Análise – Destiny: Rise of Iron

A mais recente expansão de Destiny traz consigo muito pouco conteúdo mas imensa qualidade. O meu dilema para com Rise of Iron está mesmo no facto de a Bungie querer fazer passar um DLC por expansão e passo a explicar o porquê: Antes de The Taken King foram lançados dois conteúdos adicionais: The Dark Below e House of Wolves. Ambos os DLC foram considerados como tal e juntaram não só missões de história como mais alguns extras e Rise of Iron é isso mesmo, desde uma campanha que pode ser terminada em pouco mais de 2 horas, novas armas, e mais alguns modos de jogo PVP. Resumidamente, é apenas uma fracção daquilo que foi entregue com The Taken King, mas como quantidade não se traduz em qualidade, Rise of Iron oferece conteúdo bastante bom.

A campanha, apesar de curta, está muito bem conseguida e é nela que encontrei as minhas duas missões favoritas de todo o jogo. Sei perfeitamente que aquilo que acabei de dizer é bastante subjectivo mas explico o porquê. Em The Taken King quase todas as missões nos levavam a locais escuros e quase infernais, o cinzento e o castanho predominavam e pessoalmente a história não me agradou. Rise of Iron conta com locais mais claros e diversificados mas aquilo que realmente me fez adorar Rise of Iron foi a facilidade com que simpatizei com a história. No fundo é um pouco mais clássica e de certa forma mais simples. Se preferem enredos complicados então Rise of Iron não será tão apetecível para vocês como foi para mim. Tal como disse é algo subjectivo e num jogo como Destiny aprecio um enredo mais leve uma vez que a ilusão de ser o grande herói do jogo é destruída cada vez que entro numa zona com mais jogadores, quer tenham ou não melhor equipamento do que eu. Ainda assim algo que de certa forma me deixou perplexo é que mesmo tendo passado bastantes meses desde que tinha jogado Destiny, comecei logo a reconhecer inimigos nas novas missões, existe aqui um reciclar enorme com inimigos que são iguais aos que já enfrentámos anteriormente e os novos são poucos.

Algo que me deixou simultaneamente confuso, desapontado e contente foi o facto de não terem mexido no nível máximo. 40 continua a ser o nível máximo e por isso fiquei desapontado, mas a expansão trouxe consigo equipamento mais poderoso e durante a aventura vi a minha personagem passar dos 280 de light para os 320 e é possível chegar bem mais longe com tudo o que temos para fazer posteriormente à campanha. Esta história de experiência e de light é toda muito engraçada e fácil de perceber para quem joga e no meu caso foi atenuada por estar a evoluir uma sub-classe, pelo que lá me ia entretendo a explorar novos poderes. O light aumenta consoante o equipamento e nesta nova expansão pode ir até 385, no entanto é preciso ter muita sorte para lá chegar e jogar também bastantes horas uma vez que o jogo gosta de nos fazer sofrer com algoritmos que não permitem uma grande diferença entre o vosso nível de light o nível de light das peças que vão encontrando. É bom porque não vão encontrar peças totalmente inúteis mas também não conseguem dar grandes saltos. A dificuldade está directamente ligada ao vosso nível de light, no que toca à campanha não me vi obrigado a fazer “grinding” mas existem missões que nos encorajam a fazer missões secundárias ou re-jogar outras para obter um maior nível de light.

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Para o melhor e para o pior a jogabilidade mantém-se inalterada, eu pelo menos não consegui ver mudanças. Podem consultar aqui as nossas anteriores análises apra perceberem como funciona a jogabilidade de Destiny. Cliquem aqui para a análise a Destiny e aqui para The Taken King.

Actualmente Destiny é um jogo bastante divertido no que diz respeito a PVP assim como nos seus modos cooperativos contra a IA. Apesar de ser quase um pré requisito jogar pelo menos a campanha antes de nos voltarmos a embrenhar no PVP, por culpa de outros jogadores que andam a passear as suas novas e potentes armas e armaduras, continua a existir algum ênfase na habilidade do jogador sendo que o light ajuda mas desde que não exista uma grande diferença acaba por ser um combate justo. Existem bastantes modos que apesar de serem semelhantes entre si ainda conseguem oferecer alguma variedade no geral. São agora 12 modos de jogo no Crucible e 4 em Vanguard, sendo que neste último os mapas são rotativos e entregam diferentes tipos de inimigos.

O modo PVP em destaque de Rise of Iron é Supremacy, uma luta de 6 contra 6 onde as mortes não dão pontos, para pontuar têm que recolher um crest ou esfera colorida que todos os jogadores largam ao ir desta para melhor. Apanhar uma esfera dos adversários atribui pontos e recolher uma da vossa equipa impede que os inimigos a recolham. Este até tem sido o modo que mais jogo e mais gosto uma vez que obriga-nos a jogar em equipa e de certa forma oferece um bom “risco-recompensa”. As Plaguelands são o palco de algumas missões especificas desta nova expansão, se completarem estas missões opcionais irão ter acesso a algumas recompensas. Nas Plaguelands existe uma nova patrulha, 1 Strike e 1 Raid. Ainda dentro das novas áreas, existe um novo Hub chamado Iron Temple, é neste local que irão interagir com as personagens ligadas a esta expansão. Quanto a novos mapas existem 3 novos mapas para as duas versões do jogo, PS4 e XBox One, no entanto se jogam Destiny na PS4 existe ainda mais um mapa para o modo PVP, assim como uma Questline.

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Aquilo que mais me ficou marcado é que eu gostei desta expansão porque gosto de jogar no Crucible, Vanguard e de fazer algumas missões extra ou secundárias. Para o jogador que gosta de experiênciar a campanha a solo e fazer um jogo competitivo só para experimentar esta expansão não vale mesmo a pena. Destiny mudou com o tempo e hoje em dia é um jogo que se foca na busca por loot para ser exibido nos modos PVP. Por outras palavras se gostarem de PVP, Destiny continua bastante bom se não gostarem, Rise of Iron apenas vos dará acesso a meia dúzia de missões e pouco mais de duas horas de diversão com a campanha.

No geral Destiny Rise of Iron acaba por aprimorar aquilo que The Taken King realmente fez de melhor e Destiny é agora uma experiência mais rica. Desde a banda sonora que é soberba nesta expansão, diria até que é uma das minhas favoritas contendo bastantes músicas que proporcionam o ambiente épico que os níveis tentam proporcionar-nos. Fico triste por não existir uma nova sub-classe ou mesmo uma classe completamente nova e infelizmente esse sentimento de existirem poucas novidades anda de mão dada com a qualidade da nova expansão. Se Rise of Iron entregasse uma maior quantidade de conteúdo ou se fosse vendido ao preço de um dlc normal este seria um conteúdo muito bom, mas a verdade é que não acrescenta assim tanto para que o nome expansão lhe assente como deve ser. Esta nova expansão acaba por ficar a dever imenso à falta de conteúdo e como tal não acho que tenha o conteúdo suficiente para uma expansão, mas ninguém pode negar a qualidade do conteúdo.

Positivo

  • Conteúdo novo é bastante bom
  • Reciclagem de inimigos
  • Banda Sonora
  • Destiny como um todo está muito bom
  • História simples e bastante focada…

Negativo

  • … o que poderá não agradar a todos e o que não agrada mesmo é ser extremamente curta.
  • Pouco conteúdo novo
  • Só vale a pena para quem gostar do Crucible e Vanguard
  • Praticamente não existem novidades

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Alexandre Barbosa
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