir ajuda.

Tudo isto é divulgado através de pequenas cutscenes por entre os níveis e frases do protagonista, que surgem em certas áreas dos níveis. O ritmo em que a história é contada pode ser um pouco lento e confuso, para além de que eu descobri isto tudo em poucos minutos através do manual virtual do jogo.

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Tal como alguns jogos em que se inspira, Elliot Quest não explica muita coisa e dá ainda menos orientação. Vão apanhar items novos sem saber para que servem, porque o jogo nem sempre cria situações para descobrir naturalmente, além de que vão desperdiçar tempo a andar de um lado para o outro sem saber para onde ir. O jogo limita-se a iluminar as dungeons a concluir com uma luz divinal, mas chegar até elas é outra história.

Durante o tempo que passei com o jogo, assisti a todo o género de bugs. Houve uma ocasião em que acedi a uma área mais cedo do que suposto e fiquei preso num nível porque ainda não tinha double jump, sendo necessário reiniciar o jogo. No geral, os erros não afectam a progressão de Elliot Quest, mas é estranho que a produtora não tenha resolvido estes problemas antes, uma vez que o jogo já foi lançado há 5 meses antes de chegar à Wii U.

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Elliot Quest vai certamente oferecer um bom desafio e satisfazer qualquer fã retro. No entanto, a dificuldade cresce consideravelmente em certos momentos, e a falta de orientação pode resultar em sessões de jogo pouco produtivas.

Positivo

  • Desafiante
  • Homenagem aos jogos retro
  • Pixel art

Negativo

  • Às vezes consegue ser bastante frustrante
  • Andar às voltas sem saber para onde ir
  • Bugs

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Sérgio Batista
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